Month: May 2009 Page 2 of 3

Palmeiras

Ser parte da Família Palmeiras

Família Palmeiras
Já há muito tempo tenho que escutar de amigos curinthianos (sim, é possível conviver com a diferença em paz e harmonia) que torcida igual a do time deles não existe. Só que ele não sabe o que é fazer parte da família palmeiras.

Passei alguns dias refletindo sobre isso, também para entender o que é fazer parte desta torcida maravilhosa que é a do Palestra. Assim, no estádio do meu Palmeiras, no jogo contra o Sport, nas oitavas de finais da Libertadores, senti e descobri a diferença essencial de fazer parte da família palmeirense.

Com os curinthianos a diferença é clara. A torcida do time “sem estádio” apóia o time a todo momento, com cantoria geral e quase uníssona. É bonito de ver, mas na tal “favela” ou você é Loko ou não serve pra ser curinthiano. Assim temos um torcedor completamente estereotipado: fanático, chato, que usa raramente a razão (ao ponto de acreditar piamente que o campeonato piloto organizado pela FIFA vale um titulo mundial).

Ser Palmeirense é fazer parte de uma família. Esta é a origem do time. O Palestra Itália surgiu para unir os sofridos imigrantes italianos, para que eles conquistassem seu espaço dentro de uma sociedade em que eram marginalizados. Assim, desde o seu nascimento, o Palmeiras é um time de família. E o que isso significa?

Ser santista hoje provém de uma herança patriarcal. Só quem viu Pelé e seus companheiros jogar é que ainda torcem para o time. A torcida denominada JOVEM, na verdade é, no máximo, um clube para senhores da terceira idade.

No Palmeiras existem os loucos, que cantam o tempo todo, apóiam, vaiam e até brigam com o técnico e também existem os senhores, que viram o craque Ademir da Guia e a Academia, que tantas vezes desbancou o Santos de Pelé.

Torcedor do São Paulo é boy. Dificilmente você encontra um São Paulino na periferia, da mesma forma que é absurda a diferença da formação intelectual e a condição social de seus jogadores (Raí, Kaká e Leonardo são bons exemplos).

Ser Palmeirense cabe as duas realidades… tem Palmeirense rico e pobre. Em Perdizes e na Barra Funda, Pirituba.

Torcer para o Palmeiras é ir no jogo e encontrar com todo tipo de gente. Famílias, mulheres bonitas, crianças, manos, estudantes e tem até a Turma do Amendoim.

Isso é família! Com pessoas diferentes que são respeitadas e torcem cada uma da sua maneira. Isso é maravilhoso de ver, de sentir.

Nosso ídolos, como São Marcos, são aclamados por todos, não importa o time.

Isso me fez entender racionalmente o quanto é bom torcer pro meu Palmeiras. Para explicar para os indecisos que você pode escolher ser estereotipado ou ser você.

OOOOOOO!!! Vamos ganhar Porco!!! Vamos ganhar Porco!! Vamos ganhar Porcooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

29 dias no país do Tsunami – Parte 5: Time completo

Da esquerda para a direita: Leonardo, Patrick, Eugenio (cima), Giuseppe (baixo), Ago, Eu e Andrew

Da esquerda para a direita: Leonardo, Patrick, Eugenio (cima), Giuseppe (baixo), Ago, Eu e Andrew

Diário de Bordo – Grotaferrata – Castelos Romanos – Itália – julho de 2005

Aqui estamos as 15:15h na estação de trem de Frascatti em direção a maior aventura deste ano. Mas falta um pouco para sermos um time completo.

Somos 5: Ago, Andrew e Patrick, (dois jovens ingleses que Ago conheceu em uma de suas viagens à Inglaterra) e Leonardo (jovem Napolitano dos Focolares que estuda em Milão e que morou comigo por dois meses no Centro Mundial em Roma. Além deles, claro, eu.

Posso dizer que estou muito feliz com essa viagem. Ontem assistimos o vídeo do jovem Clement, francês que morreu (acho que doente) acreditando no Mundo Unido. Depois do vídeo eu disse aos ingleses que para mim essa viagem à Indonésia é uma grande oportunidade de me doar concretamente. Buscando acolher cada dificuldade.

A próxima parada é Roma – Termini.

(…)

São 19:40h. Depois de encontrarmos Giuseppe e Eugenio, dois jovens calabreses, seguimos até o aeroporto Fiumicino e agora já estou no avião.

É fantástico estar aqui. Adoro viajar de avião porque é a maneira que o ser humano encontrou de dimensionar aquilo que Deus construiu.

Giuseppe e Eugenio, pelo que entendi, são dois jovens que participavam das atividades ligadas ao Movimento dos Focolares, mas que pela correria da vida se afastaram.

Bem, agora iremos até Frankfurt – Alemanha. Chegaremos umas 21:15h para depois pegar o avião para Singapura ás 22:15h.

BOA VIAGEM!

Crise de valores

capitalismoO frenesis da vida pós moderna gera um sentimento de insatisfação, principal vetor da transmissão da doença depressão. Em meio a crise econômica, inicia uma crise de valores que serve como estopim para conflitos bélicos, que começam do Sri Lanka às favelas do Rio.

O mundo vai acabar (?)

Enquanto isso perco tempo preocupando-me com o que comer no almoço e se vou de pólo ou com algo que cubra bem o pescoço. Já faz frio na cidade da garoa e enquanto o mundo padece, eu continuo curtindo a vida à toa.

E não fruto de uma possível demência, na verdade é por que em meio ao caos que aos poucos se instala, vou percebendo minha grande impotência.

Quem espera sempre alcança diz um outro devaneio de gente que não luta e se apóia na própria esperança. Eu, em vez disso, procuro viver, mesmo sem saber para onde ir, sem ter por que merecer.

Mas o que quer que eu faça, a crise das especulações vai afundando um mundo numa grande maré de desgraça. O que quer que eu faça, vou ter que suportar esse mar de ressaca.

As vezes acho que a crise só pode ser resolvida de dentro para fora e aí dá vontade de pedir para toda criança que conheço, sair da escola.

Afinal de contas a gente aprende sempre bem a lidar com o nosso egoísmo, nosso direito ao individualismo. Mas toda a falta de juízo, fraternidade, de valores, vai levando todo o povo a pagar as dívidas de um mundo que arca com um baita prejuízo.

Solo brasileiro em que as vidas valem menos

enchente nordeste“Chuvas no Norte e Nordeste já fazem o dobro de desabrigados e desalojados do desastre de SC”

Será que uma vida no sul do Brasil vale mais do que no norte ou no nordeste do país? Esse foi o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça no momento em que comecei a acompanhar as matérias a respeito das chuvas que já deixaram o dobro de desabrigados das enchentes de SC nas regiões menos favorecidas do país.

De acordo com dados da Defesa Civil Nacional, publicados em uma matéria da Folha, 183.625 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas no Norte e no Nordeste em razão das enchentes. Em Santa Catarina, esse número chegou a aproximadamente 80 mil pessoas.

Contudo, ao mostrar as imagens do desastre do Sul foi criado um clima de comoção nacional que resultou em muita ajuda para o estado catarinense. Alimentos, remédios e produtos de higiene foram enviados de todas as partes do país.

Diante dessa corrente solidária que foi criada, o roubo de aproveitadores da ajuda enviada escandalizou a sociedade. Esse fato talvez tenha causado influência na pouquíssima movimentação da sociedade diante desta nova catástrofe natural.

Apesar do número inferior de mortes confirmadas (40, ante as 135 vítimas de SC) as perdas econômicas das chuvas no norte/nordeste do país são bem maiores que a do sul. O prejuízo estimado é de R$ 1 bilhão, ante aos R$ 358 milhões estimados pelas empresas de SC (sem levar em conta a previsão de queda de 15% na arrecadação anual do estado).

Para minimizar os impactos do desastre, o governo federal na época liberou quase R$ 2 bilhões por meio de medidas provisórias e diversos ministérios direcionaram recursos para Santa Catarina, o que ainda não aconteceu na versão norte/nordeste do desastre.

Mãe

História de um filho da mãe

Essa é uma história edificada por valores humanistas e princípios profundamente cristãos.

Era uma vez uma jovem, como eu, com sonhos e planos comuns à idade. A diferença é que os seus anseios não foram construídos em uma metrópole turbulenta como São Paulo.

A jovem saiu de casa cedo para traçar seu próprio caminho. Estudar, trabalhar e conhecer um mundo além do sítio.

Assim começava uma nova aventura que ainda não terminou e que agora inclui o marido e a mais impactante mudança de sua vida: a chegada dos filhos.

Aqui, maternidade, não significa somente ceder o próprio corpo para que uma vida se desenvolva. Não! Ser mãe é ceder muito de si mesma. De inúmeras horas de sono, dos sonhos para acompanhar o crescimento dos filhos.

Mãe talvez seja o melhor dos eufemismos para sacrifício, prontidão.

Como coadjuvante, o mais fantástico para mim não é ser fruto de uma semideusa, que não erra. Dessa forma o amor profundo pareceria utópico ou talvez difícil de ser espelhado. Não, a vida me fez perceber a beleza de uma mãe humana. Que se desespera diante dos obstáculos, que fala demais, que ri alto, que muitas vezes perde a noção do ridículo e que outras tantas acaba fazendo tudo aquilo que desaprovou um dia nos filhos.

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É aí que o verdadeiro amor se faz possível! Porque não é só ser amado, como filho, mas também poder amar quem me gerou, não só ser perdoado pelas nossas falhas, mas também perdoar. É ás vezes ser pai, outras amigo.

Sempre acreditei na importância de entender o pr da nossa própria história. Quase sempre, é o autor convida alguém especial para introduzir sua obra. Deus também se permite o mesmo, dando-nos uma mulher, uma mãe que nos conduz, desde o início, nessa aventura chamada VIDA.

Dia das mães me faz lembrar risadas escandalosas, provocações debochadas, mas principalmente o sacrifício de criar eu e minhas irmãs de maneira íntegra, de não poupar esforços para nossa realização nos estudos, na profissão e como seres humanos.

Em um mundo aonde a gratidão é tão banalizada, dizer obrigado é uma forma de reconhecer a graça de ser filho e poder celebrar cada dia nesse mundo. Hoje, de maneira particular, por ser um filho da mãe.

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