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[vidaloka] Back to Brazil – Parte 2

A segunda semana na minha terra natal foi marcada por reencontros maravilhosos, mais descanso e uma conversa decisiva. (Depois que a minha mala chegou de Milão a vida ficou menos complicada por aqui).

São Paulo propões inúmeras atividades, compromissos, mas é legal estar aqui sem ter preocupações que estejam além do objetivo de viver, sobretudo, com a minha família.

Porém é claro que, depois da primeira semana de “festa”, a vida em casa entra em uma normalidade gostosa, mas que abre portas para pequenos conflitos, diferenças, criadas pela distância e ausência anterior. (contornadas pelo desejo maior de estarmos “juntos”)

Um aposto interessante desses últimos dias foi assistir ao fabuloso filme “Kong Fu Panda 2” da Dreamworks no cinema. Excelente para quem quer relaxar, rir e se maravilhar com a indústria de filmes “infantis”, espaço de desenvolvimento estético e da criatividade, sobretudo no âmbito das animações 3D.

Porém, sem dúvidas, o momento mais especial desde a minha chegada no Brasil foi reencontrar os “pilares” da minha edificação como pessoa. Meus grandes amigos que durante mais de uma década estiveram comigo, acompanhando com amor e paciência, e que contribuíram diretamente no meu crescimento “centrípeto” e “centrífugo”.

Essa experiência com a Ká e o Bacanão, o Beiço e a Elaine, o Ferrr e a Marina, pareceu abrir meu coração de um modo novo, me ajudou a entender os caminhos propostos para um novo passo, uma nova fase da vida que está para se consolidar.

Dessa forma eu e a Flavia tivemos uma histórica conversa sobre o nosso futuro, construída com naturalidade e serenidade, mas que, pela prima vez, nos fez “ver” o que nos espera (alegrias e desafios) e o que queremos daqui pra frente. Bendito 9 de julho, um dia após celebrarmos nossos 17 meses juntos.

É gostoso demais estar em casa principalmente tendo a sensação de que realmente estivemos unidos, mesmo distantes fisicamente. Parece que estou aqui há meses e isso confirma para mim a importância ontológica de viver “juntos” cada coisa. De manter contato, enviando notícias, partilhando descobertas.

Não existe riqueza maior que Deus, que se manifesta cotidianamente nas nossas vidas através dos nossos relacionamentos. Mas o “drama” da liberdade nos permite viver com mais ou menos intensidade essa realidade.

29 dias no país do Tsunami –  Parte 29: Pausa em Medan

Momento de lazer em Medan

Depois de uma boa noite de sono e de ter lido um pouco, fomos juntos para a piscina do condomínio. Providencial depois da primeira etapa, cheia de emoções, vividas em Nias.

Ficamos ali umas duas horas e eu acabei indo acompanhar um dos nossos amigos indonésios na compra do nosso almoço.

Ali, mais uma nova experiência! A direção é “inglesa”na Indonésia, para quem ainda não entendeu, o volante é à esquerda e não a direita como no Brasil.

Admito que ao entrar no carro tive sérias dúvidas se conseguiria realizar tal façanha, mas não foi tão difícil como pensei.

Logo que chegamos com a comida, almoçamos e agora estamos nos preparando para encontrar um grupo de adolescentes do Movimento dos Focolares em Medan.

Despedindo dos adolescentes do Movimento

Chegamos 15 minutos antes dos adolescentes. Eram 40!

Contamos um pouco a história de como surgiu o Movimento, nos apresentamos, tudo com “aquela simplicidade” que tanto prezo. Ficamos algumas horas com ele e depois fomos convidados pelas donas da casa para um jantar.

A casa que nos acolheu abriga mulheres consagradas, de vida comum! Pessoas que decidiram doar suas vidas a Deus, mas continuando atuantes na sociedade, sem hábitos (no sentido de vestidos específicos) mas procurando levar Deus às pessoas com a própria vida.

“Focolare” (em italiano, algo como “lareira”- local onde as pessoas se reúnem para se aquecer) não só é o nome do Movimento fundado por Chiara Lubich, mas também é o nome das casas em que vivem esses consagrados.

(Resumo da história do Movimento dos Focolares CLIQUE AQUI)

Enfim, o Focolare de Medan é uma casa muito acolhedora, simples ao ponto de nos sentirmos imediatamente em casa.

As Focolarinas são muito simpáticas. Duas italianas, uma indonésia e uma brasileira.

Prepararam “pasta al pomodoro”. O “manjar dos Deuses” depois de 10 dias de ARROZ, PEIXE e PIMENTA na Indonésia.

Depois da janta ficamos conversando com elas e mais tarde voltamos para casa. Lá encontramos o restante do grupo que tinha chegado de carro.

Dado Mágico | Segunda parte

Dado Mágico

Primeira parte aqui

Quando as coisas voltaram ao normal, Pedro não sabia muito bem onde estava. Sentia uma baita dor de cabeça causada pelos giros da desagradável viagem. Porém, ao se levantar, foi recebido com um grande sorriso da senhora de óculos, que se apresentou como Clara.

Caminharam juntos até um grande corredor cheio de portas e chegando lá Clara tirou da bolsa um chaveiro com muitas chaves e antes de abrir a porta à sua frente perguntou a Pedro: _Você está pronto? Não tão certo ele disse que sim e os dois entraram.

Do outro lado havia uma sala tipicamente italiana e Clara explicou rapidamente que eles não podiam vê-los, mas que ela queria mostrar exatamente o que a primeira face do dado queria dizer…

Depois de ter ajudado a mãe durante uma hora Henrique parecia estar muito contente e sentado em uma poltrona começou a ler uma história em quadrinhos. Quando conseguiu se acomodar, a mãe o chamou novamente: _ Henrique, é preciso comprar uma garrafa de vinho e o supermercado fecha daqui a pouco! _ Ah não mãe, logo agora que estou lendo! – respondeu Henrique. Mas depois, olhando para o objeto que estava a sua frente e lembrando da frase que estava na face superior “Amar a Todos” Levantou-se e saiu correndo para comprar o que a mãe havia pedido.

Quando se virou para perguntar o que aquilo significava, Clara já estava novamente dentro do corredor convidando-o a sair daquele ambiente. A senhorinha disse que explicaria depois o que cada coisa significava e com outra chave abriu a porta que estava em frente àquela que ela acabara de abrir.

O cenário agora era um grande campo e lá ao fundo alguns garotos, mais ou menos da sua idade, caminhavam em direção ao cercado onde ficavam diversos bezerrinhos. Alguns minutos depois um dos meninos, o menorzinho, tropeçou num galho que estava caído na estrada e se machucou. O garotinho começou a chorar, mas os outros garotos continuaram andando. Porém, um deles, retirou do bolso o mesmo dado que Pedro havia encontrado e alguns segundo depois voltou para ajudar o menino, enquanto os seus amigos corriam na frente. Com um lenço, o menino limpou o joelho ferido do menorzinho e ele parou de chorar. Depois ele pegou na mão do menino e juntos foram ver o tal bezerrinho.

Quando chegaram lá no cercado, Clara chamou novamente Pedro e  ao atravessar a porta, ele percebeu que estavam agora nas ruas da sua cidade, em frente ao banco do ponto de ônibus.

Clara explicou ao Pedro os poderes mágicos do dado e o modo no qual ele estava transformando às pessoas. Aqueles dois meninos haviam jogado o dado e a face “Amar a Todos” serviu de convite para que eles vivessem durante todo o dia preocupado com cada um que estivesse ao lado deles.

Pedro ouviu tudo com muita atenção, mas não entendeu muito. Despediu-se de Clara e foi pra casa pensando em tudo aquilo que tinha visto. A única certeza que tinha é que na manhã seguinte ele jogaria o dado e faria o mesmo que os dois garotos que ele havia visto anteriormente fizeram.

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