Month: February 2009 Page 1 of 4

A desculpa que faltava aos empresários

appleJosé nasceu empresário. Daqueles com a clássica história do “nasceu pobre e conquistou cada centavo”. Porém, como bem se sabe, no Brasil, conquistar um alto patamar financeiro, tantas vezes pressupõe, além do enorme sacrifício individual, sonegação de impostos e exploração trabalhista.

Difícil mesmo acreditar que toda a fortuna de José foi conquistada com esforço cristão, procurando seguir cada mandamento que a doutrina estipula, mas como não há provas e nem confissão, ninguém pode julgar.

Nesses tempos de crise, muita empresa já quebrou por vaidade, por presunção, irracionalidade ou mesmo burrice em achar que essa lógica autofágica do capitalismo iria sobreviver por muito tempo.

No caso da empresa de José foi a mesma coisa. Passou grande parte do tempo sonegando impostos e negando direitos trabalhistas aos funcionários em prol do lucro agressivo.

mac1Porém a sustentabilidade da empresa já havia chegado ao limite, já havia cortado todo tipo de custo, mas faltava diminuir o número de funcionários.

Pensou, pensou, mas não encontrava justificativa para sua atitude. Já havia na empresa um número escandaloso de funcionários que incorporaram funções de dois ou até três cargos. Precisava de uma grande oportunidade.

Para a felicidade de José e outros milhares de empresários, no primeiro dia de agosto de 2007, as perdas de crédito do setor imobiliário se alastraram no país dos irmãos ricos do norte.

Assim, a crise tem sido a melhor desculpa para justificar o corte da mão de obra, sem direito a repúdios trabalhistas.

40 dias para dar um beijo verdadeiro

40 dias

Quarenta anos foi o tempo que o povo de Israel esperou até chegar a Terra Prometida, por 40 dias Cristo se retirou no deserto, enfrentando as mais temidas tentações“, foram as últimas palavras que ouvi antes de…

Quando vi estava caminhando ao lado de um barbudo que já tinha algum tipo de registro dentro do meu inconsciente. Levava um cajado e já aparentava ter uma certa idade. Olhando para trás percebi uma grande quantidade de pessoas, que me lembraram das passeatas que sempre acontecem na Avenida Paulista.

Olhei para o senhor e senti uma grande admiração, quarenta anos caminhando para chegar “sei lá onde”, nesse sol absurdo (quase indonésio) e com tanta gente acreditando nele? Isso sim que era coragem.

Continuei caminhando com ele e quando menos percebi, tropecei num grande livro que rapidamente retirei da areia e abri.

Quaresma é tempo de oração, penitência e esmola! É tempo de purificar a alma para assim poder escolher a cruz na sexta-feira da Paixão“, dizia o padre e acabava de me dar conta de que havia adormecido.

Comecei a refletir no como eu poderia viver bem esse momento especial, procurando ser um cristão verdadeiro e lembrei de tantas coisas que eu poderia me “abster”, coisas que gosto, para viver o tal jejum.

Decidi também viver melhor as práticas cotidianas de orações, de manhã e de noite, antes das refeições e procurar todos os dias ir à missa e rezar o terço. Durante esses 40 dias talvez seja também uma forma de me aproximar desse Deus que tanto posso contar.

De repente, olhei para o chão e percebi estar na beira de um penhasco, ao meu lado vi um homem, que demorei para entender quem era, admirando a paisagem. “Vá embora, Satanás, porque a Escritura diz: ‘Adore o Senhor seu Deus, e sirva somente a ele“, gritou e me dei conta de que alguém estava dizendo alguma coisa para ele esbravejar com tanta força.

As tentações acontecem no deserto. Por quê? Quando os hebreus saíram do Egito, lugar da injustiça, chamados por Deus para criar uma sociedade justa, eles entraram no deserto. É o lugar das dificuldades e necessidades, onde aparece a cada momento a tentação de voltar atrás, achando que nenhuma transformação é possível. Jesus retoma essa parte da história do seu povo, e os quarenta dias de jejum recordam os quarenta anos de Israel no deserto, antes de entrar na Terra Prometida, onde haveria justiça e vida para todos“, foi o que ouvi, acordando novamente e me dando conta do tamanho cansaço herdado do Carnaval.

Mas faltava a esmola. O que poderia dar? O que tenho? Pensei que concretamente não haveria mesmo muita coisa de valor, mas lembrei do capital intelectual que poderia também ser usado de maneira especial durante a Quaresma, mostrando que também nele Deus se faz presente.

Assim estava pronto para viver bem esse período, de coração aberto, certo que serão dias repletos de “tentações”, mas que fará mais verdadeiro o beijo na cruz que nos aguarda.

Saudades da Menina que perdeu o assovio

paulinha-esta-foto-ela-mesmo-escolheu-para-ser-o-seu-santinhoEu e a Menina que perdeu o assovio nos conhecemos graças à Sorriso Dançante. Foi bem por acaso mesmo, mas aquele olhar alegre me conquistou de sopetão.

Porém, depois que a Menina que perdeu o assovio se foi, até coisas bem simples perderam a vibração que só o colorido da sua presença produzia no meu cotidiano.

Não é mais tão fácil pensar no quanto o sorriso e um abraço têm poder de transformar-nos, mas, de alguma forma, naquele dia, lembrei que ela ainda estava comigo.

Acordei cedo, me dispondo a oferecer cada bom ato por ela. Decidi distribuir sorrisos, abraços e até gozações, iguaizinhas as que recebia da Menina que perdeu o assovio, nas noites de outono em que a visitava.

O dia foi passando e era como se um simples “ganso” se transformasse em gesto – homenagem. E claro… sentia muita saudades da Menina que perdeu o Assovio.

Porém… vivi aquele dia 22 como uma das tantas ocasiões de encontro com ela. Logo a alegria foi tomando conta de mim, a vontade de sorrir e comecei a assoviar a melodia da sua canção: “viva essa vida com as dores e alegrias cada dia“… e… nossa… senti uma coisa estranha, um abraço caloroso.

Olhei para o lado e vi um pássaro que não conseguia identificar o tipo, fechei os olhos e quando abri novamente me dei conta de que era dele aquela melodia.

Acenei assim que ele alçou voo, porque estava certo que ele iria se encontrar com a Paulinha.

Texto em homenagem à Paulinha Bichara que no dia 22 de fevereiro completaria 18 anos de idade. Eu estava no seu 17º aniversário e escrevi o primeiro texto da “Menina que perdeu o Assovio” de presente para ela, que depois me deixou um comentário. Abaixo estão todos os textos  sobre ela:

Um ano em que a Menina que perdeu o assovio encontrou com Deus

Saudades da Menina que perdeu o assovio

O encontro do Pequeno – alegria com a Menina que perdeu o assovio

O dia em que a menina que perdeu o assovio se foi

O último encontro com a menina que perdeu o assovio

A menina que perdeu o assovio

Para sempre Paulinha – Revista Cidade Nova – outubro de 2008

A palavra que transforma – by Paulinha Bichara

Siamo soli

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Siamo soli
E non è soltanto un pensiero pessimista
d’un cuore senza inspirazione
è una crudele e meravigliosa verità
Del cammino scritto da Lui a mano

E la solitudine non è un male senza fine
Pure se umanamente ne riusciamo a vederla proprio così
perché non ci sentiamo ancora grandi
per continuare a camminare senza appoggi

Ma nello scontrare con la paura, l’incertezza, è che rimaniamo più soli
abbandonati nelle nostre verità, valori
L’unica opportunità di rifare le scelte senza stimoli
Ed accettare la solitudine come strada verso la Felicità

Si sa che fa male accorgerci che siamo soli
Perché perdersi è tante volte violentare se stesso
Ma, è qui che si rifà le vere scelte
Essendo soli possiamo amare…
soltanto amare.

Amarti è un tuffo profondo

grazie1

Amarti è un tuffo profondo quasi incredibile
ed è bello vederLo concretizzare pure ciò che sembrava impossibile
Averti con me è avere un spiegazione speciale
Che si deve credere, cercare e vivere con l’anima questo fantastico ideale

Si! Amare dipende soprattuto della disposizione
e credere che dietro tutto c’è nascosta una gran missione
Di far fruttificare e crescere di un modo profondo
ed in somma, capire che così siamo i più felici del mondo

Tocca a me cantare questa canzone d’amore
ed è bello accorgermi che riesco a farne senza timore
Ma certo che tutto è colpa della piccola rosa
che mi ha aiutato a far poesia invece prosa

Grazie di alzarmi il sole che mi riscalda l’anima
e pure ringrazio d’aver voluto mantenere la calma
con te l’alba e tramonto è tutto che aspetto
perché al suo fianco sono sempre assai contento

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