Month: August 2008 Page 2 of 3

Balanço olímpico

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Teve gente que me chamou de pessimista, inexperiente, ingênuo.
Outros disseram concordar com a transmissão Global que produz sentimentos, que se transformam em pontos na audiência.
Mas no final, fica a vergonha.

E senão bastassem os fracassos no judô, boxe, basquete e na ginástica, temos que engolir uma goleada incrível da seleção masculina de futebol, contra os nossos arqui-rivais argentinos.
O que dizer diante disso tudo?
O importante é competir?

Deixo minhas conclusões para os amantes do esporte. Pessoas que praticam ou já praticaram alguma modalidade, que já competiram e sabem que a vitória não é um valor, mas uma compensação pelo trabalho realizado.

Pior que a participação brasileira nas olimpíadas só a transmissão da “grande mídia”.
O Stadão e a Rede Bobo não cansam de confundir os leitores misturando matérias esportivas, com outras de cunho político. Por mais que o esporte tenha sim sua abrangência em outras ciências, instrumentalizá-lo para denegrir o esforço chinês de produzir um grande evento, é uma lástima.

Já recebi umas dez correntes com “motivos para não assistir as olimpíadas” e acho que isso só serve para aliviar corações invejosos e pré – conceituosos.

Infelizmente a participação vergonhosa nos jogos olímpicos é a nossa realidade. Conseguimos (ainda) um certo destaque nos esportes coletivos, mas é muito pouco até em relação ao Cazaquistão.

E não venham usar como exemplo o campeão olímpico Cielo. Ele só nasceu no Brasil, pois mora nos Estados Unidos. Preparou-se todo tempo lá, poderia ter competido na equipe de 4X100m do super medalhista Michael Phelps, mais um Michael entre os americanos que faz historia.

Não sei o que dizer, mas o orgulho que tenho de ser brasileiro, nesta olimpíada, tem sido menor que a grande sensação de fracasso.

Por que o importante é competir? (corrigido por André Lima)

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Mais uma segunda. Daquelas longas e tristes, pois não se sente nem o descanso do final de semana, nem a alegria da sexta-feira. O cansaço tem se mostrado ainda mais presente na vida dos brasileiros nos últimos dias, por conta da transmissão dos jogos olímpicos, que, durante a madrugada, convida insistentemente os telespectadores a sacrificarem algumas horas de sono para ver os atletas competindo por uma desejada medalha.

Porém, para os brasileiros, essa não tem sido uma boa olimpíada. Mesmo com a maior delegação da história dos jogos (277 atletas), passados 10 dias do início da competição, o Brasil só conquistou 6 medalhas, sendo 5 bronzes e um ouro, inédito por sinal, com o “velocista” da natação, César Cielo.

Os números da olimpíada de Atenas em 2004 apontavam um desempenho superior, não só no número de medalhas, mas na quantidade de vezes que o Brasil esteve no topo do pódio (5), o que rendeu a 16ª colocação no quadro geral.

Até começarem os jogos olímpicos na China, o Brasil somava nas suas 19 participações em olimpíadas: 17 medalhas de ouro, 21 pratas e 42 bronzes, quantidade muito inferior ao desempenho de outras nações mais tradicionais, como os Estados Unidos e a China, que até agora, só nos jogos olímpicos chineses, já somaram 37 e 19 ouros, respectivamente.

Não se pode tirar o mérito e nem a glória dos “atletas do bronze” brasileiros, mas depois do desempenho nos Jogos Pan-americanos do Rio, em 2007, onde o Brasil conquistou 161 medalhas, sendo 54 ouros, os torcedores e principalmente a mídia, pareciam mais otimistas a respeito da participação brasileiras nas Olimpíadas de Beijing.

Victor Ribeiro, estudante de jornalismo da PUC-SP, vê claramente a diferença em relação aos dois eventos esportivos: “A nossa participação nos Jogos Pan-Americanos foi muito acima do esperado. Muitas medalhas, novos atletas, modalidades. Todo mundo ficou empolgado, achando que seria também muito bom o desempenho brasileiro na China. Mas não tem como compararmos o Pan às Olimpíadas. O nível do jogos olímpicos é muito mais alto“, falou o jovem.

Entre as maiores decepções na China, estão o basquete feminino e a equipe de ginástica. Enquanto uma mostrou garra e força de vontade durante o pré-olímpico, mas acabou conquistando somente uma vitória em 5 jogos disputados na Olimpíada, a outra era considerada umas das melhores equipes de ginástica do planeta, com os campeões mundiais Diego Hypolito e Daiane dos Santos, mas ambos passaram em branco, e nos restou torcer e nos maravilharmos com os recordes batidos e medalhas conquistadas pelo fenômeno estadunidense Michael Phelps, principal atração dos Jogos de Pequim.

Contudo, a jornalista da Gazeta Mercantil, Luciana Collet tem uma visão mais positiva da participação brasileira nos jogos chineses: “Chegou-se a comentar que alguns bons atletas brilhariam, como o Thiago Pereira e a Edinanci, entre outros nadadores e judocas, mas até agora vimos apenas poucas medalhas de bronze. Por outro lado, chegamos a uma final olímpica de ginástica artística, feito histórico para um País que não tem tradição nesse esporte. As meninas ficaram na pior colocação entre as finalistas, mas por que não comemorar o fato de terem desbancado outras equipes, com muito mais tradição? Além disso, nos esportes coletivos, em que costumamos ganhar medalhas, bem como no atletismo e na vela, as finais ainda não chegaram“.

O clima de otimismo produzido pela transmissão “Global” dos jogos olímpicos vem adquirindo um caráter dúbio. A exaltação das vitórias pessoais, mesmo sem medalhas, segue juntamente com o questionamento a respeito da impossibilidade de mostrar claramente o fracasso visível de grandes esperanças brasileiras de medalhas na Competição.

Enquanto imperar essa mentalidade de comemorar uma medalha de bronze o Brasil vai continuar sendo insignificante nos jogos olímpicos. A atuação do país é pífia e pra falar a verdade não me surpreende“, disse o também estudante de jornalismo da PUC-SP, João Pontes, sobre os jogos olímpicos e acrescenta: “Muitos foram iludidos com a campanha brasileira nos jogos Pan-Americanos, a mídia como um todo exaltava a natação brasileira, o “fenômeno” Tiago Pereira, a heróica vitória frente a nossos rivais argentinos no handebol, entre outras conquistas, mas o Brasil não tem a mínima estrutura esportiva, não existe investimento em nada, faltam quadras em milhares de escolas, faltam complexos olímpicos, as federações esportivas estão afundadas em crises e dívidas. Mesmo nesta conjuntura, por mais que existam méritos nessas conquistas de bronze, celebrar essas “vitórias” é se curvar diante da mediocridade olímpica brasileira“, argumenta o jovem.

Até o momento, o Brasil ocupa a 36ª colocação do quadro geral de medalhas da olimpíada chinesa, com Etiópia, Geórgia, Cazaquistão e Zimbábue em melhores colocações. Mesmo que o futebol e o vôlei masculino, questionados antes do início das olimpíadas, venham mostrando muito potencial e resultados surpreendentes, ainda é difícil crer que nenhum dos quase 200 milhões de brasileiros, tenha a possibilidade ou interesse em levantamento de peso ou luta greco romana, esportes menos tradicionais, que possibilitaram as boas colocações desses países considerados “pequenos”.

Ainda estão sendo procuradas algumas respostas para os questionamentos em torno do “fracasso olímpico” da delegação brasileira, especialmente porque os jornais dizem que algumas leis de incentivo ao esporte ajudaram diversos atletas que agora estão em Pequim.

O engenheiro da Petrobrás, Carlos Sebok argumenta: “Falta um pouco mais deste espírito esportivo em que o importante é competir! Lógico que o ideal seria conseguir com que o “alegrar-se com as vitórias dos outro”s fosse uma realidade, mas o mero fato de se alimentar o espírito esportivo é louvável pois, além desta questão, muito investimento se tem feito no país neste campo e algumas grandes conquistas foram conseguidas, mas não dá para ser imediatista neste campo! O mundo todo investe no esporte. O que faz alguém achar que nós somos mais do que o resto do mundo?”.

As opiniões divergem entre otimistas e realistas, assim, enquanto os jogos olímpicos vão acontecendo, é possível se contentar com a beleza das construções, as novas técnicas, os corpos esculturais, porque no quesito “torcida”, só mesmo com o espírito do “importante é competir”.

Importante é competir

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Mais uma quarta-feira, daquelas longas e tristes, pois não se sente nem o descanso do final de semana e nem a alegria da sexta-feira.

O cansaço tem se mostrado ainda mais presente na vida dos brasileiros por conta da transmissão dos Jogos Olímpicos, que durante a madrugada, convida insistentemente os telespectadores a sacrificarem algumas horas de sono para ver os atletas superando limites, muitas vezes difíceis de acreditar.

Porém para os brasileiros essa não tem sido uma boa olimpíada. Mesmo com a maior delegação da história dos jogos, até agora, o Brasil só conquistou três míseras medalhas de bronze.

Tudo bem, não podemos tirar nem o mérito e nem a glória de nossos “atletas do bronze”, mas juro que esperava um pouco mais dos brasileiros na competição.

Talvez as maiores decepções sejam no basquete feminino e na equipe de natação. Enquanto uma mostrou garra e força de vontade durante o pré-olímpico, a outra era considerada umas das melhores equipes da natação da história brasileira, mas ambas passaram em branco até agora e nos restou torcer e se maravilhar com os inúmeros recordes batidos pelo estadunidense Michael Phelps, principal atração nos Jogos de Pequim.

Claro, a equipe feminina de ginástica foi excelente. Até mesmo o futebol e o vôlei masculino, questionados antes do início das olimpíadas, têm mostrado muito potencial e resultados surpreendentes, mas, ainda se sente um gosto amargo na boca em ver que até o Cazaquistão está na nossa frente no quadro de medalhas.

Sim, é verdade que as vitórias vieram em esportes poucos expressivos, mas, posto que somos quase 200 milhões de habitantes, é difícil crer que nenhum de nós, brasileiros, teve a possibilidade ou interesse em levantamento de peso ou luta greco romana.

Não sei se é possível encontrar muitas respostas para os questionamentos que me vêem em torno desse “fracasso olímpico” da delegação brasileira, especialmente porque os jornais dizem que algumas leis de incentivo ao esporte ajudaram diversos atletas que agora estão em Pequim.

O que percebi nas provas que pude assistir é que sim, melhoramos muito o nosso desempenho em relação ao que pudemos fazer em outras olimpíadas, mas os demais países, principalmente os Estados Unidos, a China, além dos europeus e asiáticos, tiveram um aumento no potencial de disputa muito superior ao brasileiro.

Assim, enquanto os Jogos Olímpicos vão acontecendo, nos contentamos com a beleza das construções, as novas técnicas, os corpos esculturais, porque se for para torcer mesmo, só com o espírito do “importante é competir”.

Pseudo – poeta – jornalista

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Já passam das 15hs e ainda não sei se teria 15 minutos de afazeres construtivos que me dariam de certo um pouco mais de conhecimento, crescimento.

Enquanto escrevo os segundos passam e não consigo nem sequer pensar no que acrescentar no texto. Ah! Se vocês soubessem o quanto é difícil ser um pseudo-poeta-jornalista, ou jornaleiro, para quem preferir.

A gente fica tentando buscar sempre novos modos de dizer o óbvio, de transformar em palavras àquilo que todo mundo vê, mas que pouca gente pára para enxergar, contemplar, analisar.

Assim, desenvolver de maneira apurada, selecionar àquilo que realmente importa se torna, quase sempre, uma tarefa massacrante, pois temos que estar isentos dos próprios vícios de percepção, pré-conceitos, pelo simples fato de sermos objetivos.

Mas, isso tudo é uma grande lenda, uma hipótese tão furada quanto à existência concreta de Deus, mas a segunda, acho que conseguiria explicar de maneira mais concreta em minha vida.

Por esse motivo, não posso nem mentir, nem duvidar da capacidade dos meus interlocutores, leitores, e dizer que o que escrevo não é parte inerente da minha existência.

Sou eu quem vê o mundo de maneira pessimista e as pessoas de maneira otimista. Sou eu quem acredita nos relacionamentos, no amor, nos sorrisos e quem duvida das próprias capacidades de ajudar quem precisa. Que deixa tudo para ser feito pelo Regente do universo e por isso, só se preocupa em dançar, nem sempre bem, nem sempre mal, mas danço.

Ah! Tem também as crises! Essas são tão companheiras em minha vida como a Tina Sorriso de Menina. Por mais que eu tente fugir, evitar, a minha personalidade “cobrona”, meu desejo idiota de perfeccionismo, me impedem de ver as luzes, que só ganham potência por meio das pessoas.

Contudo, não se pode fazer muito. Não podemos fugir de nós mesmos, muito menos dos nossos limites, pois no final, por mais que eu não queira ou insista, serei sempre um pseudo-poeta-jornalista.

Dona Despedida

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Depois que o Seu Saudades foi embora
Fiquei sonhando noites e noites com a minha senhora
Mas nem pensava que a situação ficaria ainda mais sofrida.
Quando no lugar dele, chegou toda faceira, a Dona Despedida.

Despedida chegou em julho e não queria voltar de onde veio
Levou o Rafinha e também a Paulinha primeiro.
Depois Dona Despedida fez de tudo para levar para longe a lindinha,
Mas deixei bem claro para aquela chata que ela já era minha.

Assim, Dona Despedida se foi,
Mas ás vezes ainda aparece, cheia de graça
Não importa onde esteja, ou que quer que eu faça.

Assim, Dona Despedida quis ser amiga,
Mas às vezes quero que ela fique distante
Para ela ficar comigo a todo instante

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