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Critérios para aceitação de “amigo do Facebook”

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Devido ao fato de que o meu Facebook é usado, acima de tudo, por motivos pessoais e onde eu coloco fotos e posts privados, decidi criar um critério para aceitação de pedidos de amizade nesta rede social.

Todos os contatos primários são imediatamente aceitos. Os secundários, porém, seguem a média das avaliações por distância geográfica e por contato direto. Aqueles que tiverem média igual o maior a três serão também aceitos, os demais, não.

Dessa forma, acredito poder investir meu tempo, particularmente, cultivando relacionamentos que já existem e não simplesmente vivendo-os de maneira impessoal/virtual.

Caso alguém queira, por outros motivos, justificar um pedido de autorização que não se encaixa nos critérios apresentados, por favor, mande-me uma mensagem pessoal.

Grato,

Valter Hugo Muniz

Tipos de contato:

Contatos primários:

Contatos secundários:

  • Família
  • Família em comum com a esposa
  • Amigos de sempre = grandes amigos em comum
  • Amigos de sempre (da esposa) = grandes amigos em comum
  • Amigos escola
  • Amigos da esposa
  • Amigos de amigos
  • Amigos faculdade
  • Amigos mestrado
  • Amigos trabalhos
  • Amigos de viagens
  • Amigos dos Focolares
  • Outros

Tipos de avaliação (contatos secundários):

Avaliação por proximidade física

Frequência de contato direto

1: Encontro imprevisto2: Encontro anual3: Encontro trimestral4: Encontro mensal5: Encontro diário 1: Nunca vi ou não tenho nenhum contato direto há mais de três anos2: Tive contato há mais de dois e menos de três anos3: Tive contato há menos de um ano4: Tive contanto no último trimestre5: Contato mensal

Obs: A avaliação é revista anualmente.

A escolha pelo natural

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Uma das poucas coisas que me lembro do pensamento kantiano são os dois conceitos de verdade. O que é verdadeiro, segundo o pensador, pode ser concebido de maneira analítica, alicerçada pela razão lógica, ou sintética, fruto da experiência. Mesmo que a teoria de Kant tenha sido questionada e até mesmo negada por físicos posteriores, como o grande Albert Einstein, aplicando-a, com simplicidade infantil, a algumas dimensões da vida, ela ainda faz muito sentido.

Por exemplo. Raciocinando a respeito das dinâmicas da natureza é possível concluir que, praticamente tudo o que é benéfico para essa, se desenvolve a partir da relação “natural” entre os seus elementos, sem uma necessária intervenção (peçonhenta) do ser humano. Esse raciocínio analítico, complementado (e não polarizado) pela síntese “experimental”, cria fundamentos ainda mais sólidos para essa conclusão.

Foi partindo desses pressupostos que, durante uma visita médica, fui surpreendido pelo discurso do  ginecologista da minha esposa, que nos sugeriu métodos anticoncepcionais artificiais se realmente queremos nos prevenir de uma gravidez indesejada.

Bom, só para esclarecer! Não é (somente) o fato de ser cristão que nos faz optar, como família, a usar métodos naturais para uma concepção “planejada”.  Nós também acreditamos que as coisas naturais são as mais benéficas, para nós e principalmente para a mulher (é noto de que os métodos anticonceptivos injetam no corpo feminino substancias químicas que podem dificultar uma futura concepção).

Contudo, certamente, os métodos naturais também têm uma (importante) dimensão espiritual. Como cristãos, nos casamos acreditando que (nosso) Deus tem um papel fundamental para a nossa felicidade e no caminho que construímos como família. Mesmo se optamos, neste momento, em não ter filhos, queremos (e nos esforçamos para) estar abertos ao Seu projeto para nós. ( É fundamental também saber que os métodos naturais, se realizados de maneira séria e responsável, têm um altíssimo índice de sucesso).

Claro, a busca de viver o “natural”, no que diz respeito à concepção responsável, prega muitos sustos! Viver esse método não permite a segurança “100%” de que, depois de cada ciclo da mulher, não haverá um novo ser humano concebido.  Essa insegurança gera uma tensão e um temor mensal, mas que, aos poucos, vai se plasmando “naturalmente” na dinâmica da família.

Enfim, está é uma verdade sintética desafiadora e, sobretudo, fantástica.

Um novo amor

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O amor é como uma brisa serena de outono, que entra e refresca o ambiente abafado pelo verão. É tão delicado que passa despercebido, funde-se no cotidiano, nos sorrisos, beijos e abraços desinteressados. Esse “tal” sentimento existe! Não é ideologia, sentimentalismo, ilusão, engano.

Foi esse amor que descobri em um (re)encontro, no Aeroporto de Cumbica, dia 7 de fevereiro de 2010. Ali começava uma aventura difícil de comunicar, mais fácil, porém, especialmente hoje, admirar.

Os 24 anos da minha amada esposa, Flavia, não são muitos. Sim, ela é muito nova. Nova para ser esposa e viver do outro lado do Atlântico, em outra cultura, distante da família. Nova para ter se arriscado em um amor “além das fronteiras” da segurança helvética. Muito Nova.

Eu, claro, vejo de outra maneira. A Flavia tem pressa pra ser feliz, para viver experiências grandes, fortes, bonitas, desafiadoras e, claro, viver cada coisa JUNTOS.

A novidade dessa vida se manifesta na beleza do cotidiano. No descobrir o que o “outro” gosta, desenvolver a paciência, entender o valor da diferença. Tudo no dia a dia, simples, verdadeiro e, por isso, perfeito.

O amor, mencionado, sentimento ontologicamente simples, se manifesta assim na sua, na nossa vida. Não é euforia, exagero, descontrole. É viver com Deus, entre nós e com uma multidão de “outros” maravilhosos, que nos aturam, ajudam e apoiam.

Com a minha esposa redescobri o significado subjetivo do Amor que, contudo, sempre se renova. A explicação objetiva, que exprima o quanto viver dessa maneira VALE A PENA, talvez eu ainda seja muito novo para dar.

Texto em homenagem à minha esposa Flavia e o início desse novo ano. Desejos de um amor que seja sempre capaz de se renovar, nas três dimensões fundamentais.

O conflito como agente revelador do “Outro”

sou-eu-ou-o-outroUma das descobertas mais importantes que fiz, durante o meu mestrado na Itália, foi a ontologia (ou essência) do Outro.

Por ter crescido em um contexto cultural de tradição cristã, o Outro para mim sempre teve um semblante de “próximo”, que deveria ser amado, independentemente da sua subjetividade. Esse amor quase “cego” funcionava enquanto eu era adolescente, porque a radicalidade da vida, muitas vezes, sufocava os questionamentos e os problemas causados pela reflexão intelectual.

Crescendo, o “amar o próximo” foi se tornando, gradativamente, mais complexo. “O Outro” surgiu como desafio à racionalidade, na sua inalcançável presença.

Um dos fundamentos da existência do outro, que eu entendi com o passar do tempo, é a possibilidade (para não dizer necessidade) do conflito.

A grande lição dos últimos dias foi descobrir que a existência do conflito é a certeza de que existe realmente um “Outro”. Pois, de outra forma, existiria somente a obediência, alienação, escravidão.

O Outro é um ser ontologicamente (essencialmente) diferente de nós, com anseios, sonhos, ideias, expressividade, particulares e que sempre geram conflito, não por uma intencionalidade negativa, mas pela sua própria essência.

Contudo, esse período de entendimento também me mostrou que, para que o conflito não se torne um distanciamento, são necessárias ou a negociação ou a pericorese.

A negociação permite dar tempo para o amadurecimento pessoal e de uma relação. Permanece o “desencontro” com o Outro, mas exercita-se a tolerância, o respeito, até que se possa, em uma segunda etapa, atingir a pericorese.

A pericorese – conceito cristão  – indica a “compenetração recíproca” necessária na Trindade. É o fundamento da relação trinitária, que define um “encontro de ontologias” (de essências), em que se é no outro e o outro é em nós. O desafio desse tipo de relação imprime um longo caminho, repleto de negociações e do desejo de encontro, cada vez mais profundo, entre duas pessoas.

Para isso, é necessário trabalhar em nós, e com o Outro o conflito. Exercitar a paciência, a tolerância, o cuidado, o amor, para que seja possível esse “divino” encontro ontológico.

Testamento 2013 – A minha vida agora é “nossa”

vida nossa

Todos os anos, no período do meu aniversário, eu paro para refletir sobre a minha vida e escrever aquilo que chamo de “testamento”, nada mais do que um singelo retrato da minha alma, neste determinado momento da vida.

O “testamento” almeja ser um breve resumo do último ano vivido, em que eu procuro partilhar o “cerne” de cada experiência e conquista, para que elas não sejam particulares.

Pois bem… Meu vigésimo oitavo ano exigiria mais do que uma única página, para ser plenamente contemplado neste “testamento”. Conquistas grandes, decisivas, definitivas, fizeram dele, juntamente com o meu décimo quarto, os 730 dias mais importantes da minha vida (até então).

A tese de “láurea magistral” no Instituto Sophia foi o primeiro trabalho intelectual relevante e os resultados foram maravilhosos. Voltar pro Brasil, encontrar amigos queridos, familiares, foi (tem sido) um presente grande de Deus e, certamente, marcou de maneira extraordinária o último ano.

Fundamental, porém, foi o dia 22 de dezembro. Aquele que transformou para sempre a minha vida. Como “homem casado”, agora eu não preciso mais me preocupar com o destino dos meus (pouquíssimos) bens materiais, que, por direito, pertencem também a minha amada Sra. Flavia Ganarin Muniz.

Contudo, permanece a dimensão individual da minha vida, responsabilidade nas escolhas, projetos, obrigações. A diferença é que todos esses aspectos, dos 29 anos em diante, girarão de maneira centrípeta, ao centro da minha “nova vida” que, espero ser, mais do que nunca, convivida, partilhada.

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