Estou aqui tentando lembrar uma das espécies de árvore que deve ser plantada sempre distante de outra semelhante, pela sua capacidade de extrair nutrientes do solo, fato que impossibilitaria duas “iguais” estarem juntas…

Ultimamente busco na natureza as respostas para os meus questionamentos mais simples e uma coisa que se me intriga é o fato de não conseguir ser tolerante com meus familiares, da mesma forma que sou com “desconhecidos”.

Fiquei lembrando justamente dessa tal espécie de árvore e concluí que talvez seja mesmo natural, indivíduos iguais, que disputam o mesmo espaço, acabem travando pequenas “guerras” de relacionamentos.

Em casa é sempre assim… é onde me sinto menos valorizado, mais criticado, onde são evidenciados ainda mais meus limites, dificuldades e, infelizmente, (ainda) é difícil encontrar amor por trás dessas atitudes.

Contudo, o que mais incomoda é o fato de que as regras da sociedade e também as religiosas em que estou imerso, me pedem um respeito e um amor maior para com os “meus”.

Preocupa-me o fato desse amor ser tão fundado em “regras” que seja artificial. Por isso tantas vezes não consigo amar simplesmente porque é meu pai, ou minha irmã, tia, primo. Não devo amar todos da mesma forma?

Diante de todos esses questionamentos, procuro continuar amando, também sendo misericordioso comigo mesmo, tentando amar “em doses homeopáticas” quando parece difícil superar essas dificuldades impertinentes.

Pois na natureza tudo converge para uma adaptação harmônica, sempre com perdas (é claro), mas que vai transformando o mundo aos poucos, pois como diz o velho clichê “faz mais barulho uma árvore que cai, que toda a floresta que cresce, dia após dia”.