sinfonia da alegria

Ai o Samba… sinfonia da alegria.

O samba me faz olhar nos olhos das pessoas, passantes,

me faz ver o que é supérfluo e o que é sim relevante.

O samba de Paulinho da Viola, o gingado de quem dança, mas não rebola.

Esse samba “que é lindo como maracatu”.

Faz-me enxergar um Brasil aqui presente, de norte a sul.

Uma alegria fisiológica invade o meu corpo

e a vontade de sambar, mesmo sem saber, me faz perder as estribeiras.

Ligo o rádio e enlouqueço ao som de Seu Jorge cantando Magueira.

E nesta trilha sonora, das mais concretamente brasileiras,

Percebo a beleza de cada rosto dos meus conterrâneos.

Que vivem na mais pura correria.

E caminham sambando como se ouvissem eternamente o Melodia.

Beth Carvalho, Alcione, Jorge Aragão…

Procuro ouví-los sempre que quero reacender o amor no meu coração.

Ouço samba quando esqueço de sorrir,

quando insisto em dormir.

Ouço, canto, danço,

e em nenhum momento me canso.

Porque é em meio a essa popular sinfonia.

É que não deixo de demonstrar minha efêmera alegria.