ceu estrelado

Nas casas ao redor das montanhas italianas era comum encontrar pequenos vasos que acolhiam diversos e coloridos tipos de planta, mas o que acontecera na Baita foi uma grande transformação, com significados ainda pouco compreensíveis.

Num dia comum de verão, alguém jogou uma pequena semente em um dos vasos da Baita. Ali brotou uma flor magnífica, que jamais ninguém havia visto e que logo ao se abrir transformou-se numa estrela. Aquela luz intensa quase “escondia” o seu colorido.

Após o surgimento dessa flor, outras flores, um pouco menos intensas, mas já de um colorido perceptível, brotaram da mesma forma nos vasos vizinhos e logo também se transformaram em outras estrelas.

Isso tudo fez com que estranhamente os vasos das outras casas, as flores dos jardins, brotassem nas proximidades e também, uma após a outra, se transformassem em estrelas.

Naquele mesmo vaso da flor primogênita, surgiu um cravo, ligado e comumente tão bonito quanto a flor magnífica.

Como se não bastassem os acontecimentos já surpreendentes, outro pequeno vaso, unido pelas raízes à flor magnífica se aproximou dela e do cravo. Ambos extremamente luminosos e de coloração mais discreta.

Enquanto isso, a constelação de estrelas que se formava a cada germinação ia iluminando cada vez mais a Baita. As estrelas eram gradativamente menos brilhantes que as suas precursoras, mas também mais coloridas.

Ao lado de cada flor intensa se reuniam outras da mesma cor. Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Violeta e Anil… um arco-íris brilhante e maravilhoso.

Um dia um avião sobrevoou aquela região e espantado com aquela constelação terrena não hesitou em pensar: Assim na terra, como no céu.

(continua…)