Month: May 2007 Page 1 of 6

Bendita dor de barriga (Diário pessoal – 29/09/05)

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Hoje, enquanto voltava para casa, sentia uma tremenda dor de barriga, devido ao mal estar em que me encontrei esta manhã e que não me deixou colocar nem mesmo uma bala na boca. Porém, depois de todo o dia, indo em direção a minha casa, comecei a pensar no porquê daquela dor. Depois de alguns passos eu culpei o vazio que tinha na barriga. Como não havia comido nada é claro que o estômago estava nervoso.

Naqueles minutos, quase hora, eu refleti um pouco sobre o que seria o vazio… Claro que tenho que admitir que vivo uma fase extremamente filosófica, mas naquele momento eu entendi algumas coisas interessantes.

Antes de tudo pensei sobre qual seria o nosso conceito de vazio. Você já pensou no que consiste o vazio? Quando ás vezes, nos sentimos tristes e insatisfeitos sem um motivo claro, quando estamos em uma sala sem nenhum móvel, quando entramos em um elevador sem ninguém e também estamos sozinhos em casa… Certamente podemos dizer que estamos em situações da qual o vazio se apresenta claramente.

Mas não, o vazio não existe! Não serei prepotente ao ponto de afirmar que essa seria também uma conclusão científica, mas acredito realmente que o vazio não existe.

Pegando alguns exemplos que relacionei acima, podemos analisar-los, um a um. Quando nos sentimos tristes ou insatisfeitos, sem nenhum motivo aparente, nos vêm logo à vontade de dizer que nos sentimos vazios. Porém, não é a falta de algo/alguém que nos faz estar assim, mas o excesso de coisas que não nos fazem feliz.

Bom… pego outro exemplo, um pouco mais concreto, uma sala vazia ou mesmo o elevador. Certamente eles permanecerão assim somente se os observamos de fora, porém cientificamente sabe-se que no mundo existem coisas que estão presentes, mas que não podemos perceber com os nossos olhos. Os gases, as ondas, radiações, todas coisas que realmente existem e que não podemos distingui-las como matéria, mas que mesmo assim fazem parte do universo.

Enfim, se não existe o vazio como podemos dizer, de forma simples, estes sentimentos, internos e externos, que a vida nos faz viver?

O vazio é a oportunidade que aparece para preencher algo cheio de futilidades, com coisas melhores.

Voltando aos exemplos, pegamos outra vez o sentimento. O fato de estarmos cheios de coisas que não nos ajudam a sermos felizes é uma grande oportunidade de abrir-nos àquilo que realmente nos preenche de alegria, ou melhor, Felicidade. Uma sala “vazia” nos dá a possibilidade de colocar belos móveis que a deixará mais bonita e, sobretudo, estar sozinho pode ser um momento para fazer algo para alguém ou estar com um pouco consigo mesmo.

Bem, aqueles que chegaram até aqui certamente dirão que eu fiquei ou estou ficando louco, porém é legal ver que das pequenas dores (como uma simples dor de barriga) existem muitas oportunidades de entender tantas coisas, mas é preciso estar atento.

É importante aproveitar essas oportunidades que aparecem para estar em relacionamento profundo com nós mesmos. Não é fácil entender a dor, porém é ali que se escondem os segredos da verdadeira Felicidade.

Inevitável e opcional

Inevitável e opcional

Falar de dor é sempre um paradoxo dos tempos modernos, em uma sociedade hedonista ao ponto de rejeitar as alegrias que compreendê-la nos proporciona.

Nunca tive muito problema com a dor, sobretudo depois que percebi que é através dela que se cresce e não em decorrência de uma vida feliz, prazerosa e sem problemas. “Quando falta a dor, muitas vezes nos iludimos com o que é transitório”.

Porém, “é necessário que a dor não nos afogue a alma na amargura”, que não nos impossibilite ver as graças escondida nela.

A dor é mesmo inerente às nossas vontades, porém o sofrimento é opcional. Vivemos diariamente situações difíceis, revoltantes, às vezes bobas aos olhos dos outros, mas importantes para nós, e quase sempre nos mergulhamos nelas, deixando de olhar além “do muro”.

Sofrer é se render aos próprios limites, é não acreditar no Plano Celeste que envolve às nossas vidas, é não ter fé de que a dor, como a alegria, é uma nota musical na nossa particular melodia.

Podemos, mesmo nos momento interiores mais difíceis, viver a “Divina Comédia” de estar destruído por dentro e mesmo assim sermos capazes de sorrir, de transmitir a Felicidade que se esconde na falta de alegria, parâmetro superficial, pois não é porque não estamos alegres que não somos profundamente felizes.

Somente através da dor vivida é que podemos compartilhar a dor daqueles que estão a nossa volta, sem posturas assistencialistas ou piedosas, mas por estar sob a mesma “graça”, permanecer em um diálogo horizontal.

Em meio a tantas e complexas conclusões, uma só invade meu coração neste momento: A Dor tem uma função importantíssima, pois nos ajuda a nos manter no essencial e não nos contentarmos com o nosso próprio eu, indo além do nosso sofrimento pelo outros.

(aspas retirados do livro Meditações de Chiara Lubich)

Tristeza

Tristeza

Às vezes acordo com uma sensação de vazio,

sem me lembrar do que sonhei

E se sonhei.

Às vezes sinto coisas negativas,

sem me lembrar se foi por algo que fiz.

E se não fiz.

E nesse abismo em que mergulho, fico procurando resposta racionais,

permissões naturais

de um Ser que a humanidade clama,

De um Ser amor que mais que tudo e cada um, simplesmente, ama.

Essa tristeza que se manifesta em mau humor, medo ou rancor.

Que se transforma em tédio depressivo,

fechar-me de modo opressivo.

Por não ter o que quero e não aceitar o que tenho, de onde provenho.

Não dar valor às pequenas coisas, almejar só as grandes.

Sem me dar conta do quanto estou atuando de forma irrelevante.

“Para sanar essa tristeza,

o caminho a percorrer é,

antes de tudo,

perceber que na verdade não se perdeu nada,

mas que a realização da expectativa

foi apenas adiada.

O contrário da tristeza é a paz.

Aquela que reina sempre num coração que ama

E que aprendeu a arte de compreender..

e que neste momento,

essa poesia declama.

O amor é uma estrada de sentido único que parte de mim para ir em direção aos outros. Cada vez que pego alguém ou algo para mim, paro de amar porque paro de doar. (Escritor francês – 1921)

Felicità

Felicità

 Ah!! Se io potessi gridare  al mondo

dov’è nascosto il segreto della felicità.

Mostrare agli uomini e donne che non c’è altro da fare

che costruire rapporti veri e profondi.

Nulla di quello che abbiamo rimane, tutto passa.

Anche le teorie, filosofie, tutto passa.

E l’importanza d’essere cosciente che il tempo vola,

la vita è unica,

serve come spinta a non sprecare

la mia partecipazione nel Grande Spettacolo.

Chiude gli occhi e guarda lassù, laggiù,

ma soprattutto dentro di te.

E vedrà che esiste una riposta unica a tutte le domande…

Lui ci ama.

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