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29 dias no país do Tsunami – Parte 26: Mergulho no mar

Domingo: Acordamos as 6:30h para assistir a missa. A primeira vez na Indonésia.

Era fantástico estar diante Dele depois de todas as experiências vividas e que continuamos fazendo.

Sentia que o vinculo de Unidade que Ele produzia entre nós se reforçava naquele momento.

Logo em seguida formos tomar café da manhã e voltamos pro trabalho.

Depois de termos trabalhado uma hora e meia, fomos liberados para descansar e foi unânime a decisão de darmos um mergulho no mar e ali ficamos até a hora do almoço.

Era incrível nadar naquele mar…

Depois do almoço entramos no carro para um logo e desconfortável retorno a Gunungsitoli. Quatro passadas e nós chegamos. Fui arrumar as minhas coisas enquanto o pessoal descansava.

À noite, fomos jantar um excelente “noodles” em um pequeno restaurante e logo depois voltamos pra casa. Foi um dia longo, mas valeu à pena!

29 dias no país do Tsunami – Parte 25: Em direção a Sirombo

Depois que voltamos do vilarejo de Ponty fui com meu amigo descarregar as fotos que lotavam a câmera, enquanto os outros foram passear na praia.

Na casa desses outros familiares aproveitamos para tocar violão, cantar músicas indonésias e também brasileiras. Era interessante perceber o quanto era especial para eles conhecer um habitante da “terra do samba”.

Em seguida voltamos para o nosso alojamento, comemos, eu tirei uma hora para ler um pouco e quando acabei fui dormir.

No dia seguinte acordamos cedo outra vez. As 7h viajamos em direção a Sirombo e depois de 5h de uma cansativa viagem, enfim, chegamos!

Porém nessa viagem aconteceram coisas interessantes. Depois de algumas horas de viagem nos deparamos com uma fila de carros que antecediam uma longa ponte.

Demorou para entender que a ponte estava intransitável, mas o mais surpreendente foi me dar conta que, para passar, era preciso pagar, pois quem havia tirado os pedaços de madeira da ponte foi a própria população local, em uma espécie de pedágio improvisado.

Eugenio fazendo malabarismo para as crianças

Com o pagamento eles recolocavam alguns pedaços de madeira e guiavam os motoristas para que fosse possível atravessar a ponte.

Outra experiência interessante foi encontrar uma quantidade absurda de crianças nos vilarejos, na hora do retorno da escola. Paramos ali para saudar-las e Eugenio aproveitou para fazer um pouco de malabarismo que alegrou as crianças.

Chegando em Sirombo nos deparamos com a imagem de um lugar extremamente arrasado pelo terremoto. Tudo cheio de rachaduras e a igreja destruída.

Mas aquilo que não esperávamos era que, em menos de 100m, estaríamos diante de um mar paradisíaco, maravilhoso.

Comemos e fomos imediatamente trabalhar, principalmente porque não ficaríamos lá tanto tempo.

Trabalho em Sirombo

O nosso trabalho era carregar o caminhão com terra para construir tijolos. Algo extremamente simples, mas é sempre especial nos doarmos, mesmo nesses trabalhos simplórios, o importante é estar no amor.

Depois de quatro horas de trabalho, que passaram extremamente rápidas, fomos dar um mergulho no mar. Uma hora e meia de diversão e descanso providencial.

Voltamos para tomar banho, jantar e depois da oração da noite fomos dormir.

29 dias no país do Tsunami – Parte 24: No mundo de Ponty

Casa típica

Acordei as 6h, tomei banho e com Ago e Giuseppe fui acompanhar Ako no aeroporto. Depois de meia hora de viagem nos despedimos dele e seguimos para a vila onde nasceu Ponty.

Um rápido percurso com o carro e depois um longo caminho com uma espécie de moto-taxi. Depois de chegarmos a um determinado local, ainda tínhamos que percorrer vinte minutos a pé por um lugar realmente bonito e assim chegamos.

Um lugar realmente fora do mundo. Bem longe de qualquer cidade e sem contar com energia elétrica e água.

Vi que finalmente Ponty se sentia “em casa”. Ao chegarmos lá tive a impressão de um lugar triste, mas depois, passeando, me dei conta de que o motivo para aquele “silêncio” é que todas as crianças estavam na escola.

Fizeram-nos conhecer a vila e o modo em que eles procuram sobreviver. Pediam-nos ajuda e senti uma grande dor por não poder fazer nada de concreto por eles.

Com as crianças na escola

Comemos ali, fizemos algumas fotos (era interessante ver a curiosidade das crianças diante da câmera digital) e depois percebemos que o tio de Ponty, um dos mais velhos do vilarejo, tinha a boca vermelha. Perguntei curioso a Ponty o porquê e ele me disse que era uma espécie de erva preparada artesanalmente que substituía o cigarro, difícil de ser comprado.

A vontade de experimentar foi maior que a prudência e depois ter a confirmação de que aquilo não fazia pedi a Ponty para experimentar e comigo vieram Giuseppe e Ago.

Preparação de ervas

A preparação parecia um cerimonial, mas o mais interessante foi entender como deveria proceder o “consumo” daquela erva. “Mastigue três vezes e cuspa, faça esse processo duas vezes mais e depois só mastigue” – explicava Ponty. “Mas por que cuspir as três primeiras mastigadas?” – perguntei. “Porque no início o amargo da erva não é a agradável, mas depois tudo bem”.

Depois daquela aventura SEM SABOR, nos despedidos e voltamos para Gunungsitoli.

29 dias no país do Tsunami – Parte 23: De volta à Lahewa

Comunidade local de Gunungsitoli

Eis nos aqui voltando de Lahewa… Acordamos cedo e logo em seguida pegamos a estrada em direção a capital de Nias, Gunungsitoli.

Não foi fácil deixar aquele que se tornou o NOSSO POVO. Na viagem de volta me perguntava tantas coisas, mas outra vez sentia o coração pleno de Deus e certo de que Ele é realmente amor.

Chegamos, comemos e logo em seguida fomos lavar nossas coisas e descansar um pouco. As 15h fomos a uma paróquia onde algumas pessoas da comunidade local nos esperavam.

Foi uma tarde toda de estar com essa gente, contar um pouco do Ideal da Unidade (outro nome do Movimento dos Focolares). Eu contei a minha experiência nesse período… sobre entender que Deus tem um desígnio de amor para cada um de nós. Foi demais!

Pedi o Espírito Santo para que fosse realmente o meu Deus, em mim, a dizer todas as coisas no meu lugar e no final senti realmente que dei tudo aquilo que tinha na alma.

Depois, antes de um outro compromisso, começou a chover e acabou a energia, obrigando-nos a voltar ao nosso alojamento.

Jantamos e agora, finalmente, dormir!

terremoto

29 dias no país do Tsunami – Parte 22: O terremoto

Não sei realmente o que escrever porque qualquer palavra me parece insuficiente.

Que dia! Que presente da Vida!

Hoje acordamos assustados em meio a dois terremotos. Uma sensação incrível.

“Um barulho como um motor!
Abro os olhos! E o teto do barracão de madeira onde dormíamos parecia uma folha de papel dançando de um lado para o outro.
Demorei uns 5 segundos até entender que a gritaria e o som de gente correndo era um alerta para sair daquele lugar o mais rápido possível.
Nunca corri de uma dependência tão rápido. Só quando estava a céu aberto é que fiquei tranqüilo, sentimento que se completou com o fim do terremoto.”

terremotoDepois do susto após vivenciamos, pela primeira vez, um terremoto, fomos ensinar para as crianças na escola… inglês e até uma canção em português (Aaaaatirei o pau no gato to!). Tudo muito especial e a tarde fomos “suar a camisa”, trabalhando muito com os operários locais para derrubar uma construção semi destruída pelos terremotos.

(é importante lembrar que em Nias, pequena ilha próxima da grande Sumatra, houveram terremotos fortes que derrubaram quase todas as casas)

Senti uma felicidade arrebatadora enquanto estava com eles. Trabalhamos muito e depois fomos jogar vôlei com a molecada da vila. Jantamos e como hoje era o “dia do terço” fomos rezar junto com a comunidade. Fiquei impressionado pela maneira como as crianças conduziam aquele momento sem interferência dos mais velhos. Elas cantaram algumas canções, nós também cantamos para elas. Foi um momento maravilhoso de família.

Nunca mais me esquecerei desse dia!

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