Month: May 2012

L’abisso dell’altro

L’amarTi mi fa soffrir

Sangue d’anima, vorrei morir

Sparisce la gioia-sentimento

Ma la felicità ha un altro fondamento

Sei l’abisso da cui non posso pretendere

Non ti capisco anche se non vuoi offendere

L’altro: paradosso irraggiungibile

Scoprire ciò dà una paura terribile

Trovo un principio di coesione

Il vero amore esige una profonda adesione

E quando non ci si capisce cosa fare

Ci si ritrova in Lui e ci si può ricominciare.

Coração de papel

Coração de papel

Caem lágrimas em granel

Não sei se sorrio porque é assim

Sou feliz ou não, enfim?

Despedaça-se ao ouvir estórias fortes

Sou contra quem acredita em sorte

Vejo atrás um caminho de lutas

Vivo saudoso de uma boa fruta.

Coração de papel

Caem lágrimas em granel

Sei que é pra eu estar aqui

Chora por fora, mas por dentro ri.

È un solo l’amore – Nedo Pozzi – Ed. Città Nuova

Credere che “la coppia e la famiglia possono avere ancora molto da dire e da dare”. È questa coscienza che la raccolta di esperienze “È un solo l’amore”, organizzate dal mio grande amico Nedo Pozzi, sembra voler dare ai giovani che si preparano per il matrimonio.

Posso dire, in prima persona, che il libro mi ha fatto riflettere tanto sull’importanza di tanti aspetti della vita di coppia e sulla famiglia futura, aiutando a rinnovare la scelta di condivisione gratuita che vorrei vivere insieme alla mia fidanzata e futura sposa.

Chi si sta preparando per sposare può trovare un’infinità di libri sull’argomento, ma mi sembra che quel “diverso” della raccolta di Città Nuova è il linguaggio semplice, sincero e una struttura che suggerisce “lavorare” insieme il testo letto in ogni capitolo.

“Un libro che attinge all’esperienza viva, rivolto ai giovani fidanzati e a chi li prepara al matrimonio”.

Sobre a Felicidade… e por isso esperamos do outro

 Durante muito tempo eu procurei encontrar o significado do amor presente na expressão “Anular a si mesmo por amor ao Outro[1]”, que meu percurso espiritual constantemente propunha. Contudo, sem uma explicação metodológica, sentia que “encarnar” essa frase me fazia arriscar uma “aceitação ideológica” motivada por conclusões exclusivamente sentimentais.

Tendência a possuir

Nos relacionamentos[2] que construí me deparei com a tendência, para me sentir seguro, de querer transformar o “Outro” que está ao meu lado em um “outro” que construí psicologicamente.

Contudo, descobri com o passar do tempo que, por ser verdadeiramente Outro, um ser humano é necessariamente causa de realização, mas também de dor para quem está próximo.

Todos nós somos levados a experimentar com as nossas vidas não só o protagonismo que constrói um “novo mundo”, mas também a fatiga de carregar as escolhas – positivas e negativas – das gerações precedentes. Assim, cada um é um universo em si, feito de caminhos, escolhas e constituições psicossociais e fisiológicas completamente diferentes. Cada um é um Outro abissal, impossível de determinar.

Desta forma, a escolha fundamental de “não pretender”, contrária a tendência de possuir o Outro concerne não só o confronto interior baseado nas escolhas de hoje, mas também o enfrentamento das escolhas de bem e mal que herdamos como ser humanos e por isso (a meu ver) tão difíceis.

Aceitar o Outro

Por outro lado, aceitar o Outro no seu ser essencialmente diferente ajuda a perceber que não é se apossando de alguém que nos realizamos. Sem a gratuidade não existe amor, não existe dom verdadeiro de si mesmo.

O outro que construímos psicologicamente será sempre finalizado a nós mesmo, limitado e não poderá se exprimir em todas as suas infinitas e surpreendentes dimensões. O verdadeiro Outro, é muitas vezes causa de dor, mas é capaz de nos fazer experimentar um amor irredutível, infinito.

Entender tudo isso me ajudou a perceber que eu, como amante, preciso impulsionar sempre mais os Outros a serem cada vez mais eles mesmos, consciente de que isso possa me machucar, porque foge do meu controle, da posse.

Essa escolha metodológica me permite experimentar a certeza de que, quanto mais o Outro é si mesmo, mas ele descobre os caminhos para a própria felicidade e (tantas vezes) que eu também sou uma importante parte dela.

É preciso ter coragem para anular a si mesmo e acreditar que indo pelo próprio caminho o Outro, finalmente, porque sente a força do meu amor, me reencontra. Essa força nasce de uma dimensão antropológica que se traduz no Mistério Sobrenatural, mas que procurarei explicar em outro momento.


[1] O “Outro”, escrito com letra maiúscula é o outro essencialmente diferente de mim nas suas três dimensões relacionais: relacionamento com si mesmo, com os outros e com o mistério. Um outro impossível de possuir.

[2] Sendo eles exclusivos (namoro) ou  amizades e relações na família.

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