Somos todos iguais… sim… todos…
Claro que as subdivisões físicas e culturais
nos fazem aparentemente diferentes.
Mas as necessidades quase fisiológicas
de encontrar caminhos que levem à Felicidade
nos fazem iguais
Os mesmo olhares vazios,
tantas vezes perdidos,
sem resposta diante da dor
A mesma gargalhada desconcertante
ao lembrar-se das loucuras vividas na juventude
E o mesmo ar saudoso
em ver que o tempo é o apelido das cotidianas mortes
de que somos submetidos.
Sim, somos iguais.
Queremos viver, mesmo se a imoralidade nos cansa
E ninguém nem sequer mais dança
Todos preferem estar acompanhadamente sós
E os gritos se perdem nessa “multidão dos sem voz”
Da solicitude brota a esperança de viver
Acreditando que Obamas, Lulas, Joãos Paulos
irão efetivamente transformar o mundo
E por isso temos força de levantar,
coragem de não fazer com que a timidez
nos iniba de aprender a dançar
E assim, nos mantemos iguais.
Queremos ser iguais
Mesmo que essas semelhanças
Sejam, no fundo,
Destinos daqueles
simplesmente mortais