Month: September 2007 Page 2 of 6

Direitos cada vez mais de todos

mais de todos

No dia 15 de Janeiro de 2006 a chilena de 57 anos, Verônica Michelle Bachelet foi eleita por sufrágio universal, conquistando 46% de votos dos eleitores do seu país. Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, mas ainda no final de 2005, a liberiana conhecida em seu país como “dama de ferro”, Ellen Johnson Sirleaf, de 68 anos, tornou-se a primeira presidenta no continente Africano. Dois acontecimentos que parecem evidenciar que os direito são cada vez mais mais de todos.

O primeiro item do Artigo XXI da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que “Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos”. Porém, há praticamente duas décadas, ainda era difícil encontrar aceitação popular de mulheres exercendo o poder máximo de uma nação.

Esse evidente avanço social foi uma grande conquista para atual presidente chilena Bachelet, que em seu discurso de vitória, evidenciou o fato de que há dez ou quinze anos seria quase impensável acreditar que uma mulher pudesse ser presidente. Michelle Bachelet é filha de uma antropóloga e um general da força aérea que morreu na prisão no tempo do general Pinochet, sendo também naquele tempo prisioneira com a sua mãe. Hoje ela é pediatra e epidemiologista e com estudos de Estratégia militar, alem de ser divorciada com três filhos. Socialista, agnóstica, poliglota domina espanhol, inglês, alemão, português e francês.

O “Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo” também foi celebrado pela “dama de ferro”, eleita por 59,4% dos votos. A presidente liberiana tem quatro filhos e seis netos, possui vários cursos, destacando-se um doutorado de economia pela universidade de Harvard. Ellen Johnson esteve sempre envolvida na política e no seu discurso após ser eleita declarou que “isso significa que as mulheres africanas atingiram finalmente o mais alto nível da ordem política e que a porta está doravante aberta a elas”. Acrescentando o fato que “Existem muitas outras mulheres que esperam diante desta porta e várias outras que vão alcançar esta porta depois de mim dentro de um, dois ou cinco anos”.

Conscientes dos muitos fracassos nos mais diversos âmbitos, citados nos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em conjunto com o fato de a sociedade estar vivendo o período de advento da comemoração dos seus 60 anos, podemos enfim constatar que a participação da mulher na direção dos rumos das mais diversas nações, em todos os continentes, parece uma retomada de fôlego em meio às realidades que sufocam a sociedade pós Segunda Guerra.

As diferenças sociais e econômicas se acentuaram, mas graças ao esforço individual e a luta de muitos personagens, como essas duas grandes mulheres, pode-se continuar acreditando que cada indivíduo é agente da sociedade e não simples objeto.

Vuoto immenso

Luce spenta

Ogni tanto mi chiedo,
come il dolore fa con che la vita non abbia più senso.
Mi accorgo che ormai non credo
e nel cuore rimane un vuoto immenso.

È difficile risvegliarmi in questi momenti.
Volevo spegnere la mia coscienza incessante
cerco di comunque andare avanti,
dare il passo,
ma in me rimane
la mancanza di pace.

Aiutami oh Dio..
Perché sono tuo figlio
e voglio amare

Aiutami oh Dio
perché non voglio con me stesso lottare
ogni volta che devo ricominciare.

Os benefícios da depressão

benefícios da depressão

Esforçar-me para ver Luz em meio às tão tenebrosas trevas que a sociedade pós moderna oferece, tem sido quase um exercício constante, especialmente para não ter uma visão viciada do mundo.

Em Profunda Pressão já havia expressado as mais diversas imposições que nós estamos expostos, do nosso nascimento à “juventude de transição” do qual eu, particu­larmente, estou atualmente sujeito. Porém, pensando na depressão, descobri os benefí­cios incríveis que ela produz nos meus coetâneos e também nos adultos que por acaso possam estar vivendo esse tipo de “doença”.

Sempre achei que o maior perigo é se acomodar nas mais diversas ocasi­ões/posições. Que a maior doença seja justamente a incapacidade de enxergar àquilo que exista além de um palmo de distância dos nossos narizes.

Todas as imposições que vieram posteriores ao Modernismo, emergente no iní­cio do século XX, foram aos poucos deformando os indivíduos, remodelando a Socie­dade, que se tornou cada vez mais “de Consumo”, tornando-nos, como diz o pensador alemão Theodor Adorno, objeto e não mais sujeito da história.

Aos poucos vamos sendo consumidos por esses novos paradigmas autofágicos, perdemos àquilo que nos torna diferente de qualquer outro ser: a alma consciente.

A depressão aparece justamente como primeiro indício de que “algo não está bem” na nossa Sociedade. Pois a satisfação que o dinheiro traz, a liberdade do Libera­lismo, a possibilidade de experimentar tudo, deveriam previamente serem emancipado­ras, mas o que vemos é uma quantidade potencialmente crescente de pessoas vazias. Com a depressão pode-se ver que o nosso corpo ainda reage às imposições, que ainda existe luta contra o Mau e em prol de uma felicidade plena.

Já me questionei muitas vezes se o marasmo, a minha vontade de muitas vezes não fazer nada, ou não falar com ninguém, eram indícios de depressão, mas entendi que era um sobreaviso do meu corpo para que eu pudesse repensar a minha vida e procurar dar sentido às coisas, que poderiam estar sendo feitas simplesmente por rotina.

Texto de apoio: Profunda Pressão – http://vartzlife.wordpress.com/2007/08/17/profunda-pressao/

Divina festa

Divina festa

A vida é essa divina festa.

Com músicas coreografadas, solos, sempre muita dança.

Têm momentos em que se está sozinho…

Outros em que o passo é bem ensaiado e em grupo, para que a beleza seja expressa pela individualidade do conjunto.

Mas é sempre dança.

O difícil mesmo é ouvir qual o tipo de música que o DJ coloca pra tocar.

Pra saber se é samba ou valsa aquilo que se deve dançar.

Se é importante estar sozinho pela velocidade dos passos,

ou se é melhor à dois, pra não perder o compasso.

Porque na festa os gritos da galera tantas vezes atrapalham.

Nem todo mundo sabe dançar ou até mesmo gosta, mas ninguém quer sobrar.

Passo a maior parte do tempo procurando entender e aprender os passos das dança que consigo ouvir tocar.

Já dancei sozinho, até mesmo um forrózinho, já aprendi coreografia e agora estou aprendendo a dançar samba.

Mas os melhores momentos vividos

foram justamente quando percebi que a gente aprende a dançar com quem está ao lado.

Tem sempre alguém que tem mais facilidade pra dançar

e que alguma coisa pode ensinar.

Um passo novo, um jeito discreto de não esconder o molejo,

tantas vezes é o que mais desejo.

Assim tenho aproveitado a Festa, nem sempre dançando certo ou deixando de errar o passo aprendido.

Mas prefiro assim, do que passar todo tempo sentado

e no final da Festa sentir-me tristemente arrependido.

A gente sente saudade

sente saudade

A gente sente saudade,
das tardes de verão jogando bola,
dos amigos da escola,
e as vezes a gente chora.

A gente sente saudade,
do aconchego do seio materno,
do sentimento e do ambiente fraterno
e até do Sítio do Pica Pau Amarelo.

A gente sente saudade,
de agir sem pensar,
de não ter que tudo lembrar,
e às vezes dá vontade de cantar.

A gente sente saudade,
das saudáveis brincadeiras,
de estudar na Primeira,
de uma amizade verdadeira.

Tenho vivido com saudades do que passou,
das poucas vezes que meu coração se equivocou.

Desperdiço meus dias, tantas vezes com pensamentos irrelevantes,
e isso me faz esquecer, que a vida e a felicidade,
a gente constrói a cada instante.

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