Dado Mágico

Primeira parte aqui

Quando as coisas voltaram ao normal, Pedro não sabia muito bem onde estava. Sentia uma baita dor de cabeça causada pelos giros da desagradável viagem. Porém, ao se levantar, foi recebido com um grande sorriso da senhora de óculos, que se apresentou como Clara.

Caminharam juntos até um grande corredor cheio de portas e chegando lá Clara tirou da bolsa um chaveiro com muitas chaves e antes de abrir a porta à sua frente perguntou a Pedro: _Você está pronto? Não tão certo ele disse que sim e os dois entraram.

Do outro lado havia uma sala tipicamente italiana e Clara explicou rapidamente que eles não podiam vê-los, mas que ela queria mostrar exatamente o que a primeira face do dado queria dizer…

Depois de ter ajudado a mãe durante uma hora Henrique parecia estar muito contente e sentado em uma poltrona começou a ler uma história em quadrinhos. Quando conseguiu se acomodar, a mãe o chamou novamente: _ Henrique, é preciso comprar uma garrafa de vinho e o supermercado fecha daqui a pouco! _ Ah não mãe, logo agora que estou lendo! – respondeu Henrique. Mas depois, olhando para o objeto que estava a sua frente e lembrando da frase que estava na face superior “Amar a Todos” Levantou-se e saiu correndo para comprar o que a mãe havia pedido.

Quando se virou para perguntar o que aquilo significava, Clara já estava novamente dentro do corredor convidando-o a sair daquele ambiente. A senhorinha disse que explicaria depois o que cada coisa significava e com outra chave abriu a porta que estava em frente àquela que ela acabara de abrir.

O cenário agora era um grande campo e lá ao fundo alguns garotos, mais ou menos da sua idade, caminhavam em direção ao cercado onde ficavam diversos bezerrinhos. Alguns minutos depois um dos meninos, o menorzinho, tropeçou num galho que estava caído na estrada e se machucou. O garotinho começou a chorar, mas os outros garotos continuaram andando. Porém, um deles, retirou do bolso o mesmo dado que Pedro havia encontrado e alguns segundo depois voltou para ajudar o menino, enquanto os seus amigos corriam na frente. Com um lenço, o menino limpou o joelho ferido do menorzinho e ele parou de chorar. Depois ele pegou na mão do menino e juntos foram ver o tal bezerrinho.

Quando chegaram lá no cercado, Clara chamou novamente Pedro e  ao atravessar a porta, ele percebeu que estavam agora nas ruas da sua cidade, em frente ao banco do ponto de ônibus.

Clara explicou ao Pedro os poderes mágicos do dado e o modo no qual ele estava transformando às pessoas. Aqueles dois meninos haviam jogado o dado e a face “Amar a Todos” serviu de convite para que eles vivessem durante todo o dia preocupado com cada um que estivesse ao lado deles.

Pedro ouviu tudo com muita atenção, mas não entendeu muito. Despediu-se de Clara e foi pra casa pensando em tudo aquilo que tinha visto. A única certeza que tinha é que na manhã seguinte ele jogaria o dado e faria o mesmo que os dois garotos que ele havia visto anteriormente fizeram.