Month: October 2007 Page 3 of 5

Justificativa

É interessante constatar que, por mais que eu me esforce ao máximo, sempre acabo magoando alguém. Fui procurar no Wikidicionário o significado do verbo e encontrei “provocar um sentimento penoso (que causa pena; doloroso) e de irritação”.

Estou numa fase de tão grande fatiga que não procuro me prender muito aos meus limites, pois seria mais uma desculpa para estar “pra baixo” e assim perder outras possibilidades de amar àqueles que aparecem no momento presente.

Às vezes até parece que não me arrependo daquilo que faço, de ter causado dor, por tão espontânea a admissão do meu erro, por tão instantânea a minha vontade de recomeçar.

Porém… pedir desculpas, mesmo sendo um ato verdadeiro de humildade (e um “meu” esforço pessoal contínuo) as vezes não serve de pré supostos para uma situação resolvida.

Dar-me conta que devo pagar pelo mau que causo me faz tantas vezes pensar em me fechar, me expor menos, pra causar menos sofrimento. Mas, da mesma forma, sinto que, agindo assim, causo sim menos dor, mas conseqüentemente menos Felicidade.

Assim, continuo… não temendo errar, porque acredito que ninguém o faz propositalmente, mas certo de que, assumindo meus limites, pedindo perdão, posso permitir àqueles que estão a minha volta de me amarem como sou.

Adoro-te

Adoro-te

Adoro olhar as estrelas e me dar conta do quão minimalistas são as nossas conclusões a respeito da Criação.

Adoro me sentar no alto das montanhas para contemplar a imensidão do mundo e perceber que sou uma parte e não o centro do universo.

Adoro perder meus minutos preciosos com conversas simples, pra descobrir o que se esconde por trás da minha estúpida indiferença.

Adoro olhar a Rosinha nos olhos, sentir uma alegria difícil de mensurar e me dar conta do quanto privilegiado sou por ainda poder amar.

Adoro perder-me em mim, mergulhar no oceano infinito de sentimentos, algumas vezes bons, outras nem tanto e entender que sou muito mais Mistério do que um laboratório de reações químicas.

Adoro as palavras e a força transformadora que elas possuem, pois é a partir disso que procuro cooperar para a construção de um mundo novo.

Adoro ainda mais poder adorar, poder participar da Grande Festa, poder perder tempo, e ser livre para escolher adorar ou não.

Adoro-te você que perdeu tempo lendo este poema, em vez de estar se divertindo ouvindo uma bela canção.

Duemila e sei

Duemila e sei

Se non posso tornare indietro allora vado avanti…
Non c’è tempo da perdere perché il biglietto è solo d’andata.
Fai con che la vita sia un meraviglioso spettacolo!
Vedendo, scoprendo, amando ogni ostacolo.

Qualcosa mi spinge a credere,
che sono davvero predestinato alla felicità.
Usando dei mezzi ogni volta più efficaci
Mi sento far parte di un’altra realtà.

Vieni e mi aiuti,
non mi lasci da solo.
Non sono capace di cambiare il mondo,
se Tu non sei il primo e ciò che resta, secondo.

Ti aspetto soffrendo, ma dentro, contento.
E so che non vuoi un macello,
infatti è questo che di solito aspetto,
perché quello che più mi accorgo, davvero,
è che non si può tornare indietro.

Consumismo natalino

Consumismo natalino

Enquanto o Natal vem chegando, notícias que nos impulsionam a um consumo desenfreado começam a haver destaque em todos os espaços midiáticos. Empregos, lojas, promoções são elementos da aura do que se estabelece no período mais rentável do ano. Aonde queremos chegar ? Com o consumismo natalino, será que alguém realmente pensa no aniversariante do dia ?

O mundo atual, como disse um grande pensador do século XX, tem se tornado cada vez mais órfão de pai, pois as famílias destruídas perdem ou mesmo nunca tiveram a presença dele, desorientando os filhos.

Mesmo as descobertas científicas, o direito de explorar as potencialidades humanas, a ciência, vem colocando o indivíduo a mercê dessas descobertas. Assim o que se vê são as inúmeras cobaias das multinacionais farmacêuticas no continente africano. Esses avanços tecnológicos são tão sedutores e velozes, que majoritariamente a ética não consegue acompanhar, colocando toda a civilização diante de riscos praticamente irreversíveis. (está aí a necessidade estadunidense de manter sua emissão de gases para sustentar o próprio desenvolvimento industrial, que impulsiona ainda mais o consumo)

Por isso, diz a filósofa Maria Zambrano, esta é “uma das noites mais escuras que jamais vimos”. Porém, desta forma, evidencia-se como primeiro passo para uma reversão da situação, a necessidade de idéias fortes, de ideais que abram caminho para dar uma resposta convicta aos inúmeros e angustiantes questionamentos que possuímos.

Esses questionamentos não são “ventos de doutrina” como o Marxismo, o Liberalismo, ou mesmo a libertinagem, o individualismo radical e também o vago misticismo e etc. O relativismo que nos impulsiona a aceitar esses tais ventos, faz parecer que temos a necessidade de abraçar ilusões que tirem de nós a responsabilidade do protagonismo na mudança efetiva do mundo.

A partir dessa perspectiva é possível salvar os valores, continuar acreditando que um mundo melhor depende somente da nossa coragem e sobretudo da perseverança (e esperança) em acreditar que, uma mínima ação que seja, procurando preservar os nossos valores, é já uma ação concreta na construção de uma nova sociedade. Em vez de promover o consumismo no Natal, evidenciemos a importância da família para a nossa sociedade em crise.

Amar com o coração, agir com a cabeça

Sempre me perguntei sobre o verdadeiro conceito de amor. Se devo amar movido pelas minhas paixões ou se devo tantas vezes pautar-me com segurança através da razão.

Ouvi de um sacerdote a história de uma monja que, ao ser questionada sobre sua fé e seu amor a Deus, dizia que poderia compará-los com um dia chuvoso, nublado. Ela não via e nem sentia a presença do Sol, porém SABIA, que além das nuvens que se formavam, lá Ele estava, aquecendo o coração de tantas pessoas e dando sentido às coisas.

Essa história me fez pensar justamente que também o sentimento deve passar pela razão, que muitas vezes amar é mais uma Escolha que um estado de espírito. Não que se apaixonar deva ser algo racional, pois novamente uma frase de outro sacerdote me fez entender esse sentimento. Ele dizia que a paixão é a força da natureza (Eros) que nos impulsiona a ir de encontro ao outro e querê-lo bem, para que não sejamos máquinas e a vida perca a sua beleza intrínseca.

A última (penúltima) vez que me apaixonei acredito que tenha sido uma paixão cega. A vontade de estar com a pessoa era tão grande, que não conseguia nem explicar o fato de porque a queria tão bem, parecia algo extremamente condicionado, pois era um relacionamento tão frágil e superficial que, mesmo depois de tantos anos, não construiu bases sólidas.

Agora, com a maturidade e as certezas que o sofrimento de não ter compreendido meus sentimentos causou em mim, consigo ir além do simples fato de querer construir minha vida com alguém, de estar novamente (e felizmente) apaixonado e ver que nem sempre as coisas acontecem como vemos nas telenovelas.

O amor é algo muito mais puro e singelo, mais verdadeiro, custoso, porém “realizante”. É o que nos traz felicidade, alegria, que não é condicionamento e sim uma construção cotidiana advinda da disponibilidade de morrer a si mesmo, para dar vida pelo outro e por Algo Maior.

Assim… o amor é mesmo fruto de uma força inexplicável, tantas vezes ilógica, mas o que fazemos com os nossos sentimentos é o que nos faz homens, o que diviniza a nossa razão, pois é através de um amor inteligente é que vai aos poucos sendo construída a nossa plena felicidade.

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