noite

Os dias passam e ainda continuo procurando novas diretrizes que satisfaçam meus anseios pessoais de amor e dinheiro.

Queria não me contaminar com o capitalismo autofágico que me impulsiona a um prazer descontrolado, mas quase sempre me sinto fraco e incapaz.

A fraternidade que deveria integrar e interagir com a liberdade e a igualdade virou artigo de perfumaria, pois no final o que vale mesmo é satisfazer o meu eu.
Toda essa conjuntura me empurra para uma depressão sem volta, para um descontentamento constante.

No final, o que sobra é a vontade de cumprir o meu singelo papel no Grande Teatro, procurando atuar nesses meus poucos segundos de Palco, para fazer valer essa única oportunidade de mostrar aos espectadores, que cada artista faz parte do Espetáculo.

Mas, o pessimismo tantas vezes me consome. Sinto-me fraco, incapaz de amar até mesmo os mais próximos, aqueles que mais amo, pois também a capacidade de perdoar, de suportar as diferenças, por mais simples que sejam, vai sendo devorada pelo frenesi da vida contemporânea.

Dentro desse interminável e escuro túnel não consigo ver nada além do perímetro que cerca a minha vida, perdi as referências do Todo, a minha ideologia. Desta forma, o que me resta é procurar aquela resposta um dia contemplada, esquecida nos corações de todos aqueles me serviam de Luz e assim possa amanhecer nessa profunda Noite, que ultimamente me encontro.