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Uma das realidades mais bonitas e profundas do casamento, pensando no meu primeiro ano de “aventura”, é perceber o quanto ele é um “encontro formativo”. Aprende-se, individualmente, no exercício diário de purificação visando um amor sempre mais gratuito; e, como casal, na fusão cotidiana de sonhos, projetos, desejos, que deixam de serem pessoais e se tornam escopos familiares.

Tudo isso só é possível no verdadeiro encontro com “o outro”.  Hoje, durante as minhas leituras diárias, encontrei uma frase que define muito bem a potência dessa experiência: “No encontro com o outro, o olhar se abre em direção a uma verdade maior até do que nós mesmos”.

Refletindo sobre a frase acima, pude redescobrir a beleza de ter me casado “jovem”. É difícil explicar a alegria de construir a própria história junto da pessoa que a gente mais ama. Nessa “relação-encontro” mesmo o passado é redimensionado e nos leva, inegavelmente, a tal “verdade maior que nós mesmos”.

O grande aprendizado do ultimo mês, fruto da comunhão que o casamento promove, foi entender a importância de sempre valorizar as dificuldades, considerando-as etapa fundamental do processo de amadurecimento. Não é um conceito novo, mas uma experiência nova, porque vivida “em família”. Assim, é possível sermos felizes com pequenas coisas, vitórias, gestos, como o mais singelo sorriso.

Vivendo desta maneira encontramos a força para enxergar a beleza da vida, “encoberta de cinzas” pelo ativismo funcionalista que, quase sempre, promove o esquecimento de si mesmo e de quem está ao nosso lado. Contudo, nada disso seria possível sem o outro, essencialmente diferente, profundamente misterioso e fundamentalmente fantástico.