Em um pouco mais de um mês a nossa família deverá vivenciar mais uma grande mudança desde que eu e a Flavia decidimos caminhar juntos: a chegada do nosso filho, Davi.

Você que está lendo esse post talvez não saiba, mas tenho uma forte inclinação para o demasiado controle das coisas. Tenho sérias dificuldades de manter a serenidade quando as coisas fogem da minha alçada e ter filhos é um maravilhoso convite para entender que a vida pode ser ainda mais extraordinária quando deixamos ela fluir, sem precisar antecipar tudo. (Escrever, por exemplo, também é uma forma de dar forma aos sentimentos para melhor dominá-los!) 

Nesse período pré-nascimento, ansiedade e o medo não faltam, justamente pela impossibilidade de controlar o que irá acontecer nas próximas semanas e meses.

Se você que me lê já vivenciou a chegada de uma vida, talvez consiga entender. No meu caso, indo para o terceiro parto, sinto que o medo aumenta ainda mais pois a sensação é que tenho muito mais a perder.

Mas do que eu tenho medo? De alguma coisa dar errado no parto, de perder a Flavia, o Davi, de não estar presente para dar meu apoio, de não estar preparado.

Preparado. Ê palavrinha que denuncia o meu ser controlador.

A chegada da vida, do Davi, todo esse período de preparação dos corações e dos braços tem sido um revisitar aquilo que é mais importante para mim: a família. É também lembrar o quão fundamental é acreditar que a falta de controle nem sempre é algo negativo. Às vezes ela é o espaço necessário para que Deus nos faça experimentar o Amor de maneira inesperada, mais profunda e completa, como foram os outros partos.

Então vamoquevamo!