Month: July 2011

Metà del viaggio

Feste, cibo, riposo, incontri con gli amici, la famiglia e sono già passate tre settimane di Brasile, metà del viaggio.

Interessante come ogni secondo vissuto ci impone la scelta binaria di: approfittare (1) o non approfittare (0) ogni cosa? e con Flavia, cerchiamo di “sommare” queste opportunità di non soltanto “stare” nel posto che sono nato, con le persone che mi hanno accompagnato tutta la vita, ma di “vivere” intensamente queste realtà con lo scopo di conoscerci sempre più in profondità.

Mi sembra che quest’ultima settimana sia stata caratterizzata dalla intensa convivenza fra noi e la mia famiglia. Difficile è stato però capire che questo processo è davvero duro, pieno di sfide, “morti”, ma è anche questo il momento da vivere queste cose. È nel fidanzamento che abbiamo la grazia di conoscerci nella libertà, nella gioia di un impegno definitivo non ancora assunto (formalmente).

Quello che mi è rimasto da questi giorni è stata, di nuovo, la gioia immensa di un amore sempre più grande, intenso, che tocca il cuore e perciò solo può venire dall’Assoluto ed avvenire in Esso.

Bello rendermi conto di una sensibile felicità quotidiana. Sentimento così nuovo, così fantastico, che dà innanzitutto significato a ogni difficoltà.

Domani partiamo per cinque giorni da Gabrão e Camila a Curitiba. Felicità indescrivibile di trovare questo fratello con Flavia e poter passare un po’ di tempo insieme.

Homenagem ao noivado de Carol e Fausto: Pilares do casamento e o sustento comunitário

O passar dos anos evidencia em uma família a sua vocação de estar sempre crescendo e assim “transmitir” ás gerações sucessivas, o grande privilégio de viver e poder encontrar-se pessoalmente com a almejada felicidade.

Só que um elemento imprescindível para o crescimento de uma família é a necessária união entre duas pessoas que, atraídas pelo amor recíproco, desejam encontrar essa felicidade juntas.

Porém, até ter certeza que é esse o caminho, essa é a pessoa, passam-se anos de um “fadigoso” auto-conhecimento e conhecimento do outro. Inúmeros encontros, reencontros e desencontros, processo de criação colaborativa que define o futuro dos dois amantes.

Todas as conquistas desse período são, sobretudo, etapas da preparação para o verdadeiro desafio que é a vida a dois.

Nós, muitas vezes, impulsionados pelo amor-sentimento, esquecemos que viver plenamente o “até que a morte os separe” envolve também outros dois pilares que vão além da simples vontade de ser feliz “pra sempre” acompanhado.

O primeiro desses pilares é o amor que é compromisso social, onde, formando uma célula comunitária nos tornamos partícipes da composição orgânica da sociedade. O filósofo grego Aristóteles afirmava que a família é a comunidade política fundamental, onde se fundam e são vividos os laços sociais de fraternidade que depois são reafirmados entre os vizinhos até chegar a polis, cidade.

Vemos que hoje a humanidade vive uma forte crise de valores que descaracterizou e quase exterminou a “instituição” família. Desta forma, sustentar a convivência familiar é permitir que muitos dos valores positivos sobrevivam também no contexto social.

O segundo pilar que evidencia a importância da união entre duas pessoas tem a sua origem no livro dos Gênesis. “E Deus criou o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gn 27). Esse homem criado a Sua imagem e semelhança, é homem e é mulher, é humanidade.

Através do estudo antropológico dessa história, que se assemelha a outros diferentes contos mitológicos da antiguidade, é possível perceber que, acima de tudo, a união entre homem e mulher é constitutiva da humanidade.

Esse texto, divinamente inspirado e revelado na bíblia, mostra que a união entre um homem e uma mulher é a realização plena, é encarnação do amor divino, que se exprime desde o início e que continua a ecoar na sociedade, sempre que novas uniões “no nome Dele” se repetem, quando um novo sacramento do matrimônio é celebrado.

Então, casar passa a ser também co-criação, manifestação do divino no humano. É possibilidade de levar Deus – amor as pessoas, e ser a verdadeira divina humanidade.

Além desses dois pilares, social e divino, existem um outro, tão imprescindível como os demais, mas que optei por citar por último, pelo seu aspecto claro, evidente, sensível: o amor erótico.

Esse sentimento fundamental nos faz amar exclusivamente uma única pessoa e encontrar nela uma realização que se manifesta de forma única, gerando o desejo de uma fusão completa.

Porém a sua natureza, exclusiva e não universal, se não é vivida juntamente com outros dois pilares constitutivos da vida “à dois”, pode se tornar a mais egoísta forma de amor que existe.

Amor social, amor vocacional, amor exclusivo. São os meus votos para o presente, meus votos para o futuro de vocês dois.

 

Antes de concluir essa reflexão, gostaria de ressaltar a importância da comunidade para a sobrevivência e a fidelidade aos votos que uma nova família faz.

Para mim, o noivado, é a festa comunitária que celebra a vontade de dois jovens que juntos decidiram percorrer os últimos passos que levam ao SIM definitivo.

O que as vezes é difícil de entender é admitir é que nenhum casal é capaz de sustentar esse SIM sozinho. Sem a comunidade um relacionamento não sobrevive por muito tempo, não consegue viver plenamente todas as dimensões “matrimoniais” necessárias.

Por isso, é responsabilidade da comunidade, sobretudo das famílias, apoiar, ajudar, orientar, na Verdade, o que os dois filhos decidiram. Da mesma forma é imprescindível que eles escutem, valorizem e acolham os conselhos das famílias.

Eu, nós, pessoalmente, estarei fisicamente longe mas, com a Flavia, antes de tudo quero agradecer a Deus e aos noivos de poder estar presente nesse momento especial para eles e para as nossas famílias; depois me comprometo a viver, rezar e oferecer cada alegria, cada desafio, dor, por essa preparação ao casamento.

Tenho a profunda convicção de que, se vocês procurarem viver, já agora, respeitando todos os aspectos que procurei descrever, tanto o presente, quanto o futuro de vocês será testemunho e manifestação plena do amor de Deus por vocês.

Tamo junto!

 

[vidaloka] Back to Brazil – Parte 2

A segunda semana na minha terra natal foi marcada por reencontros maravilhosos, mais descanso e uma conversa decisiva. (Depois que a minha mala chegou de Milão a vida ficou menos complicada por aqui).

São Paulo propões inúmeras atividades, compromissos, mas é legal estar aqui sem ter preocupações que estejam além do objetivo de viver, sobretudo, com a minha família.

Porém é claro que, depois da primeira semana de “festa”, a vida em casa entra em uma normalidade gostosa, mas que abre portas para pequenos conflitos, diferenças, criadas pela distância e ausência anterior. (contornadas pelo desejo maior de estarmos “juntos”)

Um aposto interessante desses últimos dias foi assistir ao fabuloso filme “Kong Fu Panda 2” da Dreamworks no cinema. Excelente para quem quer relaxar, rir e se maravilhar com a indústria de filmes “infantis”, espaço de desenvolvimento estético e da criatividade, sobretudo no âmbito das animações 3D.

Porém, sem dúvidas, o momento mais especial desde a minha chegada no Brasil foi reencontrar os “pilares” da minha edificação como pessoa. Meus grandes amigos que durante mais de uma década estiveram comigo, acompanhando com amor e paciência, e que contribuíram diretamente no meu crescimento “centrípeto” e “centrífugo”.

Essa experiência com a Ká e o Bacanão, o Beiço e a Elaine, o Ferrr e a Marina, pareceu abrir meu coração de um modo novo, me ajudou a entender os caminhos propostos para um novo passo, uma nova fase da vida que está para se consolidar.

Dessa forma eu e a Flavia tivemos uma histórica conversa sobre o nosso futuro, construída com naturalidade e serenidade, mas que, pela prima vez, nos fez “ver” o que nos espera (alegrias e desafios) e o que queremos daqui pra frente. Bendito 9 de julho, um dia após celebrarmos nossos 17 meses juntos.

É gostoso demais estar em casa principalmente tendo a sensação de que realmente estivemos unidos, mesmo distantes fisicamente. Parece que estou aqui há meses e isso confirma para mim a importância ontológica de viver “juntos” cada coisa. De manter contato, enviando notícias, partilhando descobertas.

Não existe riqueza maior que Deus, que se manifesta cotidianamente nas nossas vidas através dos nossos relacionamentos. Mas o “drama” da liberdade nos permite viver com mais ou menos intensidade essa realidade.

Prima settimana in Brasile

Stare a casa dopo più di un anno di vita europea è piuttosto scoprire che ci sono delle realtà che rimangono oltre la distanza: la famiglia, soprattutto.

Nella mia prima settimana di Brasile sono stato costretto a rimanere a casa quasi tutto il tempo, nella dura attesa della mia valigia con i vestiti che è rimasta a Milano (ho scoperto ieri) e che spero arrivi nei prossimi giorni.

Comunque è stata anche un’esperienza importante “di fede”. Non capivo il perché  una cosa così semplice avrebbe potuto rovinare la mia prima settimana a casa. Dentro però c’era una spinta naturale ad andare oltre, cercare di stare aperto a piani del Signore del Cosmo che non me l’avrei aspettato.

Quindi, durante il rito domenicale cristiano (in cui già da ormai tanto tempo mi vedo “incarnato” nell’esperienza d’insicurezza degli apostoli dopo la morte del Messia, attesa di quella parusia che non si è ancora compiuta), nel tentativo di dialogo pericoretico, dopo la comunione, chiedevo la mia valigia, assumendo il mio essere miserabile, ma fiero della Sua misericordia, che sana e porta alla felicità Vera.

Ma lì, mi rendevo conto della meraviglia che è sentire Dio attraverso l’amore del prossimo (soprattutto una “prossima” specifica). Capivo che non posso essere mischino e voler “sentire” ancor qualcosa in più. L’amore c’è e si manifesta colorato nella mia vita in diverse tonalità. Difficile è poi imparare a vedere con gli occhi interiori.

Insomma, dopo la messa, in una chiamata telefonica all’Iberia (che non raccomando a nessuno) hanno finalmente trovato la mia valigia. Sembrava una risposta concreta e immediata, un’esperienza necessaria affinché io, di nuovo, mi accorgessi che ci si cammina sempre INSIEME a Lui. Un segno chiaro per le decisioni che io e Flavia vogliamo prendere per la nostra vita.

È MERAVIGLIOSO essere a casa, sentire quell’appartenere che costituisce ogni persona e che ora condivido con lei, non sono più “solo” io. Esperienza di comunione unica.

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