Depois da maravilhosa experiência com «JORNALEIROS», que me levou a refletir intensamente sobre a importância da formação dos jovens jornalistas, inicio um “novo degrau” de compreensão “científica”.

Hoje começo a seleção bibliográfica para a minha tese de “laurea magistrale” no Instituto Universitario Sophia e como “abre-alas” um “mergulho” no livro «Homo Videns», de Giovanni Sartori.

Fui envolvido pelo título e pela introdução provocatória (e diminutiva) a respeito da televisão como instrumento de comunicação de massa.

Críticas sobre o conteúdo televisivo encontram-se aos milhões… na verdade até o mais leigo dos telespectadores talvez consiga identificar conteúdos imprestáveis na televisão brasileira (mesmo que a italiana é sem dúvidas a mais deplorável que pude conhecer). Porém o que achei interessante é uma tentativa de análise do instrumento “televisão”.

Conversando com um dos meus professores aqui na universidade, físico nuclear, filósofo e teólogo. Intelectual extremamente crítico e eloqüente sobre os mais diversos assuntos da cultura contemporânea me encontrei nessa inquietante reflexão, possível chave de leitura para a minha tese: o mau da televisão é no seu conteúdo, na forma que o instrumento é operado ou é in si, no próprio instrumento?

Giovanni Sartori tem a sua teoria: a televisão transformou o “homo sapiens”, ser capaz de pensar suas ações e construir uma interpretação simbólica por meio da linguagem, em “homo videns”, primata que, ao dissociar o pensar do ver, privilegiando o último, regrediu de maneira evidente.

Algumas perguntas que permanecem são: A visão não é instrumento de conhecimento e enriquecimento cultural? É possível “culpar” a televisão no “emburrecimento” analítico do homem pós moderno? Qual é o papel da televisão hoje, como instrumento cultural de massa?

Hoje, 11 de março de 2011 («11-03-11» combinação de números que daria uma reflexão interessante sobre uma nova proposta de codificação binária da informação) começa uma reflexão que queria ir compartilhando, construindo, junto com colegas de profissão e de mundo cultural (instrumental).

Minha principal motivação é justamente começar (ou continuar) a construir um caminho encontre o significado verdadeiro da informação televisiva. Que essa não seja banalizada como instrumento de manipulação e  mas que possa, sobretudo, (mesmo que traga benefícios econômicos à quem produz) impostar a centralidade da pessoa humana e o desenvolvimento social.