cultural differences

Muitas pessoas acreditam que o Amor é capaz de equilibrar as diferenças. Por ter vivido (e viver em família) experiências significativas a esse respeito, posso afirmar, com certeza, que é uma crença verdadeira.

Contudo, por mais potente que possa ser, o Amor não anula as diferenças, não as supera. Em uma relação verdadeira, transparente, com qualquer “outro”, continuamos sempre os mesmos, com traumas, caráteres, experiências e, principalmente: somos frutos da nossa cultura natal.

Na verdade, o Amor nos ajuda a superar nós mesmos… nossos limites pessoais, esquemas psicológicos que, tantas vezes, nos bloqueiam, nos afastam do “outro”, profundamente diferente.

Descobrir isso, o quanto antes, em uma relação é talvez o aspecto mais importante, principalmente quando ela é transcontinental. As diferenças, nesse caso, são abissais, pois a distância geográfica (que pode ser aplicada também entre as regiões do Brasil) produzem dinâmicas culturais muito variadas, contrastantes, que, na vida cotidiana, podem naturalmente gerar problemas.

Assim, é recomendado TEMER AS DIFERENÇAS. Um temor positivo, um respeito delicado, pois elas aparecem aos poucos, criam impasses que nem sempre são superáveis imediatamente, por isso é fundamental ter paciência.

Esse temor também nos ajuda a ser realistas. Caso o “outro” não esteja disposto a mergulhar na difícil e aventurosa jornada da “inculturação” isso, com certeza, é um mau sinal. Claro que, por outro lado, nem sempre estamos prontos no momento em que somos exigidos. Às vezes fracassamos por falta de força, preparação ou coragem. Contudo as oportunidades de viver essa experiência reaparecem,  principalmente se o relacionamento persevera