Month: October 2007 Page 1 of 5

Somos homens novos ?

ceu-inferno

Sabe quando a gente não encontra solução racional para problemáticas cotidianas?
Quando a gente ouve comentários que assustam por tamanha incoerência daquilo que se ouve com o que se faz?
Às vezes é um esforço desumano acreditar que as coisas têm soluções, pois cada vez mais me dou conta que, não adianta termos grandes médicos, pensadores, esportistas, ou mesmo jornalistas, se não somos Homens Novos.
O que tenho visto, especialmente entre meus colegas de faculdade ou trabalho, é uma grande tendência em analisar o mundo com perspectivas explicitamente individuais, pois, afinal de contas, “se eu não pensar em mim, quem vai pensar??” (frase sonora mais ouvida das últimas semanas) Esse episódio me fez lembra um vídeo que assisti quando era pequeno, em um encontrinho do Movimento que participo desde que nasci.

Falava de um grande fotógrafo que tinha o sonho de fotografar o céu e o inferno.

Escolhendo começar pelo que pareceria pior, o fotógrafo foi ao inferno e viu que lá não era um lugar aterrorizante como diziam, pelo contrário, tinha uma grande mesa com um banquete apetitoso. Esperando por detrás de um arbusto, viu chegando as pessoas para comer. Se assustou pelo fato de todos estarem magros, de cara brava e cansada. Não conseguia conceber tudo isso diante do banquete que se prostrava diante deles.

Contudo, as pessoas carregavam garfos gigantescos e quando começavam a comer, não conseguiam por a comida na boca, pois as dimensões do garfo (e o fato de poderem pegá-los somente na ponta) não possibilitava alcançar a boca. Ficaram horas brigando com eles mesmos e depois entre eles por não conseguirem comer.

O fotógrafo ficou assustado, saiu correndo e pegando o carro foi viajar em direção ao céu.

Chegando no céu a mesma visão… o mesmo banquete… porém, as pessoas chegavam felizes, todas bem saudáveis e ele não entendia o porquê, pois não via nenhuma diferença, até mesmo na dimensão dos garfos.

Porém, quando começaram a comer via que eles não procuravam alimentar-se sozinhos, pois assim não conseguiriam como acontecia no inferno. Em vez disso, pegavam a comida e alimentavam a pessoa ao lado, cada um pedia ao outro aquilo que desejava e lhe era dado pela pessoa ao lado.

Assim, o jornalista havia entendido que a diferença entre o céu e o inferno é justamente essa capacidade que se desenvolve de AMAR e também deixar-se ser amado (que também é amor).

Aquele vídeo deixou marcas dentro de mim e me fez entender que nenhum discurso deve passar por cima do meu esforço de viver pelas pessoas, de pensar naquilo que os outros também desejam, ir além da minha realidade e do meu próprio umbigo… Não que consiga sempre… mas é um esforço cotidiano que, ao meu ver, pode realmente mudar um pouco do mundo caótico em que vivemos.

Reflexões para celebrar o bom

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Encontro-me sempre gozando de uma felicidade poucas vezes superficial. Aí fico me perguntando o porquê das pessoas sempre se contentarem com tão pouco, sem fazer de tudo, uma desculpa para celebrar o bom de estar presente no Grande Jogo.

E é justamente nisso que encontro explicações óbvias para querer transformar as ocasiões
mais simples em momentos inesquecíveis, sem fantasiar, é claro, mas procurando dar sempre relevância para o fato de estar juntos por uma Causa.

Assim, parece que em tudo é possível encontrar um aspecto positivo. Sou constantemente
autuado por ver com exacerbação o aspecto positivo nas coisas, nas situações e sobretudo nas pessoas. Mas talvez seja porque acredito demais no homem, na capacidade de cada um fazer bom uso da liberdade advinda do Criador.

É essa liberdade que mais me maravilha!! Saber que os caminhos, as escolhas, sou EU quem as devo fazer, que a felicidade depende ao menos de 50% do meu esforço. Assim… é nela que encontro a explicação para fazer valer cada momento, pois ser especial ou não, depende muito de mim, das minhas escolhas, da minha vontade de escutá-Lo, arregaçar as mangas e, no final, celebrar o bom.

Festejando

Festejando

Festejando a alegria de poder desfrutar nossas amizades,
sem esquecer de cada um, com suas particularidades.
Festejando a oportunidade de aprender, se esforçar, trabalhar
sem esquecer o verdadeiro objetivo onde queremos chegar.
Festejando nossa mãe, pai, nossa família,
pois não existe coisa ou pessoa que não se vai um dia.
Festejando nossas pernas e alegria de correr, jogar bola,
sem usar tudo isso de desculpa pra fugir da “escola”.
Festejo a presença Dele na minha vida,
procurando não deixar passar nenhuma chance oferecida.
Festejo-me, procurando a mais plena felicidade,
sabendo que ela é passível de ser conquistada em qualquer idade.
Festejo você, que perde seu tempo lendo as minhas poesias,
acreditando que ela possa, ao menos um pouco melhorar o seu dia.
Desta forma, festejando, vibrando, mesmo com coisas aparentemente banais,
dou-me conta do quanto tudo vira festa,
se sabemos estar atentos aos divinos sinais.

Nunca é a última chance

última chance

Uma experiência me fez perceber que nunca é a última chance de fazer algo pelo próximo. Enquanto caminhava pelas barulhentas ruas da minha cidade, paro pra olhar o mendigo que caminha lento e de cabeça baixa.

Penso alguns segundos em fazer algo… Lembro-me que tenho uma maçã que há muito tempo coloquei na mochila, mas no momento em que não olhava para ele, um carro o pegou e jogou dois metros adiante.

Não sabia o que fazer, esta envolvido em um choque tão grande que parecia uma estátua.

Olhava-o lá inconsciente. Era ele que queria amar! Não sei se ele, por acaso, já havia sentido o amor verdadeiro, a certeza de que alguém o queria bem.

Com lágrimas nos olhos me girei para o céu e ofereci a única coisa que naquele momento eu podia: A minha incapacidade de salvá-lo.

Voltando para mim, enxugando as lágrimas, olhei para o lado e vi um garotinho sentado na calçada. É Ele que me aparecia, uma outra oportunidade! Pego a maçã e dou ao menino, recebendo em troca um sorriso desdentado e assim entendi que, enquanto posso respirar, haverei muitas oportunidades de amar e, melhor ainda, de recomeçar.

Força intrínseca

força

Inúmeras vezes me detenho nos meus incontáveis limites,
Na minha visível incapacidade de ser aquele que todos gostariam que fosse.
Mas, também nesses momentos vejo setas que me indicam duas bifurcações.
Fechar-me aceitando-me ser esse projeto defeituoso de ser humano,
ou abrir-me aceitando-me ser um projeto em construção.

No que busco força, é difícil explicar, pois passa justamente pela minha religiosidade
e pela certeza que dentro de mim, de nós,
existe uma força capaz de transpassar minhas falhas,
de subjugar limites e me impulsionar a deixar o meu Deus trabalhar em mim.

Não são os estamentos e dogmas religiosos de milhares de anos
que vão transformar o mundo,
mas aquela religiosidade aplicada a contemporaneidade.
A música é a mesma, mas os passos mudaram, são mais modernos.

Assim, aonde estiver, posso dar a minha contribuição,
seja na arte, na política, nas comunicações,
para a construção de uma sociedade nova.
Acreditando nas minhas potencialidades, na força dada somente a mim,
para suportar, viver e conquistar aquilo que só eu posso fazer.

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