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O que fica de mim, é você

Admito que nunca tive dificuldade de exprimir meus sentimentos em palavras. Claro que é preciso considerar os anos de treinamento diário e o fato de que, quando mais jovem, eram mais amenas as distrações e os instrumentos tecnológicos que encapsulam o manifestar dos sentimentos genuínos.

Escrever sempre foi transformar. Informar. Dar forma. Trazer parte de algo ou alguém, de dentro, e revelá-los para quem (me) lê. Mas somente a parte que o momento ilumina e ajuda a enxergar, não “o todo”, pois não é possível.

Comunicando, revivo as relações que construí.

O relacionamento construído comigo mesmo. O quanto (e o quando) me aceito limitado, preguiçoso ou incapaz de crescer. O reconhecer as conquistas sofridas e o me dar conta da minha unicidade.

Mas sobretudo o que construí com os meus iguais. O suportar dos limites alheios, da ignorância e da indiferença. O prazer de partilhar a vida com alguém, de gozar o “amar e ser amado”.

Nenhuma conclusão nova. Para que cultivar esse tipo de pretensão?

Este é só um lembrete em pixels de que o que fica em mim, é você.

Valter Hugo Muniz… por Clara Caldeira da Silva

Valter Hugo Muniz

“… There was a boy

A very strange, enchanted boy

…A little shy and sad of eye

But very wise was he…”

(Nature Boy – Eden Ahbez)

Nascer jornalista é difícil, mas crescer jornalista é possivel e de fato acontece. Valter Hugo Muniz Tenório Silva tem 23 anos e faz jornalismo na PUC – SP. Ele é uma dessas pessoas que tem o jornalismo quase como uma característica intrínseca. Desde pequeno a tendência se manifestou naturalmente nele quando, na escola, vibrava com as aulas de literatura e história. Os livros sempre foram seus companheiros, talvez pelo fato de sua mãe ser professora polivelente do ensino fundamental. E quem sabe o pai, que trabalha com informática, o tenha influenciado quanto ao caráter interativo e acelerado da profissão.

Dividindo seu dia entre as sete horas que passa em seu trabalho, na editora Análise que se localiza no centro da cidade e as horas restantes que passa na faculdade, Valter não deixa de lado seus projetos pessoais. Parece que ele atingiu seus objetivos de infância unindo a história – já que a editora em que trabalha se dedica à produção de anuários – à escrita – quando finalmente, nos finais de semana, se dedica às atividades da faculdade – mas para ele não é o suficiente. Valter ainda encontra tempo para a produção de seu boletim virtual, o Provocação. Com esta inicitiva ele conquistou liberdade para veicular suas opiniões, podendo fazê-las chegar aos olhos de outras pessoas. Seu blog também é mantido com o objetivo de estimular discussões e debates além de publicar é claro seus poemas e escritos de todas as naturezas.

O fato de Valter Ter optado pelo jornalismo encontra explicações também nas carreiras que seguem seus melhores amigos, todos voltados para as humanas, estudando publicidade, multimeios e relações internacionais. Ele também encontra em sua namorada, que faz relações públicas, correspondência quanto à área de atuação escolhida. Mas em casa a situação é diferente. Apesar de sua mãe ser professora e seu pai trabalhar com informática, as irmãs – sim porque ele tem duas – optaram por coisas bem diferentes. Uma faz moda e a outra é formada em enfermagem e quem sabe Valter, em busca da auto-afirmação como único homem entre os filhos, resolveu escolher algo que o diferenciasse de suas irmãs.

Quando o assunto é musica Valter prefere as internacionais. Ele sente em inglês, italiano, espanhol e escreve em portugues. Um garoto de diversas facetas, sem sombra de dúvida. A cada novo ângulo do qual o olhamos vemos um novo Valter e a cada novo Valter que vemos passamos a olhá-lo de outro ângulo. Sorridente, brincalhão, debochado, Valter é quase um menino, que esconde por detrás da alegria a idade que não aparenta ter. Inquieto, profundo, reflexivo, Valter é quase um poeta, que esconde por detrás da alegria a seriedade daqueles que não conseguem deixar de sofrer. “A very strange, enchanted boy”.

Dizer que te Amo: Abrir o coração para dizer o amor ao outro

Dizer que te Amo

Sempre tive certo receio de manifestar meus sentimentos em relação às pessoas, praticamente por insegurança. Difícil dizer que te amo.

Porém, a vida me proporcionou relacionamentos verdadeiros e profundos o suficiente para entender quão valoroso é exprimir o nosso amor em relação às pessoas.

Concretamente, pode-se fazer muitas coisas, mas, estando tão banalizado e instrumentalizado o dizer que te amo, parece ainda mais difícil transformar em palavras esse sentimento.

Dizer que amamos uma pessoa é relembrá-la do quanto ela é importante para as nossas vidas, o quanto, muitas vezes não parecendo, ela é artífice, protagonista dos momentos mais lindos da nossa existência.

Parece algo bobo, simplório, mas, transformando sentimento em palavras, incluímos o objeto amado no nosso universo de agradecimentos, graças, fazendo também com que ele saiba e sinta a importância que tem para nossa felicidade.

Portanto… Você, que parou pra ler meu blog, Amo você.

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