Eu e Flávia com uma família espanhola amiga, em Genebra

Há uma semana em Genebra, só agora eu finalmente me sinto plenamente aqui.

Em Loppiano, pequeno “distrito” de Incisa Val d’Arno, cidade há 40 minutos de trem de Florença, vivemos meses difíceis por conta das exigências de estudo, mas principalmente na gestão dos problemas e desafios de adaptação com os estudantes do novo ano acadêmico.

No Istituto Universitario Sophia, além das muitas matérias e do exigente estudo, vivemos (os garotos) em uma residência estudantil. Somos 17 de 9 países diferentes (Brasil – S.Paulo, Salto, Rio de Janeiro, Belém e Manaus – Congo, Burundi, Cuba, Filipinas, Rep. Tcheca, França, Egito, Itália) e temos que rapidamente encontrar um modelo “standard” de convivência que considere toda essa diferença cultural.

No ano passado essa fase foi muito menos traumática, não pela ausência de diversidade, mas provavelmente pela disposição de quem chegava e quem já estava em casa.

Desta forma, os primeiros meses do ano acadêmico 2011-2012 foram repletos de conflitos, dificuldades pessoais, motivo pelo qual cheguei exausto na minha amada Suíça da minha “suíça amada”.

Interessante perceber a necessidade de  um processo de “purificação”. Dentro de mim existia uma tensão estranha, um cansaço que me bloqueava e que só agora vejo diminuído, com ajuda e a compreensão da Flávia e na possibilidade de encontrar outras pessoas.

Outro desafio que tive de enfrentar foi para conseguir dormir bem em Loppiano! Por um mês convivi com com um colega de quarto que tem algum tipo de doença respiratória que o faz roncar muito. Muito mesmo! Procurei ser agradável o quanto pude, coloquei tampão nos ouvidos, mas foi um período complicado.

Bem… mas apesar das tantas dificuldades, esse período (como tudo na vida) passou… neste momento estou na biblioteca da Universidade de Genebra lendo um livro de antropologia filosófica “O Problema do Homem” de Gevaert, muito bom…

Depois, em geral, estou teantando fazer tudo com calma, descansar e aproveitar a presença da Flávia.

Logo logo é o momento de escrever o anuário de 2011, ano com certeza mais importante da minha vida, de decisões e passos sonhados por tanto tempo e uma alegria fundamental. Mas até lá tenho muito trabalho pela frente.