Day: 18 September 2007

Vuoto immenso

Luce spenta

Ogni tanto mi chiedo,
come il dolore fa con che la vita non abbia più senso.
Mi accorgo che ormai non credo
e nel cuore rimane un vuoto immenso.

È difficile risvegliarmi in questi momenti.
Volevo spegnere la mia coscienza incessante
cerco di comunque andare avanti,
dare il passo,
ma in me rimane
la mancanza di pace.

Aiutami oh Dio..
Perché sono tuo figlio
e voglio amare

Aiutami oh Dio
perché non voglio con me stesso lottare
ogni volta che devo ricominciare.

Os benefícios da depressão

benefícios da depressão

Esforçar-me para ver Luz em meio às tão tenebrosas trevas que a sociedade pós moderna oferece, tem sido quase um exercício constante, especialmente para não ter uma visão viciada do mundo.

Em Profunda Pressão já havia expressado as mais diversas imposições que nós estamos expostos, do nosso nascimento à “juventude de transição” do qual eu, particu­larmente, estou atualmente sujeito. Porém, pensando na depressão, descobri os benefí­cios incríveis que ela produz nos meus coetâneos e também nos adultos que por acaso possam estar vivendo esse tipo de “doença”.

Sempre achei que o maior perigo é se acomodar nas mais diversas ocasi­ões/posições. Que a maior doença seja justamente a incapacidade de enxergar àquilo que exista além de um palmo de distância dos nossos narizes.

Todas as imposições que vieram posteriores ao Modernismo, emergente no iní­cio do século XX, foram aos poucos deformando os indivíduos, remodelando a Socie­dade, que se tornou cada vez mais “de Consumo”, tornando-nos, como diz o pensador alemão Theodor Adorno, objeto e não mais sujeito da história.

Aos poucos vamos sendo consumidos por esses novos paradigmas autofágicos, perdemos àquilo que nos torna diferente de qualquer outro ser: a alma consciente.

A depressão aparece justamente como primeiro indício de que “algo não está bem” na nossa Sociedade. Pois a satisfação que o dinheiro traz, a liberdade do Libera­lismo, a possibilidade de experimentar tudo, deveriam previamente serem emancipado­ras, mas o que vemos é uma quantidade potencialmente crescente de pessoas vazias. Com a depressão pode-se ver que o nosso corpo ainda reage às imposições, que ainda existe luta contra o Mau e em prol de uma felicidade plena.

Já me questionei muitas vezes se o marasmo, a minha vontade de muitas vezes não fazer nada, ou não falar com ninguém, eram indícios de depressão, mas entendi que era um sobreaviso do meu corpo para que eu pudesse repensar a minha vida e procurar dar sentido às coisas, que poderiam estar sendo feitas simplesmente por rotina.

Texto de apoio: Profunda Pressão – http://vartzlife.wordpress.com/2007/08/17/profunda-pressao/

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