Month: May 2013 Page 1 of 4

Critérios para aceitação de “amigo do Facebook”

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Devido ao fato de que o meu Facebook é usado, acima de tudo, por motivos pessoais e onde eu coloco fotos e posts privados, decidi criar um critério para aceitação de pedidos de amizade nesta rede social.

Todos os contatos primários são imediatamente aceitos. Os secundários, porém, seguem a média das avaliações por distância geográfica e por contato direto. Aqueles que tiverem média igual o maior a três serão também aceitos, os demais, não.

Dessa forma, acredito poder investir meu tempo, particularmente, cultivando relacionamentos que já existem e não simplesmente vivendo-os de maneira impessoal/virtual.

Caso alguém queira, por outros motivos, justificar um pedido de autorização que não se encaixa nos critérios apresentados, por favor, mande-me uma mensagem pessoal.

Grato,

Valter Hugo Muniz

Tipos de contato:

Contatos primários:

Contatos secundários:

  • Família
  • Família em comum com a esposa
  • Amigos de sempre = grandes amigos em comum
  • Amigos de sempre (da esposa) = grandes amigos em comum
  • Amigos escola
  • Amigos da esposa
  • Amigos de amigos
  • Amigos faculdade
  • Amigos mestrado
  • Amigos trabalhos
  • Amigos de viagens
  • Amigos dos Focolares
  • Outros

Tipos de avaliação (contatos secundários):

Avaliação por proximidade física

Frequência de contato direto

1: Encontro imprevisto2: Encontro anual3: Encontro trimestral4: Encontro mensal5: Encontro diário 1: Nunca vi ou não tenho nenhum contato direto há mais de três anos2: Tive contato há mais de dois e menos de três anos3: Tive contato há menos de um ano4: Tive contanto no último trimestre5: Contato mensal

Obs: A avaliação é revista anualmente.

Cúmplices do genocídio africano

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Vou explicar porque acho que somos cúmplices do genocídio africano:

Experimente encontrar na internet, fazendo uma “busca google” mesmo, notícias sobre a Serra Leoa. Você irá perceber que o país da África Ocidental é pouco mencionado pela mídia internacional.

Os motivos e interesses são muitos e, um deles, é possível descobrir assistindo ao fantástico filme estrelado por Leonardo di Caprio, Blood Diamond (Diamante de Sangue, em português).

No país africano, na década de 90, Danny Archer (mercenário sul-africano) e o pescador Solomon Vandy, apesar de terem nascido no mesmo continente, têm histórias completamente diferentes. Eles se encontram por conta da busca de um raro diamante cor-de-rosa, encontrado em Serra Leoa e, a partir de então, as suas vidas nunca mais serão as mesmas.

A base econômica de Serra Leoa ainda é a mineração, especialmente diamantes. A riqueza que satisfaz o luxo de milionários no Norte do planeta, contudo, não se converte em resolução à triste situação socioeconômica do país que, apesar da vasta riqueza natural, tem 70% de sua população vivendo na extrema pobreza.

Eu, particularmente, respeito a indústria cinematográfica que se preocupa somente em entreter, mas acredito que o cinema precisa ter sempre um viés de engajamento, de denúncia, visando o despertar das consciências, principalmente no que diz respeito ao consumo de artigos produzidos por meio da exploração da miséria dos mais “fracos”.

Blood Diamond” faz referencia à Guerra Civil de Serra Leoa, que durou 11 anos, de 1991 à 2002, e contabilizou dezenas de milhares de pessoas mortas e mais de um terço da população de refugiados. O conflito no país africano tornou-se conhecido internacionalmente pelos massacres, amputações de membros, uso massivo de crianças-soldado e, sobretudo, pelo tráfico de diamantes, como método de financiamento das forças rebeldes.

Em outro filme, “O Senhor das Armas”, Yuri Orlov (interpretado por Nicolas Cage) vende armas às milícias durante a Guerra Civil de Serra Leoa. Já no universo literário, o livro do jovem Ismael Beah, “Muito longe de casa: memórias de um menino-soldado”, conta a sua comovente história na Guerra Civil do país.

Diante da tragédia em Serra Leoa, uma consequência positiva foi Processo de Kimberley (Kimberley Process Certification Scheme), criado em 2003 (um ano após o fim do conflito), e que visa certificar a origem de diamantes, a fim de evitar a compra de pedras originárias (e financiadoras) de áreas de conflito.

Quando o mal é justificável

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Uma manhã como todas as outras. Difícil de levantar por conta do frio. Tomar banho, um cafezinho, escovar os dentes, beijo na esposa e já estou pronto para mais um dia de trabalho.

Contudo, hoje, nem tudo ocorreu de maneira pacífica. No caminho para o metrô, um grupo de pessoas olhando atentamente um senhor de idade, correndo atrás de um homem, segurando um pedaço de pau na mão, gritando, por motivos a mim desconhecidos, mas que me causaram evidente estranhamento.

Já no metrô, “ensardinhado”, duas mulheres, uma jovem e uma idosa, deferindo ofensas recíprocas porque uma empurrou, a outra não pediu licença e transformando o silêncio paulistano em um clima hostil. Como é possível que alguém não aceite ser empurrado em um metrô superlotado? É preciso aprender a arte de ser “conduzido pela massa” sem achar que o motivo dos “empurradores” sejam pessoais.

Há uma semana venho acompanhando pela mídia os inúmeros e, aparentemente, frequentes casos de violência banal cotidiana. Não a violência presenciada hoje, na rua, no metrô, mas aquela capaz de tirar vidas, por um celular, pelo incômodo do barulho, por 30 reais…

A barbárie crescente, para mim, não é surpresa. Somos constantemente violentados pelo Estado, pela lógica “Capitalista” da exploração e, assim, é impossível que a violência não se dissemine socialmente. Mas, o que antes era aceitação do “rebanho humano”, hoje é cada vez mais reação coletiva violenta. Socar, esfaquear, assassinar é um mal que se justifica, que exprime a revolta dos explorados. Será?

As justificativas em relação a violência podem ser muitas. Históricas, sociais, psicológicas… até mesmo a união entre duas ou três dessas, mas o que vale, ou parece que vale, em meio a barbárie, é aprender a olhar humanamente quem está ao nosso lado.

Tanto o mal, quanto o bem, tem uma capacidade de difusão surpreendente e, ambos, se plasmam nas nossas atitudes, na nossa cotidiana capacidade de amar, tolerar (que não é acomodar-se) o contexto em que estamos inseridos.

Ontologia do cônjugue

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O amor se desdobra em infinitos sorrisos. Pensar dessa forma me ajuda a perceber o bom das duas coisas: amar (e ser amado) e receber (e dar) um sorriso. É o que chamo de ontologia do cônjugue.

Essas duas (ou quatro) experiências, contudo, só são possíveis por meio de um encontro verdadeiro com o “outro”.  Mas, é um encontro dialógico e não dialético, que leva à uma síntese que não é fruto da destruição do mais fraco, mas da partilha.

Explico.

Por muito tempo pensei ter habilidades suficientes para lidar com o tal “outro”. O encontro com alguém, essencialmente diferente, mas com a mesma dignidade e direitos, nunca tinha sido um verdadeiro problema. E olha que já convivi com pessoas de todas as regiões do Brasil e de muitos países do mundo…

Só que essa concepção de “outro” mudou muito com o casamento e, principalmente, tem me feito perceber que nas outras relações construídas existia uma certa distância respeitosa, que fazia com que o encontro fosse menos “verdadeiro”, isto é, menos Encontro.

Contudo, no casamento, isso não é mais possível. A vida com “o outro” é fundamentalmente interligada, plasmada. A magia, ou o mistério, dessa experiência opera uma revolução interior, um mergulho em um mundo novo, completamente desconhecido, maravilhoso e, proporcionalmente, amedrontador.

Aquele “outro”, essencialmente diferente, na sua história, descobertas, experiências traumáticas, cultura, agora é uma parte de você. E parece que nós, seres humanos, temos mania de querer esconder, descartar, ignorar, aquilo que não é muito bonito em nós. Quando, porém, a dificuldade ou aquilo que não gostamos está no cônjuge muda-se fundamentalmente a dinâmica.

No casamento a aceitação paciente do outro é um processo “necessário” (entre aspas, porque, na verdade, somos SEMPRE livres) que se renova infinitamente. Aceitar o “outro”, casado, é enfrentar corajosamente os nossos limites mais profundos, sem nenhuma possibilidade de “fuga”, de distância respeitosa. Optar pela omissão, o descaso, o silêncio, é sacrificar o valor da união, dar-se por vencido neste imenso desafio.  Por isso, estar imerso nessa difícil dinâmica relacional me faz redescobrir o porquê de ter casado na Igreja, isto é, do valor religioso do casamento.

Existem momentos em uma relação em que a dificuldade do “outro” (nossa com ele e dele conosco) vai além das nossas capacidades humanas. É justamente neles que a “graça” do Sacramento nos ajuda a perceber que, construir uma família, é um caminho feito “à três”. As dificuldades existem, são grandes, dolorosas, mas servem para purificar o significado do amor e são sempre sustentadas pelo amor de Deus.

Diante disso, redescobrir a seriedade de amar e a graça (divina) que recebemos para superar a falta de amor (humana), causam a mesma sensação de plenitude ao receber um sorriso do “alvo” do nosso amor. Não é sinônimo de sucesso, conclusão definitiva, mas é a certeza (momentânea)  de estar caminhando, de modo certeiro, para fazer o “outro” verdadeiramente feliz.

A Liberdade de Expressão não é um valor absoluto

Apress

A liberdade de expressão é sempre um assunto polêmico no mundo dos comunicadores. A afirmação que intitula esse comentário vem de um PODCAST da CBN, em que o escritor e jornalista, Carlos Heitor Cony, explana a respeito da crise política nos EUA.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi acusado de autorizar escutas telefônicas de mais de vinte linhas usadas por repórteres e editores da agência de notícias The Associated Press. Enquanto o governo se defende afirmando investigar o vazamento de informações oficiais sigilosas, priorizando a Segurança Nacional, a Associated Press  acusa governo dos EUA de violar sigilo de jornalistas, uma conquista histórica importantíssima.

Essas discussões a respeito da liberdade de imprensa só são possíveis quando falamos de comunicação dentro de um regime democrático, pois ela não é um valor fundamental em sociedades hierarquizadas e desiguais. Segundo Dominique Wolton, “A comunicação assume seu lugar normativo, (ou seja de troca, partilha) ao passar de uma sociedade fechada a uma sociedade aberta. Para o pensador francês “comunicar é ser livre, mas é, sobretudo, reconhecer o outro como seu igual”.

A comunicação, como “ação” de partilha envolve, na sua essência, os valores promovidos pela Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade), pilares da democracia moderna.  Contudo, e aqui voltamos para o inicio deste comentário, a liberdade (de expressão) é um principio importante que atua juntamente com a igualdade e, principalmente, a fraternidade. A Liberdade de Expressão, afirmou Cony na CBN, “não é um valor absoluto que passa por todos os valores. É preciso que exista equilíbrio”.

Wolton afirma que “a comunicação é inseparável da dupla aspiração que caracteriza a nossa sociedade: a liberdade e a igualdade”. Ambas, eu acrescentaria, existem dentro de uma dinâmica relacional fraterna, para que qualquer informação (noticiosa ou não) seja um bem, sobretudo, para a sociedade como um todo.

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