roubo-carteira

Distando-se aproximadamente 2.200 kms de São Paulo, Aracaju é a 212º município mais violento do país, de acordo com o Mapa da Violência, organizado pelo Governo Federal, em 2008, que mede a taxa média de homicídio em relação ao número de habitantes.

Já, São Paulo, é só a 492ª cidade, mas ao lado do Rio de Janeiro e de Recife, tem a fama de ser antro de violência e ponto de convergência da criminalidade.

Mesmo com todo esse conhecimento, Valter não imaginava que naquele domingo, às 22:30 da noite, no ponto de ônibus, presenciaria a ousadia de um marginal em plena Avenida Paulista, a 300m de um posto policial.

Feliz em estar na capital paulista, Valter havia acabado de participar das comemorações de aniversário de seu xará, em um dos bares mais freqüentados pelos amigos dele.

A Nikon L18, que havia acabado de conquistar alforria (ser paga), estava ali para fotografá-lo, fazendo das luz dos carros da avenida, um rastro de efeito bastante interessante.

Mas, logo após algumas fotos, olhando a câmera e se deliciando com as imagens bem capturadas, aproximou-se um ciclista em alta velocidade e quando ninguém esperava, puxou a câmera de seu xará e seguiu em alta velocidade no meio da avenida.

Alguns segundos esperando a reação do paulistano, o susto e o povo do ponto de ônibus gritando serviu de incentivo para correrem em direção ao ladrão, porém em poucos segundo ele já havia desaparecido entre as ruas das proximidades.

Recuperado do ocorrido, Valter não conseguia ainda entender o que havia se passado naquele momento, mas a revolta se instalou instantaneamente dentro dele.

Porém, já não havia mais nada a fazer. Só se conformar mesmo.
Afinal de contas, em São Paulo, quando você menos espera, pode passar um ladrão e roubar coisas importantes das pessoas. Menos mal que não foram as nossas vidas.