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Mamãe me ensinou a assoviar melodias celestes,
Fez do meu bater de asas, modelo para qualquer espécie.
Agora mamãe vai levantando vôo.
Pra que eu possa finalmente começar tudo de novo.

Mamãe me ajudou a reconhecer a dor
E me ajudou a perceber a profundidade do amor
Agora mamãe vai voando pelo Céu.
E fica pra mim a alegria de não ter sido criado ao léu.

Mamãe pode ir, mas sua presença não passa.
Permaneço alegre por saber que esse é um momento de Graças.
Mande meu abraço pro Papai do Céu.

Mamãe pode ir, o seu legado já é desses seus filhos.
Faremos do nosso canto, um modo de conservar todo o seu brilho.
Mande o nosso abraço pro Papai do Céu.

Poesia escrita como agradecimento à fundadora do Mov. do Focolares, Chiara Lubich, a quem muito devo a minha vida. Graças à ela, há mais de 25 anos atrás, meus pais se conheceram e assim deram início a minha existência. Por mais de 60 anos dedicando-se à construção de um mundo mais fraterno, tendo como foco a Unidade entre os povos, Chiara levou a presença de Deus em todos os cantos da terra, dando início a uma nova cultura de partilha e amor mútuo. Ontem, dia 12 de Março, Chiara Lubich foi para a sua casa, nas redondezas de Roma, na Itália, para viver, juntos aos Co-Fundadores dos Focolares, seus últimos momentos de vida, testemunho claro de que cada passo deve ser feito em comunhão, do primeiro “bater de asas”´ao “último Vôo”.