Author: Valter Hugo Muniz Page 133 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

Festa pro Pai-herói

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Hoje o Pai-héroi faz anos.

E não é que ele é herói por salvar pessoas, fazer boas ações.

Ser herói as vezes requer somente a capacidade de sobreviver, caminhar.

Depois, pra falar a verdade. Herói também erra. E muito.

As vezes fica em silêncio engolindo sapo,

não agüenta a situação e depois sai distribuindo sopapo.

Assim, dores, tristezas, desilusão.

O Pai-herói agora caminha na contra-mão.

E eu, em meio a esse turbulento Tsunami.

Não sem o que fazer pra acreditar novamente no amor em família.

Só sofrendo é que a gente reconhece o valor de percorrer a própria trilha.

Mas, a falta de dialogo me entristece.

Pois priva-nos de saborear o amor que todo mundo merece.

Vai Pai-herói volta para casa e dá um abraço no Léo.

Obrigado Pai-herói, pois mesmo fazendo errado.

Serei testemunha aqui e mesmo quando eu for pro Céu.

29 dias no país do Tsunami – Parte 6: Voando para Singapura

Vista "aérea" de Singapura

Vista “aérea” de Singapura

Após aterrissar em Frankfurt decolamos em direção a Singapura as 22:40h. A partir de agora são onze horas de vôo.

Ao meu lado, no avião, está um casal de australianos. Hoje pensei em escrever uma história que ilustrasse um pouco o caminho realizado até essa viagem. Teria tanta coisa legal para dizer, mas decidi fazer uma retrospectiva dessa minha experiência aqui na Europa.

Lembro-me como se fosse ontem daquele 16 de dezembro de 2003. No aeroporto a minha família, os amigos do Movimento, a família de Fernando (amigo que viajou comigo) e a minha ex namorada Camila.

Estava muito contente, afinal de contas, tinha esperado muito por aquela viagem que, mesmo tendo que deixar TUDO (pais, amigos, namorada…), não conseguia me sentir triste.

Emocionei-me somente quando eu tive que me despedir da minha mãe. Não queria deixá-la “sozinha”.

Então, enquanto entravamos para o saguão de embarque, conhecemos outras jovens do Movimento que foram fazer uma experiência parecida com a minha, só que em Loppiano, cidade piloto do Movimento dos Focolares, em Incisa, na região da Toscana, na Itália.

Amaryllis, Ana Paula, Érica e Gabriela tornaram-se de imediato nossas amigas. Tudo era especial, novo. Assim fomos juntos para começar uma grande aventura.

(…)

Bem… São 18:37, hora local. Chegamos muito bem em Singapura depois da longa viagem. O tempo aqui é bem quente, mesmo tendo saído do verão romano.

Assim que saímos do aeroporto encontramos AKO (então responsável pelo Movimento dos Focolares no Sudoeste Asiático) e dois participantes do Movimento no país.

Sentimos-nos imediatamente em casa depois da calorosa acolhida. Nesse momento começava também as experiências gastronômicas do outro lado do mundo. Foi-nos oferecido deliciosos doces locais. Uma espécie de sorvete com frutas, feijão, milho… Bem estranhos, mas bons.

Depois nos dividimos nos carros e fomos em direção a casa de Ako.

Maravilhosa fábula do jardim estrelado 2

flor magnifica
Alguns anos se passaram e a constelação terrena começou a se desprender dos vasos.

Uma a uma, as estrelas mais luminosas começaram a voar para assim chegarem ao lugar aonde seriam notadas por todos os habitantes da terra.

As flores mais antigas foram as primeiras, mas quase que instantânea a morte, seu brilho era adquirido por uma estrela de cor semelhante, com ajuda de um raio produzido pelo aviador.

Porém, o que todos mais temiam era o adeus da Flor Magnífica. Fora ela quem cultivara com seu brilho todo aquele jardim ao redor da Baita. Em torno dela que se reuniram as outras estrelas. O medo era que a sua ida para o céu enegrecesse a constelação terrestre.

E o momento chegou. Naturalmente a estrela magnífica se desprendeu do Cravo (a outra flor ligada a ela já tinha ido) e voou em direção ao céu.

As outras flores da terra instantaneamente adquiriram um brilho mais intenso, como se a sua precursora emprestasse sua luz para que a constelação terrena continuasse viva.

Assim, o desafio das novas gerações de flores-estrelas era manter viva a Luz que iluminava a terra. A vivacidade de cada uma delas era imprescindível para o céu terreno.

Maravilhosa fábula do jardim estrelado

ceu estrelado

Nas casas ao redor das montanhas italianas era comum encontrar pequenos vasos que acolhiam diversos e coloridos tipos de planta, mas o que acontecera na Baita foi uma grande transformação, com significados ainda pouco compreensíveis.

Num dia comum de verão, alguém jogou uma pequena semente em um dos vasos da Baita. Ali brotou uma flor magnífica, que jamais ninguém havia visto e que logo ao se abrir transformou-se numa estrela. Aquela luz intensa quase “escondia” o seu colorido.

Após o surgimento dessa flor, outras flores, um pouco menos intensas, mas já de um colorido perceptível, brotaram da mesma forma nos vasos vizinhos e logo também se transformaram em outras estrelas.

Isso tudo fez com que estranhamente os vasos das outras casas, as flores dos jardins, brotassem nas proximidades e também, uma após a outra, se transformassem em estrelas.

Naquele mesmo vaso da flor primogênita, surgiu um cravo, ligado e comumente tão bonito quanto a flor magnífica.

Como se não bastassem os acontecimentos já surpreendentes, outro pequeno vaso, unido pelas raízes à flor magnífica se aproximou dela e do cravo. Ambos extremamente luminosos e de coloração mais discreta.

Enquanto isso, a constelação de estrelas que se formava a cada germinação ia iluminando cada vez mais a Baita. As estrelas eram gradativamente menos brilhantes que as suas precursoras, mas também mais coloridas.

Ao lado de cada flor intensa se reuniam outras da mesma cor. Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Violeta e Anil… um arco-íris brilhante e maravilhoso.

Um dia um avião sobrevoou aquela região e espantado com aquela constelação terrena não hesitou em pensar: Assim na terra, como no céu.

(continua…)

Palmeiras

Ser parte da Família Palmeiras

Família Palmeiras
Já há muito tempo tenho que escutar de amigos curinthianos (sim, é possível conviver com a diferença em paz e harmonia) que torcida igual a do time deles não existe. Só que ele não sabe o que é fazer parte da família palmeiras.

Passei alguns dias refletindo sobre isso, também para entender o que é fazer parte desta torcida maravilhosa que é a do Palestra. Assim, no estádio do meu Palmeiras, no jogo contra o Sport, nas oitavas de finais da Libertadores, senti e descobri a diferença essencial de fazer parte da família palmeirense.

Com os curinthianos a diferença é clara. A torcida do time “sem estádio” apóia o time a todo momento, com cantoria geral e quase uníssona. É bonito de ver, mas na tal “favela” ou você é Loko ou não serve pra ser curinthiano. Assim temos um torcedor completamente estereotipado: fanático, chato, que usa raramente a razão (ao ponto de acreditar piamente que o campeonato piloto organizado pela FIFA vale um titulo mundial).

Ser Palmeirense é fazer parte de uma família. Esta é a origem do time. O Palestra Itália surgiu para unir os sofridos imigrantes italianos, para que eles conquistassem seu espaço dentro de uma sociedade em que eram marginalizados. Assim, desde o seu nascimento, o Palmeiras é um time de família. E o que isso significa?

Ser santista hoje provém de uma herança patriarcal. Só quem viu Pelé e seus companheiros jogar é que ainda torcem para o time. A torcida denominada JOVEM, na verdade é, no máximo, um clube para senhores da terceira idade.

No Palmeiras existem os loucos, que cantam o tempo todo, apóiam, vaiam e até brigam com o técnico e também existem os senhores, que viram o craque Ademir da Guia e a Academia, que tantas vezes desbancou o Santos de Pelé.

Torcedor do São Paulo é boy. Dificilmente você encontra um São Paulino na periferia, da mesma forma que é absurda a diferença da formação intelectual e a condição social de seus jogadores (Raí, Kaká e Leonardo são bons exemplos).

Ser Palmeirense cabe as duas realidades… tem Palmeirense rico e pobre. Em Perdizes e na Barra Funda, Pirituba.

Torcer para o Palmeiras é ir no jogo e encontrar com todo tipo de gente. Famílias, mulheres bonitas, crianças, manos, estudantes e tem até a Turma do Amendoim.

Isso é família! Com pessoas diferentes que são respeitadas e torcem cada uma da sua maneira. Isso é maravilhoso de ver, de sentir.

Nosso ídolos, como São Marcos, são aclamados por todos, não importa o time.

Isso me fez entender racionalmente o quanto é bom torcer pro meu Palmeiras. Para explicar para os indecisos que você pode escolher ser estereotipado ou ser você.

OOOOOOO!!! Vamos ganhar Porco!!! Vamos ganhar Porco!! Vamos ganhar Porcooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

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