Category: Estórias Page 2 of 16

Il prete e la donna

chiarapiero

Due volte la settimana i Sophiani sono invitati a mangiare il pranzo nella mensa dell’università. Certamente, in sé, non c’è nulla di speciale in mangiare con tante persone in una mensa. Questo ogni studente universitario ci si può permettere fare nel posto in cui studia. Ma l’interessante è che, a Sophia, è proprio nella semplicità delle esperienze e dei momenti vissuti “in comunità” che ci si vive le cose più belle.

Con questa “strana” semplicità, un martedì come tutti gli altri, ho preso il mio piatto, senza accorgermi che i tavoli erano già apparecchiati. _Quale posto scegliere? Con chi mi siedo? Potrei stare accanto ad una buddista thailandese, con un fratello di Manaus, con una allegra ragazza dei Castelli Romani, con un’insegnanti di genesi del pensiero scientifico… Ma no, questa volta no! Questa volta mi permetto essere con un’amica d’infanzia, qualcuna con cui avrei potuto parlare più di me stesso, senza spiegarmi troppo, perché c’è già una conoscenza precedente. Ecco! Proprio questo!

Dopo aver preso il cibo (di solito pasta, pollo, patate e la stessa insalata) mi siedo e mi trovo, oltre a questa grande amica, con il preside dell’università, la sua assistente e due studenti di dottorato. Cosa io potrei dire essendo con quattro teologi di alto livello? Io e la mia amica eravamo “ben messi”, ma lo stupore, tipico dell’atmosfera sophiana, è che nella “nostra” università, ci sei rendi sempre conto di che nei rapporti fra noi i “titoli” spesso non hanno molto valore.

Abbiamo parlato un po’ su tutto, raccontato esperienze personali. “Come va il Genovevo?”, chiese il preside alla mia amica. “Molto bene, oggi è il suo compleanno”, rispose con un bel sorriso in faccia. Quella mezz’ora fra loro mi faceva staccare di me stesso, mi permetteva entrare nell’altro e cogliere quello che avevamo di più semplice, più bello!

“Vi ho già raccontato la storia del panino?”, domandò il preside a noi. “Quella che hai raccontato quando c’era il Gran Rabbino di Ginevra?”, risponde con un’altra domanda l’assistente. “Sì, allora vi racconto”.

(…)

Piero andava ogni giorno al suo lavoro sentendo una bella musica orchestrata, al volume massimo. La musica entrava in cuore attraverso quegli accordi di armonia celeste, meditazione anche lì per lui, focolarino e prete in cammino verso l’università, dove faceva l’insegnante.

Ma quel venerdì, non aspettava che Chiara l’avessi chiamato. Non aveva potuto pranzare con tutti gli impegni e sarebbe dovuto andare subito dopo le lezione a casa sua, fatto che sicuramente non lo toglieva la pace, perché era sempre speciale stare con Chiara.

Arrivando a casa sua, in un salottino, cominciarono a parlare. A focolarina voleva raccontare una bella provvidenza arrivata per la costruzione del santuario a Loppiano, ma prima di cominciare ha guardato Piero negli occhi e chiesto: _ Piero, sei stanco? Senza voler ammettere, Piero ha negato, ma è stato intrapreso con un’altra domanda: _ Hai fatto il pranzo oggi? Lì non poteva nascondere. Aveva lavorato tantissimo ed è mancato il tempo per mangiare. _ Popa, potresti portare qualcosa… hum… quel grande panino che c’è in cucina, con burro?

Dopo alcuni minuti un’altra focolarina è entrata in salotto con un immenso panino. Amore materno, semplice, sophiano.

Companheira de viagem

Parava e descia em todo ponto de ônibus.

Procurando-me, tentando encontrar o tal “destino interior” que as pessoas sonham.

Precisei repetir o gesto muitas vezes, com uma ânsia tão inocente, que me fez esquecer já ter pedido um sinal pro Motorista.

Assim, decidi confiar e sentei no banco duro daquele ônibus, até que o moço gritou:

_ Você desce aqui menino! A rua da felicidade é nesse ponto.

Saudei-o agradecendo, procurando acreditar comigo mesmo que havia finalmente chegado.

Parado no início da almejada rua, olhando para frente, me assustei com a extensão dela. Era tão grande que parecia tocar o céu.

Então decidi começar logo a caminhar, mas já no primeiro bater de pernas, no improvisado passo, me dei conta do que faltava, de QUEM faltava…

… Aquele sorriso gostoso, esperando-me na estação de trem, não me deixava dúvidas: Era Ela.

Encontros e reencontros de Natal

«Será que as pessoas se dão conta do que é concretamente deixar tudo? Conseguem entender o que é passar o Natal fora do próprio país, longe da família? Sinceramente, acredito que as pessoas muitas vezes enxergam as situações com um romantismo cego e inconscientes de que realmente tudo tem um custo…»

Aquele comentário resumia bem o que Paulo sentia nos últimos dias que antecediam o Natal. Há alguns meses na Europa, o jovem havia deixado o seu país para começar uma nova vida no Velho Continente e, especialmente no período do Advento, sentia falta de suas raízes.

Paulo lembrava-se perfeitamente da alegria vivida na semana que antecedia o Natal. O ritmo no trabalho diminuía, há mais de um mês gozava das merecidas férias de estudo e não pensava em outra coisa senão preparar-se bem para aquele momento tão particular do ano.

Natal para Paulo sempre foi a festa da família, da sua em particular. A vida na grande metrópole tantas vezes não permitia que ele estivesse sempre com suas irmãs, seus pais, mas naquela ocasião era diferente: estavam sempre juntos, cantando, rindo e comendo muito.

No dia 24 acordava com o bater de panelas e o perfume do pernil que já assava no forno. No café da manhã um pedaço de «chocotone» aquecido no microondas e uma Sminorf Ice, seguida de uma bronca da mãe que dizia que aquilo não era hora de beber esse tipo de coisa.

Durante todo o dia não comia muito para «fazer espaço» para tão esperada ceia. Ajudava a preparar doces, comprar as bebidas, mas acima de tudo procurava estar junto de suas irmãs, seus pais. Uma grande festa.

Já no entardecer começava a «arrumação». Todos bonitos, nada de luxo, pois raramente podiam usar vestidos novos, mas isso não impedia de que cada um da família pudesse apresentar-se BEM para a grande festa de chegada do Menino.

Lá pelas 20h toda a família caminhava juntos até a igreja. Sem dúvidas o motivo central daquele dia, daquela semana, talvez de todo o ano. Festejar juntos Aquele que deu forças, proveu todas as necessidades, deu saúde, alegria, a cada um é algo que queima o coração de Paulo, sempre que procura contar como é passar o Natal com a sua família. E por isso era evidente o estupor de Clara ao ouvir aquela narração tão «apaixonada».

Clara também festejava sempre o Natal a sua família. Mas em vez das quentes terras Sul-americanas, Natal para ela significava: neve, frio e a mesma sensação de acolhida que só a vida em família permite.

Pensava que talvez, em seu continente, muitas pessoas estariam vivendo aquela festa sozinhas, conseqüência do bem-estar financeiro que muitas vezes corrompe o verdadeiro sentido do Natal. Mas em sua casa não. Que alegria era ver aquela imensa árvore de Natal, comer tantas coisas boas, ir à missa juntos e sentir aquele forte calor e alegria que a vida na sua família permitia!

Natal era sempre uma oportunidade de reencontro, ainda mais agora que ela estuda longe, vê esporadicamente seus familiares, mas esse, em particular, tinha um sabor especial. Durante todo o ano sua família viveu um duro momento de incompreensão, dor, dificuldades. Todos tiveram que suportar aquele momento vazio de sentido, cada um com as próprias forças e também com a falta delas, mas era forte a sensação de que tudo foi purificação.

Aquela festa, em particular, era um momento de agradecimento por tudo aquilo que toda a família conseguiu superar, por todo o crescimento espiritual e humano e pelo aprofundamento do nos relacionamentos que permite que também o amor fosse mais sincero, mas verdadeiro entre todos.

As duas histórias, de Paulo e Clara, se encontravam no Natal. Diferentes no desenrolar dos acontecimentos, mas parecidíssimas em essência.

Tudo isso porque, antes de tudo, aquilo que os fazia plenamente feliz era que em nenhum momento do ano haviam esquecido o festejado da noite. Não era uma festa em si, mas o ápice de uma “gestação” vivida com alegria e as dores, cada dia. Talvez por isso aquela festa tinha tanto sentido e não era uma simples troca de presentes ou uma ceia repleta de comida gostosa.

Natal, especialmente aquele ano era Encontro e Reencontro. Encontrar-se cada um consigo mesmo, com os outros e com o Deus-Menino que é quem permite que o Natal seja a possibilidade de viver as coisas simples com uma disposição renovada.

[Arquivos] Destruidores – Uma nova geração de craques (livro escrito na 4a Série)

Quando estava na quarta série da escola, fui incentivado a escrever um pequeno livro que contasse alguma história a minha escolha.

Interessante foi encontrar esse livro e perceber que alguns talentos vão se desenvolvendo na gente, sem perceber-mos.

Destruidores – Uma nova geração de craques conta a história dos jogadores do time da classe, que sonham em ser famosos, ganhar títulos, ter uma família… sonhos da criança que fui, mas que de certa forma ainda vivem em mim.

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Encontro de Natal inesperado

Encontro de Natal

Renato passou o ano inteiro ocupado.

Claro que, para um exímio morador de metrópole, isso não era uma novidade.  Vivia assim há muitos anos e de certa forma já nem se incomodava.

Muitas horas de trabalho, raras de sono e pouca vida social. Nada disso abalava Renato, afinal de contas um gerente de multinacional não pode esperar uma vida “normal”. “O salário compensa”, dizia sempre para si nos momentos de crise pessoal.

Porém, sempre que chegava dezembro, Renato sentia saudade da sua infância, da liberdade, do descompromisso e do tempo para saborear coisas e pessoas.

Há quase quatro anos ele não via sua família, estava só. No período de festas (Natal e Ano Novo) só tinha a companhia de “Jonny”.

“Jonny’ na verdade era o seu grande e fiel amigo… de corridas no parque, passeios no shopping, estava sempre sorridente diante da sua presença.

Não reclamava nunca, dava sempre carinho quando ele precisava, comia na hora certa e aprendera a fazer suas fezes no jornal.

Sim, “Jonny” era um lindo labrador que Renato havia ganhado de sua última namorada, no dia do término, como “consolação” para a solidão que o esperava.

(…)

Em mais uma semana que se passava, em meio aos shoppings certers lotados, com famílias, crianças, estava lá Renato, caminhando sozinho, procurando algo para si!

Parou em uma loja chique de gravatas e pensou em escolher uma nova, para começar o ano “diferente”.

Chamou o vendedor e sem nem olhá-lo apontou a gravata e perguntou seco:

_Quanto custa?

_ Boa tarde senhor! Feliz Natal! A gravata custa 100 reais.

_Quero duas! – respondeu já caminhando em direção ao caixa.

O vendedor ficou alguns minutos parado, perplexo, pelo tratamento, mas porque já havia visto aquele rosto antes.

“Bom” pensou “vejo tanta gente nessa loja que não seria estranho suspeitar de ter visto rostos conhecidos” admitiu para si mesmo, mas mesmo assim ficou incomodado.

Renato pagou, mas quando estava saindo da loja ouviu o vendedor lhe chamar…

_Renato?

_Sim!

_ Renato Araújo?

_ Eu mesmo!

_ Você não tá lembrado de mim?

_ Hum…. amigo… eu estou com um pouco de pressa, você me dá licença?

_ Você poderia ao menos olhar nos olhos do seu irmão?

_ Irmão? Eu não tenho irmão nessa cidade?

_ Claro que tem… eu me mudei para cá no Natal passado, mas como você nunca retornou minhas ligações, nem pude sequer te ver durante o ano.

_ Ok, pegue o meu cartão e me ligue amanhã ok, estou com pressa e cansado. – Disse Renato alguns minutos antes de entrar no carro que o aguardava lá fora do shopping.

(23:40)

Pedro, irmão de Renato está saindo da igreja com sua família. Todos felizes, pois pela primeira vez, Flavia, a caçula, conseguiu o “papel” de Maria na encenação de Natal

Do outro lado da cidade, Renato, com o som no último volume, dança sozinho, já alterado dos três copos de whisky, em sua cobertura na zona nobre da cidade.

(00:00)

Pedro está abraçando sua família… Feliz Natal! – dizem todos, seguido de canções natalinas, presentes, sorrisos, abraços.

Renato já está dormindo, sozinho… sem abraços mas muita baba de “Jonny” que se deliciava com o resto de bebida que havia caído em sua roupa.

(00:15)

_ Vamos ligar para o Tio Renato? – disse Pedro aos seus filhos!

_ Ele nunca quis saber da gente!!! – resmungou sua esposa.

_ E daí? Ele deve estar sozinho, hoje é Natal!! Vamos ligar!!

(00:30)

(Trim! Trim!)

_ Alô

_ Renato?

_ Quê!

_ É o Pedro! Seu irmão!

_ Irmão?

_ É… o vendedor da loja de gravatas…

_ Ah! Sim… você ficou com meu telefone… (droga….)

_ Queria te convidar pra vir aqui em casa…

_ Agora?

_ Claro… é Natal! Venha ficar junto da sua família!

_ Hum….

(01:15)

(Tin don!!)

_ Tio Renato chegou!!! – e Flavia correu para abrir a porta de casa e acolhê-lo com um abraço enorme.

Constrangido, com um sorriso amarelo, cabelo despenteado, Renato correu os olhos pela sala enfeitada, a mesa cheia de comida, gente conversando e um sentimento estranho tomou conta dele.

Carregado pela sobrinha sentou-se no sofá, inebriado pelo aroma adocicado do ambiente e por alguns instantes viu um filme passar pela sua cabeça…

Todas as vezes que durante o ano nem sequer olhou nos olhos das pessoas, seu jeito seco, a pressa e o desinteresse por quem não lhe convinha, mas sobretudo a imensa solidão, mesmo tantas vezes cercado de pessoas, que sentia e o incomodava.

Naquela casa existia “algo” esquecido, que surgiu assim que ele ultrapassou os limites da rua e da casa. Sentia novamente o que era fazer parte de uma família.

Ficaram ali por umas duas, três horas.

As crianças já dormiam quando Renato se despediu do seu irmão Pedro. Cumprimentou o irmão em silêncio… estava incomodado.

Voltou para casa, o Natal passou. Na virada do ano preferiu ficar em casa, desligou o celular, mas aquele sentimento ainda o sufocava, teria que ceder.

(…)

“Caro irmão,

Desde sempre assumi uma postura clara, decidida e segura de que nunca precisaria de uma família para ser feliz. E foi assim! Sempre tive tudo, do bom e do melhor, claro que passei dificuldades, mas soube me virar bem!

Porém estava enganado, me enganando, pois nem sequer me lembrava o que era a tal felicidade. Enquanto vivia centrado sobre meu eu estava abrindo mão de algo que havia esquecido o valor.

Não sei se tenho coragem de voltar atrás e assumir o fracasso pessoal que foi a minha vida até aqui, mas não poderia deixar de dizer que o Natal com vocês me transformou. Se puder me ajudar, eu agradeço,

Com carinho

Renato Araújo”

(…)

_ Pois é Renato, incrível não? – comentou a mulher após ouvir a leitura da carta em voz alta.

_ Sim, é o Natal. Quem dera se a gente tivesse lembrado antes dessa ótima oportunidade de estar com as pessoas.

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