Category: [O outro] Page 38 of 64

Guila

it_support_1317565

Amico Guila,

Che meraviglia!

Averti un anno insieme a noi

E non ci pentiremmo mai

D’aver condiviso minuti, giorni e mesi com te

Perché pure se ora ti sei cosi lontano

Dal tuo sorriso ci ricordiamo

Dal ballo Michael Jackson

Dal cantare Marlin Mayson

Tutti sappiamo che sei anche pazzo

E siamo d’accordo che hai un che di pagliaccio

Ma oggi ormai, dopo quei bellii, è passato un altro anno.

Ed insieme, dal Brasile, del mondo

Festeggiamo il tuo Compleanno.

Festa pro Pai-herói

4805_0

Hoje o Pai-héroi faz anos.

E não é que ele é herói por salvar pessoas, fazer boas ações.

Ser herói as vezes requer somente a capacidade de sobreviver, caminhar.

Depois, pra falar a verdade. Herói também erra. E muito.

As vezes fica em silêncio engolindo sapo,

não agüenta a situação e depois sai distribuindo sopapo.

Assim, dores, tristezas, desilusão.

O Pai-herói agora caminha na contra-mão.

E eu, em meio a esse turbulento Tsunami.

Não sem o que fazer pra acreditar novamente no amor em família.

Só sofrendo é que a gente reconhece o valor de percorrer a própria trilha.

Mas, a falta de dialogo me entristece.

Pois priva-nos de saborear o amor que todo mundo merece.

Vai Pai-herói volta para casa e dá um abraço no Léo.

Obrigado Pai-herói, pois mesmo fazendo errado.

Serei testemunha aqui e mesmo quando eu for pro Céu.

Palmeiras

Ser parte da Família Palmeiras

Família Palmeiras
Já há muito tempo tenho que escutar de amigos curinthianos (sim, é possível conviver com a diferença em paz e harmonia) que torcida igual a do time deles não existe. Só que ele não sabe o que é fazer parte da família palmeiras.

Passei alguns dias refletindo sobre isso, também para entender o que é fazer parte desta torcida maravilhosa que é a do Palestra. Assim, no estádio do meu Palmeiras, no jogo contra o Sport, nas oitavas de finais da Libertadores, senti e descobri a diferença essencial de fazer parte da família palmeirense.

Com os curinthianos a diferença é clara. A torcida do time “sem estádio” apóia o time a todo momento, com cantoria geral e quase uníssona. É bonito de ver, mas na tal “favela” ou você é Loko ou não serve pra ser curinthiano. Assim temos um torcedor completamente estereotipado: fanático, chato, que usa raramente a razão (ao ponto de acreditar piamente que o campeonato piloto organizado pela FIFA vale um titulo mundial).

Ser Palmeirense é fazer parte de uma família. Esta é a origem do time. O Palestra Itália surgiu para unir os sofridos imigrantes italianos, para que eles conquistassem seu espaço dentro de uma sociedade em que eram marginalizados. Assim, desde o seu nascimento, o Palmeiras é um time de família. E o que isso significa?

Ser santista hoje provém de uma herança patriarcal. Só quem viu Pelé e seus companheiros jogar é que ainda torcem para o time. A torcida denominada JOVEM, na verdade é, no máximo, um clube para senhores da terceira idade.

No Palmeiras existem os loucos, que cantam o tempo todo, apóiam, vaiam e até brigam com o técnico e também existem os senhores, que viram o craque Ademir da Guia e a Academia, que tantas vezes desbancou o Santos de Pelé.

Torcedor do São Paulo é boy. Dificilmente você encontra um São Paulino na periferia, da mesma forma que é absurda a diferença da formação intelectual e a condição social de seus jogadores (Raí, Kaká e Leonardo são bons exemplos).

Ser Palmeirense cabe as duas realidades… tem Palmeirense rico e pobre. Em Perdizes e na Barra Funda, Pirituba.

Torcer para o Palmeiras é ir no jogo e encontrar com todo tipo de gente. Famílias, mulheres bonitas, crianças, manos, estudantes e tem até a Turma do Amendoim.

Isso é família! Com pessoas diferentes que são respeitadas e torcem cada uma da sua maneira. Isso é maravilhoso de ver, de sentir.

Nosso ídolos, como São Marcos, são aclamados por todos, não importa o time.

Isso me fez entender racionalmente o quanto é bom torcer pro meu Palmeiras. Para explicar para os indecisos que você pode escolher ser estereotipado ou ser você.

OOOOOOO!!! Vamos ganhar Porco!!! Vamos ganhar Porco!! Vamos ganhar Porcooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

Solo brasileiro em que as vidas valem menos

enchente nordeste“Chuvas no Norte e Nordeste já fazem o dobro de desabrigados e desalojados do desastre de SC”

Será que uma vida no sul do Brasil vale mais do que no norte ou no nordeste do país? Esse foi o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça no momento em que comecei a acompanhar as matérias a respeito das chuvas que já deixaram o dobro de desabrigados das enchentes de SC nas regiões menos favorecidas do país.

De acordo com dados da Defesa Civil Nacional, publicados em uma matéria da Folha, 183.625 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas no Norte e no Nordeste em razão das enchentes. Em Santa Catarina, esse número chegou a aproximadamente 80 mil pessoas.

Contudo, ao mostrar as imagens do desastre do Sul foi criado um clima de comoção nacional que resultou em muita ajuda para o estado catarinense. Alimentos, remédios e produtos de higiene foram enviados de todas as partes do país.

Diante dessa corrente solidária que foi criada, o roubo de aproveitadores da ajuda enviada escandalizou a sociedade. Esse fato talvez tenha causado influência na pouquíssima movimentação da sociedade diante desta nova catástrofe natural.

Apesar do número inferior de mortes confirmadas (40, ante as 135 vítimas de SC) as perdas econômicas das chuvas no norte/nordeste do país são bem maiores que a do sul. O prejuízo estimado é de R$ 1 bilhão, ante aos R$ 358 milhões estimados pelas empresas de SC (sem levar em conta a previsão de queda de 15% na arrecadação anual do estado).

Para minimizar os impactos do desastre, o governo federal na época liberou quase R$ 2 bilhões por meio de medidas provisórias e diversos ministérios direcionaram recursos para Santa Catarina, o que ainda não aconteceu na versão norte/nordeste do desastre.

Para sempre Paulinha – Revista Cidade Nova – outubro de 2008

Para sempre Paulinha

Por Valter Hugo Muniz

No seu último aniversário, Paulinha ganhou de presente de um amigo um pequeno conto, “A menina que perdeu o assovio”: uma metáfora de sua experiência pessoal.

Eis o conto:

“Era uma vez a menina que vivia na terra do pão de queijo. Em sua cidade ela era conhecida por ser a ‘menina do assovio’, título herdado porque, quando tinha quatro ou cinco anos, em uma grande festa de sua cidade, subiu no palco, pegou o microfone e assoviou a mais doce melodia que o povoado havia sentido.

Passou grande parte da sua infância sendo convidada para se apresentar com as bandas da terra do pão de queijo, até que um dia, na comemoração do aniversário da cidade, a menina tentou assoviar e o som saiu fraco. Tentou uma, duas…, mas na quinta vez desistiu e correu chorando. Depois de alguns meses descobriram que a menina ia perder o assovio.

Passou semanas em casa, trancada no seu quarto. Culpava Deus de tamanha injustiça, até que a sua querida avó pediu para conversar com ela. Passou um bom tempo explicando todas as coisas boas que tinham acontecido na vida da menina até então.

Tinha se tornado famosa pelo seu assovio; era querida por todos. Mas tudo aquilo era dom de Deus e, da mesma forma com que Ele havia dado, tinha o direito de tirá-lo para entregá-lo a outra pessoa. Assim, a menina deveria agradecê-lo por ter sido agraciada com aquele presente por tanto tempo.

Depois da conversa com sua avó a menina saiu do quarto. Tinha recuperado o sentido da vida e entendido que as graças podiam ser passageiras, mas a felicidade em vivê-las deveria servir como incentivo para o momento em que elas acabassem.

Correu para a igrejinha que ficava perto da sua casa e agradeceu a Deus por tudo. Aos poucos voltou a viver normalmente, a ir para a escola, estudar muito, porque queria fazer medicina para descobrir uma cura para recuperar o seu doce assovio.

Certo dia, numa festa, começou a dançar. Não parava nem um minuto, estava feliz em poder estar com seus grandes amigos. Conversaram, riram, comeram juntos e ela se deu conta de que existiam outros modos de ser feliz: ter amigos e curti-los era um deles. Aquela foi uma grande descoberta e, desde então, a ‘menina que perdeu o assovio’ nunca mais pensou no que perdera, deixou-se levar.”

Oferecer tudo

Paulinha nasceu em Frutal (MG). Viveu seus 17 anos com os pais e a irmã mais nova, Maura. Tinha medo de crescer, pois o que, para muitos seria simplesmente perder o diminutivo do nome, para ela significava deixar o que mais valorizava: a pureza e a alegria da juventude.

Durante toda a sua breve passagem por essa vida, teve a companhia da fibrose cística, doença genética com complicações no funcionamento dos sistemas respiratório e digestivo. Porém, essas limitações físicas nunca fizeram com que Paulinha deixasse de viver de maneira plena.

Queria fazer medicina e até ajudou a publicar um pequeno livro sobre a fibrose cística. Amava muito sua família. Uma vez escreveu à prima sobre as dificuldades proporcionadas pela doença: “Oi, irmãzinha! No hospital correu tudo muito bem. Ofereci tudo! Cada dor, cada picada, o sangue que eu tive que transfundir, foi tudo por amor mesmo! (…) Vejo o quanto sou amada por Deus! Apesar de tudo o que acontece comigo, minhas internações, passar feriados no hospital, aniversário; eu não me sinto pior por isso… tento fazer de tudo uma PERFEITA ALEGRIA!!!!”

Em outra carta, Paulinha mostrava o quanto era importante viver o momento presente, acolhendo com alegria tudo como graça de Deus. Escreveu: “Este foi meu primeiro aniversário que eu passei em casa sem internar, depois de quatro anos consecutivos!!!! Estava muito feliz!!! Fui à missa agradecer por tudo… pelo dom da minha vida, por ter uma família tão maravilhosa e amigos muito queridos, enfim por ser muito amada por todos”.

Em São Paulo

Paulinha transferiu-se para São Paulo em 2007 por conta das complicações da doença, que tornavam necessário um transplante de pulmão. Na capital paulista a adaptação não só exigiu o esforço pessoal da menina, mas também de toda a família. Começou a estudar no Colégio Santa Marcelina.

Durante um ano e meio que passou lá pôde testemunhar uma vida de doação. “Ao longo da convivência, muitas vezes acabava me esquecendo da saúde frágil da Paulinha”, confessa Juliana Rubino, uma de suas colegas de classe. “Mas, revendo em minha memória os momentos que vivemos juntas, percebo que foi a sua força e a alegria de viver que me faziam esquecer as vezes em que ela não estava bem”, conta a colega.

Para Juliana, uma das coisas que mais impressionava em Paulinha era sua dedicação aos estudos. “Por faltar muito devido às internações e à indisposição que os antibióticos causavam, ela perdia as explicações dos professores. Mas fazia questão de não perder as matérias ensinadas, mesmo quando estava internada”, recorda Juliana.

“Se não conseguia chegar à primeira aula, logo na aula seguinte ela entrava na classe ‘com todo o pique’, como sempre dizia. A força de vontade e a dedicação aos estudos impressionaram não só a mim, como também aos nossos professores e colegas. E com certeza ela foi um exemplo para todos nós”, conclui Juliana.

Paulinha também fez uma rápida e profunda experiência de namoro. Felipe Silva não era só seu namorado, mas também um grande amigo em todos os momentos. “Aprendi com ela o que significa viver o momento presente. Ela me ensinou um modo novo de viver e deixou a matriz de um sorriso e um atalho para Deus”, diz Felipe.

Perfeita alegria

Em um encontro para adolescentes, promovido pelo Movimento dos Focolares, Paulinha ouviu uma palestra de Chiara sobre o momento em que Jesus na cruz se sentiu abandonado pelo Pai e gritou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” De forma muito clara, Paulinha compreendeu que os momentos de dores que tinha de enfrentar, faziam com que ela se tornasse semelhante a Jesus no abandono. A partir desse momento, quando chegava alguma dificuldade, ela sempre dizia que era um momento de “perfeita alegria”.

“Pude estar com a Paula em diversos momentos de muita dor quando, durante as internações, a enfermeira não conseguia encontrar uma veia boa para a aplicação dos medicamentos. Em algumas ocasiões era preciso procurar a veia até 30 vezes. E isso causava muito sofrimento. Ela, então, segurava forte a minha mão, fechava os olhos e repetia ‘perfeita alegria'”.

Numa carta para Maria Augusta ela escreveu: “Estou fazendo testes na fisioterapia. Comecei com 4,5km/h e fui até os 15 graus de inclinação sem cansar. Aumentou para 5,5km/h e eu fui até os 15 graus. Acho que vou para a São Silvestre”.

Durante o período em que Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, estava doente, Paulinha escreveu novamente para a prima: “Desde quando soube que Chiara estava entre a vida e a morte, comecei a rezar mais intensamente. Senti um aperto no coração por pensar o que seria de nós sem ela para nos levar para frente (…), mas comecei a pedir para que fosse feita a vontade de Deus.

Entendia que a sua recuperação só aconteceria por um milagre e, por isso, entregava nas mãos dele. Pedia também que se fosse para ela partir, que Ele nos desse forças para continuar levando para a frente tudo aqui na terra. Agradeci a Chiara por ela ter me dado o grande segredo que é Jesus Abandonado, por poder amá-lo sempre e por poder recomeçar quando cair”.

Na segunda semana de julho a situação de Paulinha agravou-se e ela entrou em coma, assim permanecendo por duas semanas. Então, certo dia, eu fui me despedir da ‘menina que perdeu o assovio’.

Chegando lá, vi o mesmo rostinho. Senti saudade do seu sorriso, da alegria que sempre me acolhia, do abraço apertado. Vê-la ali, frágil, sem poder ouvir a sua voz deu tristeza, mas estava lá para falar, agradecer. Disse muitas coisas a ela. Falei do meu amor imenso e da alegria por tê-la conhecido.

O que seria melhor naquele momento? A minha vontade de escolher o melhor para ela e de ajudá-la era vã. Sentia uma dor cruel por não poder fazer nada; por pode só assistir e, talvez, ajudar a clamar pela sua vida. Mas a decisão não era minha.

Encontro com Deus

Durante a sua última internação no Hospital da Criança em São Paulo, Paulinha recebeu algumas visitas dos colegas de escola, inúmeras cartas e mais de mil tsurus, passarinhos de origami que simbolizam saúde, fortuna, boa sorte e felicidade.

Uma corrente de orações correu o Brasil e todo o mundo. Porém, as complicações levaram Paulinha para o seu encontro definitivo com Deus.
Eu estava mergulhado nas tarefas do dia-a-dia quando recebi um telefonema comunicando que a “menina que perdeu o assovio” tinha ido embora.

A dor e a tristeza se confundiam com a imensa alegria das recordações, dos sorrisos, dos abraços, das risadas e das conversas até tarde da noite.
Todos ficaram surpresos com as inúmeras homenagens. Aqueles que puderam desfrutar da amizade da menina estavam lá, se despedindo e agradecendo a Deus por ter possibilitado o encontro com ela.

Olhando a foto de Paulinha, ao lado de uma frase que ela havia escolhido como slogan para a sua vida, “Viva essa vida com as dores e alegrias cada dia”, entendi que devia me preocupar somente com aquilo que ela tinha escrito.

No velório, as freiras que trabalhavam no Colégio Santa Marcelina agradeceram emocionadas à família de Paulinha pela presença marcante que ela havia sido no período de escola. “Depois que a Paulinha passou por aqui, o colégio não é mais o mesmo”, disse uma das irmãs.

Na missa de corpo presente, as colegas de classe de Paulinha leram uma carta agradecendo a grande lição de vida que a menina lhes havia doado. Também o sacerdote, durante a homilia, testemunhou emocionado “nunca ter encontrado em sua vida uma alma tão grande e madura”.

A generosa acolhida do plano de Deus fez da “menina que perdeu o assovio” um modelo de santidade para os dias de hoje, deixando viva a esperança de que, por meio de um profundo amor à vida, já está sendo construído um novo mundo.

Outros textos

Um ano em que a Menina que perdeu o assovio encontrou com Deus

Saudades da Menina que perdeu o assovio

O encontro do Pequeno – alegria com a Menina que perdeu o assovio

O dia em que a menina que perdeu o assovio se foi

O último encontro com a menina que perdeu o assovio

A menina que perdeu o assovio

Para sempre Paulinha – Revista Cidade Nova – outubro de 2008

A palavra que transforma – by Paulinha Bichara

Page 38 of 64

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén