Gratuidade: o maior de todos os princípios humanos

Gratuidade

Em muitos momentos duvido ser realmente capaz de amar sem esperar nada.

Tenho construído muitos relacionamentos e venho percebendo a importância singular de cada um deles e o quanto eles me fazem bem.

Viver pelos outros, desde sempre, foi o meu grande desafio… colocar meus desejos, angústias, limites, em segundo plano para me preocupar com o sofrimento e felicidade de quem está ao meu lado.

Porém… redescubro-me tantas vezes longe, pois existem resquícios de cobrança. Um querer ser amado, na mesma medida em que procuro amar.

Este caminho serve para purificar meu amor e é um desafio constante. Deve-se amar porque o amor se justifica por si só e violando o princípio da gratuidade perde-se o sentido deste mesmo amor.

Humanamente é difícil acreditar plausível esse amor gratuito… Acabamos esperando sempre e cobrando, pois sempre acreditamos que o nosso modo de amar é o melhor.

Durante toda minha (curta) vida venho redescobrindo constantemente o amor e entendi que sentir-se amado é, mais que tudo, acolher o modo de amar daqueles que são diferentes de nós, mas que nos querem bem, tanto (ou mais) quanto nós os queremos.

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1 Comment

  1. Flavia

    Estou de pé para te aplaudir! Valter, texto PERFEITO! Recordei-me agora de uma conversa que tivemos no msn, sobre a realidade de amar sem esperar nada em troca, que muitas vezes chega a ser uma utopia! Acho que todas as relações só existem através de trocas, principalmente na troca do amar. Muitas vezes, quando amamos sem esperar nada em tronca, é quando nem sabemos que estamos fazendo isto. Não é quando compramos um presente, ou dizemos que amamos, mas quando com pequenas coisas tornamos o “outro” feliz.

    http://www.intimorato.com

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