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Otto luminoso rastro

Rastro infinito.

Ao me tornar pai
descobri um Amor que toca o infinito.
Um sentimento tão genuíno, divino,
que dá sentido aos caminhos tortuosos percorridos anteriormente.
Sempre que um filho é gerado,
uma faísca de Amor transcendente ilumina o nosso céu,
deixando um rastro luminoso, inesquecível.
Aceitamos acompanhar a sua trajetória, como a nossa, passageira.
E juntos, não importa o quanto tempo,
experimentarmos a presença Deus e o significado desse Amor.
Com o Otto foi assim, ele me deu Deus, na oração, no cotidiano oferecer.
Otto, oito, infinito.
Luminoso rastro deixará

Poesia escrita para o pequeno Otto. Filho de um casal amigo, o menino teve uma breve mais marcante passagem terrena, levando Deus e a oração para todos os cantos do mundo.

amem-se

Amem-se

Partiu para o Paraíso um dos pilares mais importantes da minha história. E é impossível não olhar para traz com lágrimas nos olhos, admiração e profunda gratidão pelos momentos que, por intercessão dela, eu pude viver!

O seu amor “direto e reto”, o senso de justiça fruto do seu suor e lágrimas moldaram a imagem que construí dela. Uma mulher forte, concreta e imensamente enraizada na Fé de que Deus é Amor. Até o fim.

Nos últimos anos nossos encontros foram raros, mas simples e profundos. Em sua última mensagem para mim, o Deus que ela tanto amava está vivamente presente, abençoando a minha família, com alegria profunda.

É assim que vamos permanecer sempre unidos ! No imenso amor a Deus. No desejo de sermos agentes ativos de uma nova humanidade. Na certeza de que quando nos amamos, dinificamos o nosso agir e transformamos o mundo. Começando pela nossa família e pela comunidade em que vivemos.

Amem-se.

Homenagem aos noivos Marina e Fernando | Valter Hugo Muniz

Marina e Fernando

No último sábado, um amigo de infância deu o seu SIM, diante de Deus, à sua querida esposa. Uma experiência forte, repleta de alegria e emoção, em ver um companheiro de aventuras realizando um sonho e começando uma nova etapa em sua vida.

Celebrar o amor é sempre uma coisa fantástica. Ainda mais quando é fruto de um relacionamento verdadeiro, profundo e que não se limita a buscar a própria felicidade, mas tem a “ambição” de mudar o mundo, a partir do próprio testemunho de vida.

Abaixo a homenagem que eu e minha grande amiga (e colaborado do escrevologoexisto.com) Karina Gonçalves, escrevemos para os noivos, Marina e Fernando.

Homenagem aos noivos Marina e Fernando – 30-11-2013

Estamos aqui, em nome dos muitos amigos, presentes e ausentes, espalhados pelo Brasil e também por todo o mundo, para agradecer profundamente a Deus pela graça de festejarmos esse momento tão precioso na vida de vocês, Marina e Fernando.

Graça é uma palavra que exprime bem o privilégio de estar aqui, nesta pequena cidade de Maria. Graça é sinônimo de presente, de dom, é algo que todos nós recebemos, não por mérito, mas porque existe Alguém que nos guia e deseja a nossa imensurável Felicidade.

Casamento é, acima de tudo, a celebração comunitária de uma união. Cada um de nós, amigos e familiares, está aqui porque acredita no amor que existe entre vocês. Amor que nasceu do encanto, que encorajou a explicitação do sentimento, que sofreu a distância física e, também, amor que conduziu cada um no caminho de discernimento e busca íntima da verdade existencial para a qual nasceu.

É lindo perceber que foi um Amor ainda maior que fez os dois se encontrarem. Um amor que ambos consideram Ideal de vida e que, somado ao amor de um pelo outro, permitiu que vocês fossem capazes de superar cada dificuldade. Talvez ninguém nesta igreja vivenciou todos os momentos da aventura que trouxeram vocês dois até o Grande Sim. Mas, com certeza, quando pudemos estar juntos, festejamos, sofremos e acreditamos que tudo era uma importante etapa para chegar a este sagrado momento.É esse Amor, somado ao amor de um pelo outro, que produz felicidade, individual, no casal e em toda a comunidade.

Felizes! Todos estamos! Pois é impossível não reconhecer que vocês se preparam bem, estão prontos para essa maravilhosa aventura. Agora, no matrimônio, os desafios aumentam, mas, junto com eles, cresce a força, a alegria, a paciência, para que os dois sejam capazes de repetir, em cada nova fase da vida em família, o ciclo virtuoso do amor que é escolha individual, amor reciproco e luz comunitária.

Uma só vida, um só coração, forjado a cada novo dia na chama do amor que jamais se consome. Ao contrário, amor que revela nuances sempre inéditos, que impulsiona a lançar tudo, todo o ser, nessa grande escolha esponsal que hoje se concretiza com o sacramento do matrimonio. É maravilhoso contemplarmos o mais belo SIM de vocês a DEUS, através do Sim de amor um ao outro!

Muito obrigado Marina e Fernando, pela alegria e pelo amor de vocês, entre vocês, e que chega a nós. Que essa verdadeira união, abençoada por Deus, na Cidade de Maria, continue a iluminar, sempre cada um que encontrarem.

Por fim o mais importante: Jamais se esqueçam de que estamos todos juntos! Pois não existe família sem comunidade, da mesma forma que não existe comunidade sem famílias.

Homenagem aos noivos Karina e Lucas | Valter Hugo Muniz

Karina e Lucas

26 de maio de 2012 – UNIDOS EM ALGO MAIOR  

Há quase um ano venho me esforçando intelectualmente para exprimir algo que só pude experimentar sensitivamente: a comunicação e os meios tecnológicos aproximam as pessoas.

Dos meus 28 anos recentemente festejados, metade deles vivi junto à Karina, sendo que nem 5% deles convivemos diariamente. Agora como explicar um amor tão profundo, verdadeiro, que sobrevive decisivamente ao passar do tempo?

Além da imensa ajuda que os meios de comunicação proporcionaram durante os anos, ALGO MAIOR cristalizou nossos laços, manifestando-se singularmente nas nossas vidas e permitindo-nos permanecer unidos, mesmo distantes fisicamente, em cada etapa das nossas vidas.

Foi esse ALGO MAIOR que também promoveu o encontro entre Karina e o Lucas, e também o meu encontro com o Bacanão.

Misteriosa Presença, Formidável Força que ajudou os dois a superarem as dificuldades, dores e até mesmo a distância, mas que finalmente nos transportou a esse Incrível Momento.

Karina e Lucas. Lucas e Karina.

Dois conceitos que exprimem uma mesma realidade. Duas realidades que se encontram em um único Conceito.

Bendita a comunicação que nos liga em palavras, conceitos, Comunhão.

Distante geograficamente é impossível não me sentir próximo, pois jamais estive realmente longe durante todos esses anos.

Junto no coração é difícil não sentir uma pequena dor por não poder testemunhar fisicamente essa união do qual me sinto verdadeiro partícipe.

Neste 26 de maio de 2012, dia em que completo dois anos de vida europeia, eu vos festejo. Unido como sempre, feliz como nunca.

Que o “Deus de todos” abençoe o casamento de vocês e dê forças para as novas etapas, desafios, de uma vida, vossa, nossa, sempre direcionada nEle.

Beijo grande, meu e da Flavia.

Valter

O pai do meu pai faleceu

08-12-201212-24-35Mariapolis
Mariápolis-SP – Cidade onde morava o Sr. Antônio Berto

O pai do meu pai concluiu sua viagem hermenêutica no mundo do pluralismo de almas.

Não o chamo de avô pelo simples motivo de não ter tido uma convivência familiar próxima. As minhas lembranças do Sr. Antônio Berto se resumem a dois ou três encontros e inúmeras memórias que meu pai sempre guardou com carinho e admiração.

Contudo, um fim contingente (ele tinha 89 anos) pode servir como oportunidade de reflexão, de entendimento sobre o valor do passado e a sua consequência no presente.

Conversando recentemente com a minha Flávia redescobri algo que só o intelecto (no sentido Aristotélico) poderia permitir: que as dores do mundo já foram divinizadas no Cristo que acredito.

Eu sempre abominei qualquer tipo determinismo baseado na experiência religiosa, pois foi justamente dela que entendi o mais profundo e verdadeiro de «livre arbítrio».

Mas, no estudo de teologia feito aqui no Istituto Universitario Sophia entendi que uma coisa não anula a outra. O livre arbítrio não é violado no evento histórico da crucificação, muito pelo contrário, a morte do Cristo aconteceu justamente porque os homens eram livres. O que é difícil de entender é que podemos acolher a dor, vivendo totalmente livres (nós e os outros), como “graça”, participando do mistério vivido pelo tal Filho do Homem.

Aceitando o silêncio, a incompreensão, a solidão, o Cristo transformou algo ontologicamente negativo em possibilidade de protagonismo e “ressurreição” por parte de nós, igualmente filhos de Deus.

Dessa forma a mais (aparentemente) insignificante dor pode ser vivida na Luz (especialmente em comunhão com o próximo). Claro que essa conclusão se desdobra às dores maiores.

Não existe condenação pelo fato de que se sofre. Dessa forma somos convidados a passar de uma visão hermenêutica que considera «vazio ontológico» esse “espaço de ausência de sentido” a um olhar renovado que enxerga na dor «oportunidade de amar sem condicionamentos».

É nessa dimensão que tenho entendido os laços de fraternidade e é nesse encontro pessoal com o “silêncio que falar” que me despeço do sr. Antônio, que pode até não ser considerado (pelos meus limites humanos) avô, mas que, indiscutivelmente, é irmão.

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