Baliza pode ajudar ou pode nos constringir a pegar o rumo errado

As vezes a ignoro, sigo em frente, mas me confundo e me finjo inconformado

Dentre sinais, guardas de trânsito, acabo, com demência, indo pra onde quero

E no final estou tranqüilo, não vejo impossível ter aquilo que espero.

E a bendita baliza está lá, me mostrando a justa hora do desvio certeiro

Procuro sempre ser o último a passar e fico rindo do desvio do primeiro

Mas na verdade quem passa grande parte da estrada confuso, sou eu

Vou por um caminho incompleto, com a sensação perene de quem se perdeu

Toda vez que isso acontece, lembro daqueles postes bi-cromáticos, das balizas

E do rumo certo que já poderia ter dado pra minha vida

Em vez de acreditar que a felicidade se faz na micro-esfera

Quero pegar o primeiro vôo, sair pelo mundo, aqui ou em outras terras.