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Casamento! Eita coisa boa que inventaram! É verdade. Posso garantir. Mas talvez porque, com a minha esposa, investimos nas condições necessárias para isso.

Olhando para a nossa história e a de muitos outros casais que, como nós, acreditam que a união estável entre duas pessoas é a base para a edificação de uma família, posso afirmar que sem a capacidade de renúncia e a profundidade nas escolhas e caminhos pessoais, não estaríamos festejando nossos 10 meses de casados hoje.

Bom, a renúncia é talvez a dimensão mais paradoxal “desta” vida. Pobres dos que não entendem que, sem ela, não se cresce, ninguém se relaciona! Renunciar é abrir-se, verdadeiramente, ao outro, sem, contudo, renegar a si mesmo. É perceber que a vida é feita da contínua e aventurosa “negociação de alteridades”.

Renunciar, muitas vezes, é também abrir mão do outro, para estar com ele no momento certo. Foi assim que eu e a Flavia fizemos.  Tivemos que ter a coragem (e a Fé) para superar a imaturidade do que sentíamos – e a pouca idade – para, cinco anos depois, reencontrarmo-nos e, enfim, começarmos a nossa vida juntos.

O caminho de aprofundamento das nossas escolhas e caminhos pessoais foi o outro aspecto que nos ajudou (e tem nos ajudado) na edificação da nossa família. Como tudo na vida, nos descobrimos aos poucos. Contudo, existe uma “força interior” misteriosa que – conscientes ou não – nos leva – se a seguimos – para a realização daquilo que nos faz Felizes.

Eu realmente acredito que as verdades se manifestam, principalmente, nas nossas vontades interiores. Não de maneira superficial, claro. Mas a Felicidade se revela no profundo de cada um e, procurando ser fiel a ela, percorrermos os caminhos necessários para encontrá-la.

Bom, hoje, festejando 10 meses de casamento, parece óbvio falar disso tudo. Mas não foi sempre assim. Parar chegar neste “momento” da minha/nossa história foi necessário percorrer um caminho doloroso, cheio de fracassos e, tanto a renúncia, como o exercício de ser/sermos eu/nós mesmo(s), profundamente, foram determinantes para chegar(mos) aqui, mais feliz(es) que ontem e menos que amanhã.