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Contemplar “Jornaleiros” depois de árduos meses de trabalho, de empenho e principalmente de inúmeras crises e perceber que muito do que foi materializado no documentário partiu de “dentro”, nada veio de conclusões superficiais.

Percebi que o trabalho em todo seu significado, em tudo que ele apresenta, tem paralelo extremamente pessoal com a minha vida universitária e as escolhas que a precederam.

Claro que, intencionalmente, os personagens exprimem, por meio da minha escolha editorial, aquilo que, sobretudo eu, penso em relação à formação, a escolha, ao jornalismo.

Não existe nada depois da formação, não esta contemplada propositalmente o “pós”, uma visão de dentro do Mercado, pois, efetivamente não cheguei a esse estagio da minha carreira e assim, não me sentia com propriedade suficiente para retratá-la em “Jornaleiros”.

Admito certa satisfação e o privilégio de poder contar com tantas pessoas que me ajudaram na concepção do filme. Os colegas de TV Cultura, professores da PUC, em cada conversa uma perspectiva se abria, uma idéia se formava.

O produto final é de uma diversidade e amplitude de conceitos sem necessidade de explicação. São discursos, opiniões e discussões que giram em torno dos quatro personagens. Ora críticos, ora superficiais, ora confusos, ora passivos, ora determinados. Um pouco de tudo.

Claro, sempre com o objetivo de promover o diálogo, o pensamento, o conhecimento dessas diferentes vozes e da necessidade de pensarmos juntos no futuro de uma profissão “em crise” como é a do jornalista.

Valeu o sofrimento, valeu olhar para trás e ver que realmente sou fruto da minha formação, mas principalmente da vontade de transformar a sociedade. Para o bem, claro!