Binômio essencial da existência humana

Binômio

Escrevi em março sobre dois assuntos que “pauteiam” (usando a linguagem jornalística) a vida de todos aqueles que podem se considerar humanos, neste lugar que habitamos e que chamamos de planeta.

A liberdade de escolher, conivente com as perdas que fazem parte do processo de escolha, realmente nos liberta dos condicionamentos em que somos envolvidos. A razão serve para iluminar a única saída para descobrir o que é a verdadeira liberdade e aqui entra um pouco o conceito pessoal de fé.

Na minha vida e em tudo aquilo que pude viver até então, vejo claramente os movimentos e as conjunturas que direcionaram meu caminho e me fizeram chegar até onde cheguei. A oração e o constante diálogo com Deus me fizeram perceber que existe mesmo Alguém ou Algo (cada um que escolha o modo de enxergar esse Deus universal) que me conduz. Que usa do War divino para me colocar em um lugar específico, com funções específicas, para então, contribuir para a construção do seu Reino.

Assim, ser livre é realmente optar entre contribuir ou me omitir às “jogadas divinas” desse Deus que me ama imensamente e que prova seu amor através de circunstâncias concretas, que tantas vezes passam desapercebidas.

Reconhecendo-me livre, preciso entender como jogar a Vida, como deixar minha contribuição pessoal para que esses não sejam 80 anos (mais ou menos) de vazio.

E é aí que entra o segundo membro do binômio: o amor. Que na poesia Felicidade é envolvido de uma série de descobertas e de muitas conseqüências que elas geram interiormente.

O amor é a nossa parte, a missão de movimentarmo-nos em direção aos outros, especialmente aos necessitados de pão, de amor, de Deus.

Descobri tudo isso na minha viagem para a Indonésia. Sempre me perguntava o porquê estou aqui, vivendo na minha família, estudando na PUC, trabalhando em uma editora, relacionando – me com os meus amigos, namorando a minha namorada… será que daria para ser diferente??

Mas lá, do outro lado do mundo, diante das realidades cruéis decorrentes do Tsunami, entendi que existia um plano para a minha vida. Que devo vivê-la pelos outros e para Deus. Que o fato de viver e me esforçar para que tudo seja verdadeiramente BEM VIVIDO, ressalta o meu papel no Grande Jogo, pois as graças, providências e milagres vêm em conseqüência dos meus atos.

Para entender o valor do binômio é preciso somente estar mais atento àquilo que o coração (para os leigos), Deus (para os religiosos) ou o Espírito Santo (para os católicos) nos diz cotidianamente e que a vida pós moderna faz questão de nos desorientar.

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1 Comment

  1. Vitor

    Eu tenho usado nesses dias dessa semana o fazer o que Deus manda você fazer. Usando com Ele o trocadilho na frase popular: “Pô, Deus, mandou bem pra caramba mais uma vez! Você sempre “manda bem”!”.

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