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A Cidade dos Óculos Mágicos | Segunda parte

Óculos Mágicos

As duas estudantes que se conheceram no primeiro dia intenso de aula, viveram juntas a adaptação no famoso curso preparatório que tem como preocupação, o ingresso de jovens no Ensino Superior.Moças iguais, vivendo a mesma situação, muitas vezes constrangedora, para enfrentar o tão temido processo seletivo, e assim conquistar a almejada vaga no mundo do conhecimento e, posteriormente, no Mercado.

As diversas carreiras, caminhos “construíveis” permitem uma infinidade de escolhas, todas dentro de um padrão pré estipulado. “Nada pode atrapalhar o andamento do Sistema”. Uma quer fazer física a outra biblioteconomia, uma pensa em números e “estruturas” a outra viaja no conhecimento do “mundo homem” ou seria por acaso homem mundo?

O caso é que ambas estão, dia após dia, na mesma luta e o convívio que leva à conquista do objetivo baseia-se e enriquece justamente da diferença entre os mundos de uma e da outra.

O fato de procurarem uma convivência pacífica foi criando uma espécie de membrana nos olhos das garotas, uma espécie de lente de contato, sendo já desprezíveis os óculos mágicos, pois a Natureza as havia presenteado com um desenvolvimento específico, fruto do esforço de não serem concorrentes, mas procurarem construir juntas, se ajudarem, preservando as diferenças, o “algo a mais” que não passa.

Esse primeiro caso específico de harmonia foi instantaneamente detectado pelos órgãos de imprensa da Cidade dos Óculos Mágicos e serviu como primeira solução para a restauração da ordem naquela que é ainda caótica, em decorrência do desaparecimento dos tais óculos.

Primeira parte: http://vartzlife.wordpress.com/2007/08/16/a-cidade-dos-oculos-magicos-parte-i/

A Cidade dos Óculos Mágicos | Primeira parte

Óculos Mágicos

Diziam os avós de cem anos atrás, que na última cidade no sul do continente americano, depois da conhecida Terra do Fogo, existia um grande portal que levava à Cidade dos Óculos Mágicos, um lugar conhecido justamente pelos acessórios oculares irreverentes dos seus habitantes.

O que se sabia dessa lenda é que ali, desde pequeno, de acordo com o tamanho dos pés, cada bebê recebia um determinado óculos com lentes especiais, que determinariam as dimensões do seu mundo. Esses tais óculos eram trocados acompanhando o crescimento da criança, para adaptarem-se também ao tamanho da cabeça de seu usuário.

Um dia, não se sabe como e nem mesmo o porquê, todos os óculos mágicos da cidade desapareceram. As pessoas acordaram e quando procuraram o acessório, não o encontraram mais.

A princípio a harmonia vigente na cidade não foi afetada. Os habitantes da Cidade dos Óculos Mágicos continuaram com seus hábitos, mas a confusão começou no momento em que elas começaram a se relacionar, pois os óculos não só personificavam as mais distintas visões do mundo, mas também tinha um equalizador de visões, que permitia uma convivência saudável entre as pessoas.

Sem os óculos aumentaram-se exponencialmente os conflitos… Cada um aprendera a ver o mundo do modo no qual seus óculos o apresentava. Sem eles não era possível vislumbrar a realidade de maneira clara, única.

A harmonia da Cidade dos Óculos Mágicos estava afetada, todos esperavam um salvador, uma solução, para que o convívio entre as pessoas pudesse voltar à harmonia de então. Um grande mistério se instaurava.

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