Month: August 2010

escrevo Logo existo – 4 anos de continuidade!!

Continuidade!

Bendita palavra, enorme desafio!

Na correria do dia – a – dia e principalmente na mudança constante de prioridades, empenhos… levar para frente um projeto experimental, pessoal, como um BLOG é realmente algo que me faz sentir um pouco herói.

Durante esses 4 anos de eLe vivenciei questionamentos, discussões, momentos bons, dificuldades, mas diante de tudo, procurei permanecer fiel.

E fidelidade é uma das tantas palavras banalizadas na nossa sociedade moderna. Vemos em diversos âmbitos da vida que, muita gente, quando aparece a primeira dificuldade, já leva como motivo de desistência, de render-se.

Difícil é, diante dos desafios, respirar fundo e seguir adiante. Difícil é acreditar (ingenuamente) que só o poder da palavra, da reflexão, pode, de alguma forma, mudar o mundo.

Fácil é esperar. Fácil é não fazer nada, criticar quem faz, mas e você??? Quanto tem colocado à disposição da humanidade seus próprios talentos? Quanto tem valorizado o bem e repassado a mensagem de que, se cada um procura fazer o MELHOR, já construímos um mundo mais justo??

Não me bajulo pelos 4 anos de BLOG. Afinal de contas, esses meus textos, fotos, vídeos não me renderam nenhum sucesso financeiro. Não fui convidado para trabalhar para ninguém. Mas comentários, discussões, críticas e elogios, quase um por cada texto que escrevi, me impulsionaram a seguir, a continuar escrevendo, acreditando, gerando uma Nova Cultura, concretamente.

Agradeço à todos os leitores, amigos, desconhecidos, que de alguma forma me ajudaram nos momentos difíceis. É para vocês que o eLe existe. Continuem lendo, criticando, dando dicas, participando…

Quais são os próximos desafios??

Primeiro: Conseguir um patrocínio que hospede o blog em uma plataforma paga, mais complexa e que possa oferecer mais aos leitores. (Nos próximos dias entrará em vigor a campanha “Partners financeiros”

Segundo: Encontrar colaboradores, com o mesmo espírito (Em setembro começará a campanha “Escreva e exista”, seleção de 3 colaboradores para o blog) para cada tipo de categoria (foto, vídeo, áudio, texto).

Terceiro: Triplicar o número de cadastrados para o próximo ano.

Então… vamo que vamo!! Quem estiver interessado em ajudar ou colaborar no Novo eLe entre em contato pelo email valterh@gmail.com

Grande abraço e PARABÉNS!

Valter Hugo Muniz

ps: Para cadastrar é só acessar: http://feedburner.google.com/fb/a/mailverify?uri=vartzlife

ps: Para visualizar o chat online em comemoração pelo quarto aniversário do eLe: http://vartzlife.wordpress.com/4-anos-de-escrevo-logo-existo/

29 dias no país do Tsunami – Parte 31: admirando o pôr do sol

Hoje acordamos realmente muito cedo e fomos à missa para depois viajar em direção a Aceh, cidade mais próxima do epicentro do maremoto que gerou o Tsunami devastador na região, 6 meses atrás. A nossa última viagem.

Viajei com Ponty, uma aventura incrível… 7 horas, debaixo do sol. Uma viagem longa e cansativa.

Lá pelas 17h chegamos a primeira vila que pertence ao projeto da AMU (www.azionemondounito.org) . Fomos festejar com os moradores locais toda a pesca feita por meio dos barcos financiados pelo projeto. Comemos bastante, tudo muito bom e simples.

Depois fomos fazer um passeio com um desses barcos e em seguida fomos visitar uma outra vila.

Tivemos o privilégio de ver um por do sol maravilhoso e agora somos em uma grande casa, talvez de um religioso, dormindo no terraço com uma visão incrível de uma mesquita.

O privilégio de ser jornalista

Sempre fui tratado com uma certa depreciação por parte de amigos por ser jornalista. A ignorância faz acreditar que “qualquer um sabe escrever” e pior, permite que muita gente realmente pense que o trabalho jornalístico se resume exclusivamente a esse “escrever”.

Dessa forma a imprensa mundial é cheia de pseudo-comunicadores que simplesmente “escrevem”, mas pouco pensam, se preparam, refletem e em nada procuram desenvolver o próprio ofício de forma ética sabendo que, antes de tudo, o profissional da comunicação é um prestador de serviços, primeiramente, à própria comunidade e a conseqüentemente à sociedade como um todo.

Contudo, ser jornalista é se deparar com experiências novas, desafios inesperados e poder vivenciá-los é o que me faz ser tão apaixonado pela minha profissão.

Três dias atrás, em uma conversa informal, fui convidado para participar de uma jornada no castelo de Caux, maravilhosa construção da pequena cidade que está a sudoeste da Suíça e abriga o centro de conferências da organização “Iniciativa e mudança”, que desenvolve diversos trabalhos em prol de um mundo melhor em diversos países.

A ocasião especial era a participação da atual presidente do Movimento dos Focolares (www.focolare.org), Maria Voce. Convidada a apresentar um painel sobre a Economia de Comunhão (EdC) (www.edc-online.org), iniciativa no campo da Economia dos Focolares, Maria Voce foi uma das palestrantes da semana intitulada “Confiança e Integridade na economia global”.

O trabalho desenvolvido por “Iniciativa e mudança” é muito interessante e vale a pena conhecer (www.caux.iofc.org) e as semelhanças das iniciativas realizadas no campo econômico foram aquilo que motivou a organização a convidar Voce.

O que eu não esperava é que, após a conversa informal citada acima, estaria “pautado” a escrever um artigo sobre a conferência e já agendado uma entrevista com Martin Robra, teólogo e um dos diretores do “ World Council of Churches”, outra com o representante do movimento budista, Rissho Kosei-kai, Naoki Taketani, e a última com Maria Voce.

Durante a sua intervenção, a presidente dos Focolares falou sobre a experiência da Economia de Comunhão, enfatizando a necessidade de uma “Cultura do Dar” em que somente a partilha entre ricos e pobres pode levar a sociedade a um desenvolvimento justo. Citando a falecida fundadora, Chiara Lubich, Voce apontou que os homens foram criados “como dom uns para os outros” e que é preciso exercitar-se quotidianamente para olhar colegas de trabalho ou concorrentes a partir da perspectiva da fraternidade.

Terminada a palestra, logo atrás de mim estava o Sr. Taketani e imediatamente pude perguntar (in english) a sua opinião sobre o que Maria Voce havia apenas dito. “Nós da Rissho Kosei-kai nos sentimos estimulados e responsáveis por esse projeto” afirmou e recebi um “Absolutamente não” quando perguntei se o fato de ele ser budista o distanciava da proposta da EdC.

Logo em seguida algumas fotos do Sr. Robra e sua esposa que saudavam Maria Voce e quando eles se despediram pude perguntá-lo (also in english) sobre o que o World Council of Churches poderia ajudar nesse projeto. “Fazemos parte deles”, recebi como resposta.

Duas horas mais tarde, encontrei Maria Voce pelos corredores do castelo de Caux e fui saudado com um “Ah! É você que é o Valter!”. Contente me dirigi à sala em que outra jovem jornalista estava pronta para entrevistá-la.

Após esperar 15 minutos, me dirigi à Maria Voce para perguntar aquilo que havia colhido e preparado. “Como falar de Cultura do Dar, recuperar a confiança, com alguém que não faz ou não valoriza qualquer tipo de caminhada religiosa ou humanista, mas está imerso na cultura do sucesso, do lucro, como um diretor de uma multinacional, por exemplo?” pergunto, crente de que era uma excelente questão. “Quem disse que devemos falar de cultura do dar? Nada disso! Não devemos falar! Com essas pessoas, nessas ocasiões, é preciso testemunhar essa nova cultura, com a nossa vida, até que elas possam entender”, respondeu-me Maria Voce.

Depois de vivenciar meus 15 minutos com Voce percebi o quanto é maravilhoso ser jornalista. A oportunidade de encontrar e construir um pequeno relacionamento com essas “personalidades” me ajuda a colher a humanidade que existe nelas e entender o verdadeiro sentido da palavra “graça”.

Começo agora a escrever o artigo sobre o que foi falado na conferência e sobre a necessidade de “unir forças” para construir projetos, ações, juntos, para potencializá-los.

Provoc@Ç@O 18 – Para onde queremos ir?

Editorial:

Nos últimos dias tive o privégio de conhecer Paris e toda a beleza da Cidade Luz.  Não me gabo disso, certamente, mas posso dizer que estar uma semana em uma capital cheia de uma atmosfera especial me ajudou a refletir muito sobre o que é desenvolvimento e quais as consequências que as escolhas, levando em conta aspectos econômicos ou sociais, podem gerar.

Às “vésperas” das eleições que vão direcionar uma continuidade ou mudança nas diretrizes do Brasil me pareceu importante escrever sobre a realidade que me “esbarra” todos os dias aqui na Europa.

Desde que cheguei tenho me surpreendido com a dura realidade que o Velho continente vem vivendo. A colheita das sementes plantadas há alguns anos.

Será que buscamos um país nos moldes desenvolvidos da Europa e EUA? Será que o desenvolvimento econômico garante o bem estar???

Não sei!

Para download: http://www.4shared.com/document/3vA7rzhp/Provocao_18.html

[vidaloka] Finalmente PARIS!!!

A viagem à França poderia ser perfeita se não estivesse escrevendo esse post do aeroporto de Genebra, por conta das nossas malas que chegarão só no vôo das 16:10h (agora são extamente 14:57).

Mas, mesmo com ojeriza da Air France, procuro me concentrar nos fatos positivos dos 6 dias vividos em Paris com Flavia.

Estar na capital francesa pela primeira vez foi uma experiência realmente marcante. Não conhecia o país do champagne e fiquei bastante impressionado em perceber que as grandes capitais européias se transformaram em “pátria” dos europeus “do leste”, africanos e árabes – sem esquecer dos incontáveis turistas asiáticos.

Foi essa a minha primeira conclusão ao entrar no metrô de Paris. A impressão inicial é de ter desembarcado no país errado, mas ao poucos esse choque vai se diluindo em meio a beleza e a atmosfera que poucas cidades no mundo têm o privilégio de possuir.

Ficamos hospedados na casa da minha amiga da PUC, Nathalia Rangel. Um apartamento simples, próximo ao centro parisiense… não tão perto… mas a eficiência do transporte público da cidade dá a impressão de que se pode chegar a qualquer lugar, sem muito sacrifício.

(Pausa para um bom beijo na minha querida namorada, que vendo a minha desilusão, fome e sono – fiquei acordado até as 4h para ver o show da seleção contra os EUA – foi comprar uma garrafa de Rivella – bebida Suiça à base de leite que A-D-O-R-O e chamo de Guaraná suíço – e um sonho… uma linda!!!!)

Enfim, reencontrar a Nath foi muito gostoso… conversamos bastante, ela nos contou um pouco da vida de cidadã de Paris, os estudos e nos ajudou a saber coisas legais pra ver.

Passamos os 6 dias visitando lugares maravilhosos, pontos turísticos não só para os Europeus, mas belezas que todo cidadão do mundo deveria poder ver. Esse pensamento fez-me sentir muito privilegiado. Estar em Paris, festejando meus 6 meses de namoro, gastando muito pouco e me divertindo DEMAIS!

Amsterdam, Milão, Turim, Grotaferrata, Castel Gandolfo, Frascati, Rocca di Papa, Roma, Genebra, Saas Grund, Wohlen, Luzern, Zurich, Basel, Bischofszell, Saas Fee, Barcelona, Platja D’Aro, Castel D’Aro e PARIS!! 20 cidades em pouco mais de dois meses. Realmente não dá pra não me sentir cidadão do mundo, mesmo que o coração continua o mesmo, as brincadeiras, a chatice… coitada da Flávia… hehehe

Coliseo, Piazza S.Pietro, Basilica S.Pietro, Piazza Navona, L’altare della pátria, Fontana di Trevi, Castel Sant’Angelo, Pantheon, Sagrada Familia, Obras de Gaudì, La Rambla, Praias catalãs, Torre Eilfell, Arco do Trunfo, Champs Elisee, Sacre Cour, Notre Dame, Louvre, Rio Sena, Jardim de Luxemburgo, Palacio Real, Opera, Bastilha, Sorbonne, Invalides… tanta coisa linda… dificil lembrar de tudo…

Bom… agora começa a última fase desse “reentrar” na Europa. Praticamente 2 meses e meio de trabalho leve e muitas férias. Claro que, acima de tudo, foi uma experiência especial pois eu e Flavia pudemos estar sempre juntos, conhecer também em outro aspecto quem somos e certamente vale à pena cada segundo.

Estaremos em Genebra até semana que vem. Esperamos tanto poder acolher nossos amigos de Turim, Aure e Bárbara, depois tem a festa da “nonna”, a prova da Flavia e dia 7 de novembro (ops, setembro) vôo para Loppiano, Incisa Vald’Arno, onde começará o meu mestrado…

Mais ainda falta muito…

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