Month: December 2011 Page 1 of 2

2011: O ano do grande advento

Começar o anuário de 2011 parece me obrigar a fazer um exercício que nunca foi necessário nos outros 12 anos de “resumo” daquilo que mais ficou dentro de mim olhando para os fatos do ano que passou. Para facilitar divido em 2 blocos: fatos e lições de vida.

Em “fatos” tantos momentos especiais marcaram o ano. Encontros maravilhosos que me fizeram novamente perceber a importância dos relacionamentos no processo de construção da minha identidade.

Imediatamente dois acontecimentos específicos permaneceram em mim até hoje, advento do novo ano que começa: o Encontro para Casais (Março) e a viagem de férias no Brasil (Julho e Agosto).

Enquanto o primeiro permitiu a mim e a Flavia mensurar em que ponto estávamos como casal, o segundo foi definitivo e essencial para o passo que resolvemos dar às nossas vidas em 2012: o nosso casamento.

No Brasil os nossos mundo se encontraram de modo novo, menos romântico e mais real e profundo. Lá, durante um passeio desinteressado “iluminaram-se” as possibilidades concretas da nossa vida à dois, que já estamos costruindo, ma que terá no próximo ano a sua plena realização.

Contudo, 2011 foi também um ano cheio de lições de vida. A mais importante foi entender que a minha realização está na tríade que engloba: 1) A descoberta pessoal de quem sou (identidade), 2) Com a presença do próximo (igual em dignidade e completamente diferente, Outro) como componente de construção da identidade comum e coletiva e 3) A relação com o mistério. Este último define tanto o limite de qualquer absolutização de uma única identidade como a presença de uma “autorictas” que preserva uma identidade em comum, que se descobre na relação com o outro.

Dessa forma, nos realizamos descobrindo quem somos (por meio do “intelecto”), no relacionamento com os outros (nas três dimensões do amor: philia, àgape e eros) e na descoberta da dimensão Divina, Misteriosa, que guarda a nossa identidade pessoal e coletiva.

Essa importante lição de vida se articula, imediatamente, com um outra: o limite pessoal como convite à uma relação de “amor recíproco”.

Com as experiências desse ano, descobri que em um relacionamento é possível por um momento sustentar a impossibilidade de amar “do outro”, mas se essa situação se prolonga por muito tepo, a relação quase sempre se torna um peso. Por isso, é necessário que ambos, amado e amante, se alternem, sendo que esse amor não envolve uma mesma quantidade, mas uma igualdade de intenção no amor.

2012 será, sem dúvidas, o ano mais aguardado e importante da minha vida e espero vivê-lo com a mesma radicalidade, alegria e liberdade que procurei viver em 2011

Um Natal de encontros (pra encenar)

Música 1Acordei com a trilha sonora natalina “modernizada” por um dos meu cantores preferidos da atualidade “Michael Bublé”.
Finalmente chegamos às vésperas do dia mais importante do ano.
Movo as cortinas e no jardim coberto de neve sinto o calor, provavelmente carente do lado de fora, iluminar meu sorriso. Uma alegria forte me faz vislumbrar o Aniversariante em um dos seus aspectos mais perceptíveis e, talvez hoje, mais ignorados: na auteridade.
Encontrar o Menino Jesus em outros seres humanos, iguais a mim em dignidade parece tão fácil, mas ao mesmo tempo pode ser pouco cristão se se limita a isso.  Esse Deus que se manifesta nos iguais a mim eu nem sempre consigo enxergar nas coisas, na natureza, naqueles “irmãos” desconhecidos, distantes, no Outro que me machuca porque é diferente, nem sempre porquê é mau.
Sim, para mim o recém-nascido é alguém próximo, que gosto e me faz feliz.
(…)
Passados os primeiros lapsos filosóficos comuns antes do Natal decido me levantar, pois sei que minha mãe precisa de ajuda para preparar a ceia, comprar verduras… que alegria, finalmente o Natal.

Música 2

“No silêncio encontro a mim mesmo,
Calo-me e tento isolar as interferências do mundo…
e quanto mais vazio me sinto, mais Luz vislumbro.
Fonte de Sabedoria, purifica meu coração turbado
Dissolve desejos e sonhos vãos
Faz-me rencontrar o silêncio interior.
Com a ajuda de Budha, estimável guia ao Nirvana.
Procuro-te intensamente oh Luz divina.
E sei que pode estar aonde não vejo
te quero para reaver o que havia perdido
Mostra-te Luz do Mundo.
sei que estás no sorriso do modesto Deus-menino.

Música 3

Toca o despertador…
_ Ah não, atrasado de novo pro trabalho?
O jovem levanta e corre pro banho.
Em 10 minutos está pronto, pega uma fruta e sai correndo.
Olhando ao redor ele é surpreendido por um misterioso silêncio. Poucas pessoas na rua o fazem perceber que hoje realmente não é um dia comum.
Decide então entrar em um pequeno mercado para comprar algo pra comer e aproveitar para perguntar a alguém o porquê da cidade hoje estar deserta.Chegando no mercado ele encontra uma jovem escolhendo verduras.
_ Bom dia – diz.
Assustada e com olhar suspeitoso a garota responde com um sorriso “a là” Monalisa.
_ Você sabe que dia é hoje? – emenda o garoto.
Depois de esperar alguns segundos e ainda se sentindo invadida ela sussurra: Véspera de Natal.
_ Uff droga, eu sabia que tinha uma boa explicação para essa cidade morta. Hoje eu não trabalho – resmunga alto o jovem.
_ Ninguém trabalha às vésperas do Natal, ao menos àqueles que têm família. – deixa escapar a garota.
Familia…
Há muitos anos aquele jovem não via os seus pais, que viviam do outro lado do país. Tinha se mudado para a grande cidade em busca de novas oportunidades, um bom trabalho e desde então parecia que ele havia perdido os laços com as suas origens.
_ Bom dia senhor Wapeekang, para você hoje é também dia de festa? – pergunta o sorridente segurança do mercado ao velhinho que acabava de entrar.
_ Certamente meu jovem. Nós comemoramos o Natal, mas a nossa festa não tem um significado religioso, mas é sobretudo um momento de meditação de abertura á Luz: um exercício difícil se nos deixamos influenciar pelas “interferências mundanas” – explica.
Ouvindo à distâncias as palavras sábias do velhinho budista, os dois jovens se olharam e sorriram, fazendo com que aquela distância inicial se dissipasse, e o calor natalino tocasse os seus corações.
Despediram-se e no caminho para casa o jovem, depois de tanto tempo, pensou no significado do Natal para ele. Pessoalmente entendeu que essa Grande Festa parecia um convite à “escuta”, pois o Festejado do dia se manifesta em diversas maneiras no mundo de hoje… do contemplar o universo, o diferente, ao abrir-se ao Divino, e principlamente no redescobrir o significado da Família, que muitas vezes ele havia esquecido estando imerso em uma sociedade individualista, consumista.
O bom é que Natal é tempo de recomeço… reencontro da própria identidade, que se desenvolve, permanecendo profundamente a mesma.

[vidaloka] Depois da tempestade a calmaria

Eu e Flávia com uma família espanhola amiga, em Genebra

Há uma semana em Genebra, só agora eu finalmente me sinto plenamente aqui.

Em Loppiano, pequeno “distrito” de Incisa Val d’Arno, cidade há 40 minutos de trem de Florença, vivemos meses difíceis por conta das exigências de estudo, mas principalmente na gestão dos problemas e desafios de adaptação com os estudantes do novo ano acadêmico.

No Istituto Universitario Sophia, além das muitas matérias e do exigente estudo, vivemos (os garotos) em uma residência estudantil. Somos 17 de 9 países diferentes (Brasil – S.Paulo, Salto, Rio de Janeiro, Belém e Manaus – Congo, Burundi, Cuba, Filipinas, Rep. Tcheca, França, Egito, Itália) e temos que rapidamente encontrar um modelo “standard” de convivência que considere toda essa diferença cultural.

No ano passado essa fase foi muito menos traumática, não pela ausência de diversidade, mas provavelmente pela disposição de quem chegava e quem já estava em casa.

Desta forma, os primeiros meses do ano acadêmico 2011-2012 foram repletos de conflitos, dificuldades pessoais, motivo pelo qual cheguei exausto na minha amada Suíça da minha “suíça amada”.

Interessante perceber a necessidade de  um processo de “purificação”. Dentro de mim existia uma tensão estranha, um cansaço que me bloqueava e que só agora vejo diminuído, com ajuda e a compreensão da Flávia e na possibilidade de encontrar outras pessoas.

Outro desafio que tive de enfrentar foi para conseguir dormir bem em Loppiano! Por um mês convivi com com um colega de quarto que tem algum tipo de doença respiratória que o faz roncar muito. Muito mesmo! Procurei ser agradável o quanto pude, coloquei tampão nos ouvidos, mas foi um período complicado.

Bem… mas apesar das tantas dificuldades, esse período (como tudo na vida) passou… neste momento estou na biblioteca da Universidade de Genebra lendo um livro de antropologia filosófica “O Problema do Homem” de Gevaert, muito bom…

Depois, em geral, estou teantando fazer tudo com calma, descansar e aproveitar a presença da Flávia.

Logo logo é o momento de escrever o anuário de 2011, ano com certeza mais importante da minha vida, de decisões e passos sonhados por tanto tempo e uma alegria fundamental. Mas até lá tenho muito trabalho pela frente.

Io, l’altro e l’Amore (riflessioni sulla prassi delle relazioni)

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L’altro è sempre quel meraviglioso “custode” della mia identità.

Questa frase sentita nel corso di ‘Ontologia della persona’ (uno di quei più interessanti all’Istituto Sophia) mi ha fatto riscoprire una delle tre dimensioni ontologiche dell’amore, raccolte nel modello trinitario, che sussiste nella Vita.

La presenza del prossimo dovrebbe, sempre, ridimensionare la nostra esistenza, capovolgendola pero senza farla perdere l’essenza… cambiare rimanendo se stessa (R.Guardini – Opposizione polare).

Quest’aspetto io, concretamente, posso sperimentare nel rapporto “di coppia” dove, dopo quasi due anni, l’amore acquista nuovi volti, colorati da altri colori, ma che poi è un continuo richiamo all’Amore fondamentale (Agape) che ci ha fatto incontrare per la prima volta quasi otto anni fa e che poi ci serve di guida, in questo nuovo “stato”, per rincontrarci quando siamo distanti (fisico o spiritualmente).

La bellezza dello scoprire l’altro come custode e “soggetto ridimensionante” della mia identità e la possibilità di capire tutto questo con “l’intelletto” (nel senso platonico, di passaggio della dianoia a nous) mi aiuta dopo a contemplare la presenza Vera di Dio nella mia vita – un’altra dimensione trinitaria di essa – e sentire una felicità grande, forte, risposta a ogni dubbio, ogni silenzio.

In seguito mi vedo trasportato a un secondo passo: vedere che la felicità (come scoperta della mia identità relazionale) sta anzitutto nell’amare, considerando poi la reciprocità (perfezione dell’amore) come dono che avviene dalla libertà dell’amato, cioè, seconda tappa dell’amore che dovrebbe essere a priori gratuito.

Questo ragionamento mi aiuta a costruire i fondamenti delle mie azioni e stupirmi della grazia di poter studiare a Sophia, dove ogni risposta (concettuale) personale alle domande interiori può servire di camino, risposta, alle domande culturali del mondo contemporaneo.

L’amore trinitario diventa in me quel Amore che si svolge nel mistero, attraverso il rapporto con il prossimo e dentro di noi, da individui.. Amore infinitamente dinamico, come la dialettica, parimente conflittuale, pero senza essere distruttivo. Perché se l’Amore non diventa vero incontro “identitario” (tra custode e custodito) non è possibile riconoscerci fratelli, uguali in dignità, ma distinti nei percorsi scelti verso la Felicità.

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