Month: November 2007 Page 2 of 3

Querida

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Querer-te é quase tão claro quanto quero ser feliz.
Queria não querer e deixar acontecer,
querendo fazer jus a minha tarefa de aprendiz.

Quero-te tão bem querida,
tanto quanto as estrelas do céu paulistano despoluído.
Pois sem você é tão sem graça a minha vida.

Querida, não sei cantar e nem tocar a mais simples canção,
para o quanto te quero, até mesmo com palavras dizer,
querendo fazer jus o que me fala o coração.

Queria estar agora aí pra poder te dar um longo abraço
e dizer que mesmo longe é tão imenso o quanto te quero.
tanto quão longínquo são os limites do espaço.

Quebra-cabeça

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A Luz que brilha agora dentro de você, pode iluminar centenas de vidas desorientadas.
A alegria que jorra desse seu imenso sorriso, pode reanimar almas rendidas e desesperançosas.
A força do seu abraço, pode confortar aqueles que não acreditam mais no amor e na gratuidade.
A sua prontidão em escutar desabafos desesperados, pode salvar uma alma de um “suicídio interior”.

Dá pra acreditar que não se tem mais o que fazer por aqui?
Que não existe mais sentido na vida, se colocamos a humanidade como partícipe da realização pessoal?
Descobrir que um mundo melhor só é possível se cada pequena peça do Grande Quebra-Cabeça estiver no seu lugar, para compor o Grande Desenho, é entender que não basta correr atrás da pergunta filosófica sozinho, a resposta está justamente na composição unitária das peças do Jogo.

Assim… àqueles nossos dons, tantas vezes ocultados pelo frenesis e pela nossa gradativa incapacidade de ver o positivo no mundo, no outro e em nós, podem servir como guia para o encaixe das peças e a dor pode ser o estimulo para evidenciar a necessidade de estarmos juntos para que TUDO se realize.

Ocupe-se e transforme

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Ocupe-se trabalhando pelo diálogo e não construindo mudanças através da imposições violentas;
Ocupe-se fazendo algo pelos pobres e não perca tempo com discursos pseudo-socialistas;
Ocupe-se aprendendo mais a ouvir e pare de querer impor ideologias pessoalistas;
Ocupe-se amando, em vez de esperar a realização do seu Ego;

Tenho me ocupado, preocupado, em conquistar soluções plausíveis para mudanças efetivas,
mas vejo-me quase sempre impotente, diante das situações que vão além das minhas escolhas,
Ocupo-me procurando ouvir, me esforçando ao máximo, mas nem sempre é fácil, por conta dos meus vícios, bloqueios e traumas pessoais.
Mas não deixo de me ocupar e nem procuro o mundo culpar.

Quando ocupo meu tempo com as pessoas,
sinto uma felicidade esquisita, de poder partilhar preocupações.
E logo, vejo que ocupar-me me faz sair de mim,
e ver que as preocupações nem sempre são tão grandes assim.

Difícil missão de ser adulto

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Dentre as coisas que mais lamento ter perdido com o passar do tempo, talvez a maior delas seja a pureza de coração, que nada tem a ver com a ingenuidade ou o desconhecimento do mal, mas sim um olhar mais refinado em direção ao mundo e as pessoas. Sofro por ver-me condicionado, intencionado a sentir, ou melhor, externar tudo àquilo que meu inconsciente é bombardeado cotidianamente.

Com Freud quis entender se existem possibilidades de apagar “arquivos” guardados na área inacessível do cérebro humano, mas fiquei sem respostas convincentes. Porém, essa dor de não poder olhar “disviciadamente” para as pessoas… Ter gestos, olhares, palavras que não sejam um esforço de ver o Bem (e o Bom) do outro, mas fazê-los naturalmente.

Agora sim me dou conta do quanto é difícil ser adulto, o quanto é difícil estar carregado de traumas, vícios, ambos advindos da minha história pessoal. Nesses momentos eu me pergunto: o que salva? O que faz a esperança permanecer?

Fico com uma resposta aparentemente simples: Recomeçar. Aparentemente, pois sair de si, para ir heroicamente contra a própria natureza, é contrariar profundamente os paradigmas atuais da sociedade; e simples porque não exige uma reflexão refinada, mais um esforço interior pessoal, uma vontade de ser sempre “um pouco melhor” para poder fazer as pessoas que estão à nossa volta e que encontramos casualmente, mais felizes.

Per te

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È per te che apro i miei occhi, quando desidero soltanto chiudergli
che mi alzo presto, quando voglio restare sdraiato

Il mio tempo è Tuo…
Ne lo uso per continuare la tua opera sulla terra.
Dono i talenti che mi sono arrivati
Da TE.

È per te che mangio, perché il mio corpo è Tuo.
Che dico Sì quando voglio dire No.
Che sorrido quando voglio piangere.

Voglio donarmi perfino a non avere più volontà,
perché desidero fare soltanto quello che Tu pensi essere amore.
E quando arriverò da Te, sarei pronto.
Per non essere me, ma sì un’altro Te.

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