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Existem sim coisas imprevisíveis, mas quase tudo na vida é fruto de uma “previsibilidade” quase monótona e meus dias não fogem muito dessa lógica, nem que eu perca horas procurando maneiras de fazer tudo “diferente”.

Mas, claro, nem sempre tenho sensibilidade suficiente para entender que esse “novo”, que tanto insisto em esperar, talvez não virá da maneira que me agrada. Que as novidades da minha vida são mais internas que externas.

Não é preciso ser filósofo, teólogo, psicólogo e todos os “ólogos” que a ciência humana produziu para se dar conta disso. Mais cedo ou mais tarde todo mundo vai chegar a essa conclusão. O que vai ser “novo” é a maneira que cada um irá procurar responder a pergunta:

E aí? É só isso?

Tem gente que sonha em casar, outros serem ricos e famosos, outros ainda bons profissionais e tudo que direciona esses objetivos ganha o ditado: “plantar pra depois colher”. Porém, parece que no final é sempre aquela tal pergunta:

E aí? É só isso?

Ah!!! E se você quiser resposta eu arrisco dar….
SIM! É só isso… mas o que você estava esperando?

Boa pergunta… o que a gente espera?
O que a gente quer da nossa vida?

E, por favor, não me venha com resposta pronta tipo: “Eu quero ser feliz!”, porque senão eu vou perguntar: Mas o que é ser feliz pra você?

O tempo vai passando e vou quase chegando aos meus ¼ de século, mas toda vez que penso no que estou fazendo aqui, me dou conta de que a vida é justamente saber lidar com o óbvio, com os paradoxos, ou ir pro analista por conta de uma “braba” depressão.

Pois é… é desse caminho “óbvio” que a gente procura respostas cotidianas do tipo “putz, foi bom… valeu a pena… poderia morrer hoje, que me sentiria realizado”…

Quantas vezes a gente responde a tal pergunta “Você é feliz”, tentando pensar ao menos 10 segundos?

Pois é… de novo… o óbvio… morrer, amar a amada, penar para amar o pessoal de casa… tem coisa mais obvia pra mim que isso?

Mas… se paro de tentar dinamizar o que óbvio, de lutar para dar sentido a cada coisa e ser feliz, esqueço do que é felicidade. Não a que vemos nos filmes românticos, aquela que nos deixam em paz, plenos.

Duvido que você não concorda comigo!