Month: April 2007 Page 1 of 5

Usufruto celeste

celeste

Tenho que aprender e entender que minhas posses são fruto de um trabalho que não tem o dinheiro como Fim, mas como meio.

Tenho que entender e aprender que faço parte de uma Cultura que cria necessidades, que devem ser suprimidas com o necessário que é a nossa consciência que sabe medir.

Pois, na Sociedade do Ter, me perco sem saber se sou eu quem escolhe o que realmente preciso ou se é alguém que estipula as minhas necessidades.

Não se despreza a importância do dinheiro, mas ele é somente a moeda de troca para realizar objetivos.

Ter é sempre uma oportunidade a mais de DAR, tudo. De saber que nada realmente é nosso, é posse. Mas o que temos materialmente é simplesmente uma oportunidade de fazer usufruto de algo cedido por Ele para que sejamos plenamente felizes.

Viver consciente disso pode me ajudar a abraçar as inúmeras providências, verdadeiros milagres, que só vêm se não permaneço omisso, esperando que às graças caiam do céu, mas procure sempre fazer a minha parte, trabalhando duro… com 99% de transpiração, para que o Mestre contribua com seus irrevogáveis 1% de inspiração.

Scatola chiusa

Scatola

Chiusi dentro della scatola rotonda stano i miei più profondi desideri.
Di un mondo migliore, anzi, un pianeta senza sciocchezze, vero.
Nel rotolare costante della scatola rotonda non riesco a trovarmi, fermarmi
Forse perché si mescolano i miei sogni con i Suoi.

Fuori della scatola rotonda c’è un mondo fatto da paura,
di persone egoistiche che riescono a guardare soltanto fino alla punta del naso.
Che costruiscono rapporti come giocano carte.
Un asso vale in una partita, ma in altra può essere messo giù.

Detto che vivo dentro della scatola chiusa.
Mi sforzo a concepire e capire che il mondo non è questo.
Che le persone non mi vogliono così bene
e neppure il mondo mi sta sorridendo come i bambini.

Chiusi dentro della scatola rotonda stano i miei fratelli più cari.
Che credono che lì fuori c’è tanto da fare.
Giro percorrendo il sentiero trovato.
Sapendo che se vivo bene oggi, il mondo unito è stato già conquistato.

Eleva a dor

Eleva a dor

Subo de escada para não elevar à dor,

da saudade, efêmera nostalgia, de quem não sabe aonde está o amor.

Porque se em vez de escada, ascendesse com o elevador,

seria omisso àquilo que mereceria valor.

Subo de escada para sim, elevar à dor,

do cansaço de viver uma vida sem causas, de viver por mim.

Porque se em vez de escada, ascendesse pelo elevador,

descobria que a tal dor é meio e não fim.

Subo de escada para talvez, elevar à dor,

e entendi que com ela não preciso vagar, fugir.

Porque se em vez de escada, ascendesse pelo elevador,

Deixaria de crescer, de correr, agir.

Um dia tentei em vez de escada, subir de elevador,

mas ficou um vazio de uma guerra vencida, sem lutar.

Porque se em vez do elevador subisse de escada,

talvez realmente, não perderia o foco da minha Estrada.

Quanto você vale?

Você! Que perde tempo lendo coisas inúteis, achando que de alguma forma o universo e os astros podem se mover ao seu favor.

Você! Que espera milagres celestes, sem procurar nem mesmo fazer a sua ínfima parte, que só você pode fazer.

Você! Que lamenta a própria infelicidade e nem sequer procura dar valor ás pequenas coisas que cotidianamente inundam seu dia de alegria.

Ei você!! Que acredita em quem está escrevendo, por algum motivo que não se sabe ao certo, mas que de alguma forma toca ou incomoda.

Você! Que acorda todos os dias e faz as mesmas coisas, tendo quase a impressão de que a vida é um filme de sessões infinitamente repetitivas.

Você! Que aceita ser explorado, admite trabalhar 10, 12 horas por dia, em troca de um Não para si e um Sim para o Sistema.

Você! Que vai à universidade, passa horas insubstituíveis do seu dia sentado no bar, fumando um beque e acreditando que assim está construindo algo novo por ócio contemplativo.

Ei você! Que sabe que a vida é única, que a festa termina a meia noite e que por isso, não perde tempo com a vergonha de não saber dançar, mas que se lança em passos, às vezes desconcertados, mas que vão se aperfeiçoando, à medida que o tempo vai passando.

É pra você esse POST.

Inferno

Inferno

Tive outro sonho.
Aqui, porém, não havia nenhum Jardim.
Via um corredor escuro que, como na paisagem de outrora, não conseguia ver os confins.

Estava preso dentro daquele claustrofóbico lugar , sozinho. De repente apareceu um grande telão com imagens da minha vida até agora. Tantos momentos, até esqueci onde estava e senti uma alegria discreta.

Percebia o quanto tinha recebido até então… Uma família maravilhosa, amigos verdadeiros, uma linda namorada, um trabalho, a possibilidade de estudar em uma excelente universidade sem pagar, poder fazer esportes… Não conseguia acompanhar todos àqueles dons, todas as coisas boas que tinha recebido até então.

Tão repentinamente quando apareceu, o telão desapareceu, e simultaneamente surgiram fotos ao longo do corredor.

Crianças nas ruas, deitadas, cheirando cola, pedindo esmola.

Velhos carregando papelão em seus carrinhos de mão.
Aquele senhor que me pediu um pãozinho quando saía apressado da padaria.

Eu conhecia aquela gente, aquelas pessoas! Tinha- as ignorado em diversas ocasiões.

Lembro que a minha aversão à esmola nem era justificativa, pois o Sr. José queria somente conversar comigo àquela noite.

Senti um arrependimento tomar conta de mim… tinha recebido tanto e via todos àqueles necessitados, incontáveis, que havia desprezado.

Quis subitamente acordar daquele pesadelo, mas era tarde.

A minha doação por eles, a minha oportunidade de “retribuir” à todas as graças que havia recebido tinha acabado.
Estava morto e o não poder mais amar, me fez entender que aquele corredor escuro do arrependimento era o Inferno.

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