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Otto luminoso rastro

Rastro infinito.

Ao me tornar pai
descobri um Amor que toca o infinito.
Um sentimento tão genuíno, divino,
que dá sentido aos caminhos tortuosos percorridos anteriormente.
Sempre que um filho é gerado,
uma faísca de Amor transcendente ilumina o nosso céu,
deixando um rastro luminoso, inesquecível.
Aceitamos acompanhar a sua trajetória, como a nossa, passageira.
E juntos, não importa o quanto tempo,
experimentarmos a presença Deus e o significado desse Amor.
Com o Otto foi assim, ele me deu Deus, na oração, no cotidiano oferecer.
Otto, oito, infinito.
Luminoso rastro deixará

Poesia escrita para o pequeno Otto. Filho de um casal amigo, o menino teve uma breve mais marcante passagem terrena, levando Deus e a oração para todos os cantos do mundo.

Pascoa

Páscoa

Felizes os que nutrem 

a teimosa esperança!

E os que cultivam a lembrança,

Daquele que deu a Vida. 

Não a tirou.

Hoje celebro o amor triunfante,

Após o vazio sufocante.

Para continuar acreditando, 

mesmo exausto,

De que o bem vence, 

não importa o percalço.

Páscoa é renascimento cristão,

Certeza de que nada foi em vão.

Sacrifício de amor.

Hoje re-significamos a dor

Mesmo parecendo loucura.

Amar, doar-se. 

Divina aventura. 

Um encontro pessoal com Ginetta Cagliari

Uma historia para ser recontada de mil modos. É essa a impressão que se tem após ler “Ginetta fatos que ainda não contei”, lançamento da Editora Cidade Nova em comemoração aos 10 anos da morte da mulher que mudou a vida de milhares de brasileiros.

Ginetta Cagliari, italiana de personalidade forte e radicalismo assustador, pode-se dizer que foi instrumento “divino” no “expedir” às terras americanas o Ideal da Unidade, estilo de vida que hoje é aderido por pessoas de todas as regiões, idades e culturas do Brasil.

Depois de “Ginetta, uma vida pelo Ideal da Unidade” essa segunda biografia “convida” Ginetta a abrir seu diário pessoal para partilhar momentos importantes da sua infância, do «Entre guerras» e do encontro “escatológico” com Deus-Amor, testemunhado por Chiara Lubich e suas primeiras companheiras.

No girar progressivos das páginas do livro é impossível não se emocionar com a conversão de Ginetta, lapidada para que fosse sempre mais “encarnação” do Ideal descoberto.

A perseverança rumo à realização do desejo de ser amor concreto ao próximo aproxima Ginetta, guardadas as devidas proporções e estilos, de Inácio de Loyola, que curiosamente também foi peça fundamental na difusão do cristianismo por meio da Companhia de Jesus.

Desejo de conversão, de radicalidade no testemunhar o evangelho. São duas realidades que ficam após a “ler” novamente Ginetta.

Ginetta Cagliari: Uma vida pelo Ideal da Unidade – Sandra Ferreira Ribeiro

Ginetta não é só a minha mãe espiritual, é também biológica.

Sim!

Com certeza, se essa mulher fantástica não deixasse a singela Trento, no norte da Itália, para se aventurar nas terras tropicais do Brasil, eu nunca estaria aqui escrevendo sobre nada, nem ninguém.

Foi por meio de Chiara Lubich e o Ideal da Unidade, concretizado pela presença viva do Movimento dos Focolares como instituição de caráter religioso, que meus pais puderam se encontrar.

Um retiro espiritual para toda a comunidade, a tal MARIApolis, levou meus pais a se conhecerem, se apaixonarem e se casarem.

Quem lê essa biografia sobre Ginetta, sinceramente, vai encontrar muita insanidade no que diz respeito aos escrúpulos humanos. Ela não raciocinava, se lançava, amava e por isso, conquistou tanta gente.

Encontrei-me com esse livro em mãos justamente em um momento particular de escolha radical entre ser FELIZ ou buscar a MÁXIMA FELICIDADE. A singularidade da vida, o radicalismo de Ginetta, me fizeram perceber que não é possível se contentar com o bom, é TUDO ou NADA.

Entendi também que os sonhos mais insanos, mais impossíveis, se são fruto do desejo divino, se concretizam. Isso eu pude experimentar diversas vezes na minha vida, de maneira concreta.

Falar de santidade vai parecer “carolisse”, coisa de beato de igreja, realmente percebo que são rotulações de quem tem medo de se descobrir VAZIO.

A busca de práticas religiosas cotidianas, da vida em comunidade, da oração e contemplação do mundo, contrasta de maneira gritante com o frênesis contemporâneo. Nietzsche diz que Deus está morto, mas o que realmente vai morrendo, sempre mais, é esse desejo interior profundo de buscar A MÁXIMA FELICIDADE, que para o cristão se traduz em um termo forte: SANTIDADE.

Sim, é possivel ser um SANTO MODERNO, que não é aquele estigma do perfeito, do certo, do intocável. A santidade é uma batalha, cotidiana, cheia de erros, acertos, é uma busca constante e insaciável nesta terra.

Ginetta pra mim, que pude conviver “de perto”, é essa possibilidade realizada. É alguém que não parou nos próprios limites, mas buscou o divino, deixando o “impossível” para quem pode se ocupar dele.

Enfim, tudo o que sou, que penso, que faço tem raiz nesse amor…

Será que posso esperar menos? Desejar menos?

Tudo ou Nada…

Ainda bem que não estou sozinho.

Papel branco

Papel

Pego uma folha de papel em branco…

Um universo A4 pra ser preenchido com as sugestões dos meus pensamentos, que espelham sonhos, desejos, meu mundo.

Escolho a cor… verde, vermelho, amarelo… não…. AZUL, a minha cor preferida.

Desenho uma casa. Um retângulo com um trapézio, a porta e a janela aberta, com vista pras montanhas.

Do lado de fora uma bela família, o cão e seu osso, uma macieira abundante e o sol, com seus longos raios, sorrindo entre as montanhas, se despedindo do dia.

Acabo o desenho e tenho a sensação de ter expressado aquilo que tem sido a minha vida.

Fazer aquilo que eu gosto, construir meus sonhos e sabendo que o Sol está sempre lá, sorrindo para mim.

Alguns dizem que fantasio demais a minha vida e outros se incomodam, pois tudo que faço parece sempre tão grande, tão fantástico.

Contudo… o que entendi vivendo, foi que a vida quem faz somos nós.

Façamos-la aquilo que os nossos sonhos sugerem, descubramos o valor da dor e a importância de amá-la tanto quanto a alegria, sejamos realmente livres, sem condicionamentos, sem achar que ser livre é fazer o que todos fazem, mas construindo a nossa própria experiência.

O papel está em branco, as canetas disponíveis, agora cabe ao artista que existe dentro de nós exprimir o que a inspiração nos sugere.

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