Linha Azul do Metrô pára após pane em trem na Estação Paraíso

Esmagado, entre os meus iguais,

Só mais um na multidão

Lugar, onde as ideologias repousam

Inefável solidão.

No viso triste de vida sofrida, suplica-se tudo.

Sofre-se a espera de dias melhores

e no silêncio “encabulante”,

o vazio sem respostas.

Lá fora,

de um lado uma matilha de gente

Latindo o desespero da própria desumanização

do outro, uma multidão de cachorros

Escovados em pet shops,

comendo caviar de ração.

E eu, sufocado pela metrópole,

Continuo andando, sem achar respostas.

Licença, posso passar? Não.

Sou só mais um na multidão.