Month: April 2008 Page 1 of 4

Seu Lula

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Encontramos o Lula na Virada Cultural. Sempre sorridente, falando rápido e às vezes baixo, que tínhamos que nos esforçar pra ouvir o que ele dizia. Catador de latinhas de compreensão extramente refinada, capaz até de acertar os pré-conceitos intuitivos em relação a nós.

Alguns minutos dedicados a um transeunte que, acredito, é ouvido raramente. E nesse escutá-lo o alguém ganhou nome, rosto, ganhou história. Sofrida, sim, mas tão interessante como as nossas viagens aos Alpes, passeios na Disney, nos Shoppings centers. Atividades burguesas que não nos fazem mais feliz que ninguém.

Fui-me levando o Lula no coração, sem saber onde ele mora, nem quanto tempo mais vai viver.
Por isso é que entreguei tudo a Deus na minha singela oração.

Bela tela

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Peguei o pincel pra pintar o mais belo quadro que minha inspiração permitia.
Difícil foi escolher a cor em meio aquele universo de tons, mas optei pelo amarelo.
Comecei com o sol. O astro dos astros, tão aclamado por Copérnico.
Pinceladas fortes, me fizeram lembrar da personalidade do “sol da Puc”
Sempre sorridente, sensível, mas forte! Muito Forte

Mudei para o azul celeste, pois era o céu que queria fazer nascer em minha tela.
Pinceladas suaves, movimentos ordenados, me deram uma grande paz.
Sentimento tão apreciado pelo “céu da Puc”,
que procura na natureza, descanso pro corpo e pro espírito.

Em seguida busquei o mais bonito verde-mar.
Sabia que se quisesse ser mesmo feliz, tinha que ir nadar em algum lugar.
Claro que a diversão e a curtição me lembraram do “mar da Puc”.
Pois à beira-mar fui ver a Ivete e depois dançar com o Chiclete.

Com o desenho quase pronto, apreciei uma das minhas mais belas telas.
Até me dar conta que tudo era mesmo outro dos tais simulacros.
Pois como não desenho, canto, danço ou faço peça de teatro.
Queria com essa poesia bater palmas pra ela.

Poesia em homenagem a amiga Maíra, que tanto estimo, e hoje completa mais uma primavera.

Saudável trampolim

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A coisa mais gostosa, eu disse à Maíra, é quando as coisas começam a dar certo.
Ela complementou dizendo: “ainda mais quando é sofrida, lutada”.

Conversas assim, dão conclusões iconográficas da realidade.
Transformam acontecimentos em experiências.

Como já dizia Aldous Huxley: “Experiência não é o que acontece com um homem;
é o que um homem faz com o que lhe acontece”.

Gosto de vivenciar “frases sonoras” e assim entender o quão carregadas de sabedoria elas podem estar.

Claro, essa não é nenhuma conclusão inédita, ou “furo de reportagem” como dizem os jornalistas,
mas acredito que serve para nos ajudar a valorizar o grande trampolim que se esconde atrás da dor.

Subterrâneo

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Submeto-me a olhar minha cidade sem pré-conceitos
Mesmo se é escuridão o que ela cotidianamente me sugere.
E quanto mais passa o tempo, aqui, me sinto menos humano.
Mas na verdade é tudo um grande e imenso túnel subterrâneo.

E nesse subterrâneo em que se encontram os marginalizados,
Lugar em que jaz sorridente a indiferença burguesa para o disfuncional.
Subo as escadas que me levam das profundezas ao ponto almejado.
Para que não tenha a impressão de fazer tudo igual.

Mensagens subliminares só me são poupadas ali, no subterrâneo,
Mesmo que os outdoors dos metrôs insistem em vender seus produtos.
O mundo em que vivia Flauneur encontra agora, se não me engano,
No mais profundo e complicado descaso absoluto.

Caminho, cheio de gente ao lado, mas quase sempre sozinho,
Buscando sobrepor tudo o que é subjugado.
Fazendo poesias, cantando versos de canções, tudo eu declamo.
Nas profundezas desse meu, nosso mundo subterrâneo.

Saudável sentimento de Alegria

Enquanto todos se acomodavam na platéia, comendo seus baldes de pipoca, algodões doce, até maçã do amor, e tomando seus refrigerantes, um som de banda, crescente, surgiu no canto do picadeiro.

Aqueles que ainda não tinham se dado conta, logo perceberam que o espetáculo estava começando. Um personagem corcunda, carrancudo, surgiu diante de todos, seguido pela banda que tocava uma música alegre, um dos tantos motivos que justificam o nome do espetáculo do Cirque du Soleil: “Alegria”.

Alegremente, todos os espectadores foram também sendo envolvidos pelos artistas do circo. Pulando sobre lonas, dançando, fazendo malabarismos com fogo, contorcendo-se elasticamente, saltando. Os números tantas vezes surreais do Cirque du Soleil fizeram valer às duas horas de espetáculo.

Destaca-se também a presença dos engraçadíssimos palhaços (um deles é brasileiro) que foi o elo principal de interatividade com o público. Por meio de brincadeiras infantis conseguiram tirar muitas gargalhadas de quem estava assistindo, fazendo do espetáculo, além de bonito, muito divertido.

Deve ser também parabenizada a produção magnífica, a música, tocada ao vivo e a trilha sonora envolvente, a organização, todo o conjunto que faz valer o “preço do ingresso”.

Um espetáculo e tanto, de muita alegria. Paradoxo saudável que possibilita aos paulistanos, vivenciar uma experiência relaxante para o corpo e para o espírito. ALEGRIA!

(Na noite do dia 22 de abril, o Grupo Votorantim realizou uma sessão fechada do espetáculo Cirque du Soleil – patrocinado por ele – para os seus colaboradores, em comemoração pelos 90 anos completados pelo Grupo).

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