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Luto palmeirense na dinâmica do perde-ganha

A vida é movida pela magia de um jogo de perde-ganha, apaixonante para quem gosta de jogar.

Somos lançados ao acaso dentro de um imenso tabuleiro e passamos grande parte do tempo tentando entender o que fazer para chegar a tal (desconhecida) linha de chegada.

Crescer é também um processo de compreensão complexa em que, se somos sábios, percebemos que não importa tanto as vitórias e as derrotas, elas se alternam de forma imprevisível, por isso o que vale mesmo é participar do jogo e também, hora concorrer, hora cooperar com nossos semelhantes.

Essas características da vida têm ligação direta com o jogo de futebol. Nele, cada time defende uma bandeira, uma tradição, uma história, valores próprios que diferenciam os “jogadores” durante as partidas.

É aí que está guardada a magia do futebol. Que gera paixão, sofrimento, alegrias que muitas vezes podem substituir fracassos e perdas, ou mesmo as dificuldades ainda insuperáveis na vida real de cada um.

Só que, como no universo real, somos livres para jogar da maneira que quisermos, até o ponto de poder também desistir do jogo. Suicídio, eutanásia são algumas das formas que o ser humano encontrou de “parar de jogar”, de desistir.

Sim, essa liberdade perante a própria vida é questionável, pois ninguém é completamente desconexo da realidade, e sair do jogo também transforma as jogadas das outras pessoas.

Mas, pior que decretar o fim da própria vida é destruir o jogo do próximo. Guerras, genocídios são presentes na historia da humanidade e, em certa maneira, no cotidiano em que estamos imersos guardadas as devidas proporções, claro.

Toda a tentativa de acabar com o jogo, tira completamente a magia dele.

É assim que me sinto hoje como torcedor do Palmeiras, amante do futebol.

Há tempos estava um pouco desmotivado com o esporte… pelo dinheiro envolvido, a corrupção, a violência, a falta de competitividade e identidade entre profissionais com o clube que defendem.

O futebol é uma escola de valores que incute a importância que existe em competir, lutar, do espírito de equipe, do coleguismo, do profissionalismo, do respeito ao outro, da humildade e tantos outros valores que o mundo real quase não consegue enxergar.

Mas, justamente naquilo que acho mais verdadeiro, genuíno nesse esporte que tanto amo, fui ferido ontem.

A atitude do flamenguista Obina e do Mauricio violaram toda a magia que ainda guardava pelo futebol. Me senti completamente desrespeitado como torcedor, como amante da bola, como ser humano.

Não dá para não me sentir envergonhado em ver o quanto somos capazes de destruir o jogo, os sonhos de um enorme grupo de pessoas, desvalorizar o trabalho de outras tantas, por não sabermos controlar os próprios impulsos.

Estou repensando a minha relação com o futebol depois do que vivenciei ontem… Foi a morte, o fim da magia, de algo que sempre acreditei.

Sofri menos quando o Palmeiras caiu para a segunda divisão, pois havia luta, havia magia na vontade de vencer. Ontem, houve um desprezo à história, aos valores e aos sonhos que existiam nessa grande e maravilhosa família palmeirense.

Estou de luto!

Sorriso Profundo

Sorriso profundo,
quero roubar-te um segundo
e dizer que te espero pra festa
vamos mostrar aos outros o que ainda presta

E você, sorriso profundo, é essencial
Saiba que é uma pinceleda realmente especial
Do desenho maravilhoso que o Criador fez
E que os relacionamentos coloriram vez por vez

Vem sorriso profundo pra eu te dar um abraço
e mesmo se não te vejo, por você supero cada percalço
olho pro céu e grito obrigado a Quem te criou
e inspiro-me pra ajudar quem ainda não se levantou

Espero-te com esperança, sorriso profundo
Porque o seu sorriso é o mais lindo do mundo
A nossa alegria transformará a vida de tanta gente
Mas principalmente estaremos unidos
e permaneceremos pra sempre contentes.

Poesia em homenagem a Miriam Sebok que hoje faz aniversário e a quem guardo recordações e um amor enorme!

escrevo Logo existo – 50.000 visitas!!!

50.000

Não que essas marcas tenham um valor tão significante, principalmente se tratando de um cenário em que BLOGs e sites alcançam números muito mais expressivos. Escrevo, Logo existo – 50.000 visitas

Mas só de saber que essa enorme quantidade de pessoas parou, as vezes por engano ou mesmo curiosidade, para ler através da minha “lente” muitas das conclusões, experiências e sentimentos vividos, sinto um grande orgulho.

Durante esses 3 anos encontrei muitos amigos, outros que decidiram tornar-se “leitores” e receber diariamente as atualizações por email e vi que o eLe era uma desculpa à mais para construir relacionamentos, uma ponte entre pessoas que pensam diferente de mim, em muitos aspectos, mas que também se deliciam em conviver NESSAS diferenças.

Claro que ninguém lê tudo… afinal de contas, acho difícil alguém acompanhar esse meu anseio inescrupuloso de compartilhar a vida, mas isso pouco importa, afinal de contas a intenção e o estímulo que tenho e que me faz “tocar” o eLe até hoje é poder ser uma “ilha” de esperança, de um olhar otimista, em um mundo tão vazio de respostas.

Obrigado… simplesmente muito obrigado.

Nonno artista

Sempre in attesa del nonno artista
giocavo alla scuola, sperando il meraviglioso incontro
affrontando l’invidia di chi non era al mio posto!
Lo aspettavo contenta, non temevo sconfitta.
In ogni festa godevamo le sue belle poesie
piene di gioia, di vita, ascoltavo attenta quelle parole magiche
E ora che sono grande capisco il perché della sua fama
Dietro ogni parola aveva un’anima che ama.
C’erano anche i bei disegni del nonno artista.
e pensavo sempre il perché di avere tanti talenti.
Ora che sono grande capisco meglio la sua magia
E perciò più che orgoglio, festeggio la sua presenza in famiglia.
Ora il nonno artista sta sentendo che il tempo passa
Ma nulla porta via la sua gioia, per me lui è una grazia.
Con queste parole mi accorgo che la sua vita è una conquista.
E che ho un’immensa fortuna d’avere e d’amare il mio nonno artista.

Ginetta Cagliari: Uma vida pelo Ideal da Unidade – Sandra Ferreira Ribeiro

Ginetta não é só a minha mãe espiritual, é também biológica.

Sim!

Com certeza, se essa mulher fantástica não deixasse a singela Trento, no norte da Itália, para se aventurar nas terras tropicais do Brasil, eu nunca estaria aqui escrevendo sobre nada, nem ninguém.

Foi por meio de Chiara Lubich e o Ideal da Unidade, concretizado pela presença viva do Movimento dos Focolares como instituição de caráter religioso, que meus pais puderam se encontrar.

Um retiro espiritual para toda a comunidade, a tal MARIApolis, levou meus pais a se conhecerem, se apaixonarem e se casarem.

Quem lê essa biografia sobre Ginetta, sinceramente, vai encontrar muita insanidade no que diz respeito aos escrúpulos humanos. Ela não raciocinava, se lançava, amava e por isso, conquistou tanta gente.

Encontrei-me com esse livro em mãos justamente em um momento particular de escolha radical entre ser FELIZ ou buscar a MÁXIMA FELICIDADE. A singularidade da vida, o radicalismo de Ginetta, me fizeram perceber que não é possível se contentar com o bom, é TUDO ou NADA.

Entendi também que os sonhos mais insanos, mais impossíveis, se são fruto do desejo divino, se concretizam. Isso eu pude experimentar diversas vezes na minha vida, de maneira concreta.

Falar de santidade vai parecer “carolisse”, coisa de beato de igreja, realmente percebo que são rotulações de quem tem medo de se descobrir VAZIO.

A busca de práticas religiosas cotidianas, da vida em comunidade, da oração e contemplação do mundo, contrasta de maneira gritante com o frênesis contemporâneo. Nietzsche diz que Deus está morto, mas o que realmente vai morrendo, sempre mais, é esse desejo interior profundo de buscar A MÁXIMA FELICIDADE, que para o cristão se traduz em um termo forte: SANTIDADE.

Sim, é possivel ser um SANTO MODERNO, que não é aquele estigma do perfeito, do certo, do intocável. A santidade é uma batalha, cotidiana, cheia de erros, acertos, é uma busca constante e insaciável nesta terra.

Ginetta pra mim, que pude conviver “de perto”, é essa possibilidade realizada. É alguém que não parou nos próprios limites, mas buscou o divino, deixando o “impossível” para quem pode se ocupar dele.

Enfim, tudo o que sou, que penso, que faço tem raiz nesse amor…

Será que posso esperar menos? Desejar menos?

Tudo ou Nada…

Ainda bem que não estou sozinho.

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