Hoje o dia amanheceu diferente.

Não que tenhamos nos surpreendido pelo mau tempo e a chuva se preparando para cair. Afinal de contas, isso aconteceu durante quase todo o “projeto de verão” que tivemos esse ano aqui na Suíça.

A grande novidade dessa Segunda-Feira estava na mais importante mudança na nossa família desde a chegada da Yara, há quase dois anos. Hoje, porém, os holofotes e a nossa alegria estavam particularmente na Tainá, nossa primogênita.

Há meses temos conversado sobre o seu ingresso no Jardim de Infância. Procurado explicar as novas dinâmicas e o fato de que agora ela começaria a trilhar seus caminhos sem a presença da sua irmãzinha e grande parceira de aventuras.

Pais e mães nunca estão preparados para esses momentos de desapego. Esse novo ciclo tira das nossas mãos o controle, o monopólio dos estímulos e de sermos figuras únicas na educação das nossas filhas. Agora a Tainá terá novos amigos, novos modelos que vão contribuir para quem ela será mais adiante.

Algumas lágrimas escorrem, de alegria e um pouco de apreensão. Mas a nossa passarinho foi voando, destemida, alegre, 100% Tainá.

Hoje, de certa forma, ressignificamos o nosso papel de pai e mãe, aceitando o convite da vida para sermos, sobretudo, grandes acompanhantes das nossas filhas. São elas as verdadeiras protagonistas das próprias histórias.

Um detalhe.

Ao sair de casa, a Tainá escolheu pegar na minha mão no caminho da escolinha. Dentro senti uma alegria incrível por me sentir “Porto Seguro”.

Muitos novos ciclos virão, mas é esse o meu maior desejo. Continuar sendo um “lugar” visível onde ela pode ancorar segura, sempre que precisar.