Gosto muito de observar as mulheres. Claro que a beleza e a feminilidade me levam sempre em direção a elas, mas são as diferenças naturais que mais me impressionam.

Tento sempre me dar conta de quem sou, sobretudo quando me relaciono com o sexo oposto.

Nós homens somos, antes de mais nada, extremamente egoístas no que se diz respeito à realização pessoal. Vejo por mim mesmo o quanto humanamente quero viver experiências prazerosas, conquistas, submetendo as pessoas ao Meu mundo e as Minhas verdades.

Isso é difícil perceber nas mulheres, tratando-se é claro, da mulher com M maiúsculo e não o que ela se transformou fruto do fenômeno feminista. As mulheres abarcam o mundo, sabem construir suas vidas tendo sob a sua guarda os mais variados aspectos: família, amigos, profissão, realização pessoal. Tudo é compreendido.

Outra diferença básica é o modo como queremos nos relacionar. Naturalmente a conquista faz parte da constituição masculina. Aquele desejar e buscar, fruto também da “sedução”. O homem tem sempre a impressão de que as mulheres não podem ser auto-suficientes, que dependem da sua proteção e apoio.

Enquanto isso acontece, as mulheres vão se tornando sim cada vez mais auto-suficientes, não tanto positivamente, pois esse nada mais é que um conceito interessante para justificar o egoísmo pós moderno. Auto suficiente é sim um sinônimo de egoísta. Alguém que não depende de ninguém para ser feliz. Isso é possível?

O último aspecto analisável é a maturidade. Como somos imaturos!!! A nossa infantilidade em relação aos desafios, aos acontecimentos cotidianos. Os nossos medos e a nossa aversão aos compromissos. As mulheres, pelo contrário, assumem, por conta da potencialidade à maternidade, uma postura mais segura, mais verdadeira nos relacionamentos. Querem construir suas vidas junto, com segurança, afetiva, financeira, para dar condições à família que pode nascer.

Enfim, todas essas reflexões surgiram nessa minha máquina de paradoxos (cabeça) depois que li o artigo do Arnaldo Jabor “Homens objeto”, pois talvez esse padrão natural de comportamento tenha sofrido algumas inversões há algum tempo.

Vivo dizendo que de tanto as mulheres quererem os mesmos direitos sociais dos homens, acabaram adquirindo o papel natural que nos compreende na humanidade. Talvez seja tachado de conservador, mas ainda prefiro as mulheres de antigamente.