Rezar, por acaso, muda o mundo?

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Eu vivo um período de questionamentos sobre a tal da “oração”. Não é que eu perdi a Fé no “meu” Deus, mas é que, sempre mais, penso que é melhor rezar com as minhas atitudes, minhas forças, minha vida.

Contudo, aos poucos, venho descobrindo que a oração nada tem a ver com raciocínios materialistas; não é um ação que incute uma reação imediata, um resultado. Rezar é colocar todo o nosso ser em relação com o Divino, com as foças “sobrenaturais” que acreditamos, independente de quais e quantas elas sejam. Dessa relação nasce a Luz capaz de iluminar nossas ações (e as dos outros), nossos caminhos, em prol do bem.

Cada vez mais, me dou conta de que existe uma fase (ou dramas) da vida aonde as forças físicas, a saúde, não permitem a construção “braçal” de uma sociedade mais justa, como ocorre na juventude. Assim, a Fé por meio da oração, dá a esperança de continuar contribuindo, em um “outro plano”, para o bem comum.

Sempre vi com “maus olhos” a ausência massiva da juventude nos bancos das igrejas católicas que frequento. Nada contra os idosos, mas acho que são os jovens, sobretudo, que precisam conhecer as palavras e os ensinamentos do Cristo, para darem uma “direção” às revoluções que eles defendem e lutam. Porém, depois de descobrir que a oração realmente tem uma força, mesmo que imensurável materialmente, percebi que é bonito que ainda existam muito “velhinhos” frequentando as igrejas, mas sobretudo rezando e potencializando às boas energias sobre o mundo.

Rezar também é aquilo que, muitas vezes, nos resta quando vivenciamos algo que não podemos mudar com as próprias mãos. O massacre que está ocorrendo no Egito é um exemplo atual. Tenho amigos naquele país africano que, há tempos, tem procurado se reerguer, começar um caminho que respeite a grandeza do seu povo. Mas, o que vejo é, sempre mais, uma polarização de projetos, uma radicalização religiosa (muitas vezes promovidas pela mídia) e assim, vidas são perdidas e o bem comum se dissolve, como também vão se dissolvendo os sonhos de um país melhor.

Por isso ainda rezo. Rezo e acredito. Porque o mesmo Deus que me faz profundamente FELIZ, mesmo diante das dificuldades da vida, deseja que cada ser humano goze dessa “tal felicidade”.

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3 Comments

  1. Anonymous

    Tá aí. Disse tudo. Obrigada por me fazer refletir.

  2. Michelle de Oliveira

    Já me peguei também fazendo esse mesmo questionamento que traz o título da sua postagem, e depois de algum tempo descobri que a oração me conduz a um diálogo mais profundo com Deus, pois não existe apenas a oração de súplica. E se é possível conseguir “parar” alguns minutinhos para escutar a Sua voz, num mundo que insistentemente me induz a correr, isso por si só já se torna algo heroico. Depois desse momento com Ele, logicamente minha oração deve ser traduzida em ação, porque a oração nos transforma, nos impele a amar, e de nada vale uma fé sem obras e uma vida sem testemunho. Contudo, vale lembrar que posso fazer de cada ato do meu dia uma oração a Deus!

  3. Junior Ubarana

    “A oração pode muito em seus efeitos”. Se cremos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de nosso Deus, não podemos descrer dessa verdade.
    Não uma mera repetição de palavras, mas a oração como deve ser feita, como um diálogo nosso com aquele que nos criou e nos conhece profundamente, pois como disse o salmista “Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces”.
    Se orarmos como Jesus nos ensinou, adorando a Deus, confessando nossos pecados, agradecendo a Ele por tudo o que nos tem feito, suplicando por aquilo que necessitamos e intercedendo pelos irmão, pode ter certeza, a nossa oração irar mudar o mundo.

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